Num imenso terreno em frente do Aeroporto de Tacloban, destruído, tal como toda a cidade, a 4 de novembro de 2013, pelo maior tufão até hoje conhecido, o Papa celebrou Missa perante centenas de milhares de fiéis dessa região central do Arquipélago Filipino.
Assim como os outros concelebrantes e os fiéis, foi coberto por uma capa de chuva amarela que o Papa presidiu a essa Missa. Uma Missa excepcionalmente tocante; emoção acentuada pela aproximação da tempestade tropical à região (fustigada por uma chuva intensa e forte vento).
O Papa pediu desculpas por pronunciar a sua homilia em espanhol, deixando de lado o texto inicialmente previsto em inglês.
Vou-vos confiar uma coisa – disse o Papa falando de todo o coração: logo que vi a catástrofe Iolanda a partir de Roma, senti que devia vir aqui.
E o Papa foi direito ao centro da sua mensagem:
vim dizer-vos que o Senhor não vos abandona, não vos deixa cair – exclamou, traduzido em inglês, para os fiéis, por um prelado da Secretaria de Estado do Vaticano.
Cristo passou por todas calamidades que experimentamos; passou por todas as provações, exclamou o Pontífice. E é por isso que é capaz de nos perceber e chorar conosco, de nos acompanhar nos momentos mais difíceis da vida.
Cristo passou por todas calamidades que experimentamos; passou por todas as provações, exclamou o Pontífice. E é por isso que é capaz de nos perceber e chorar conosco, de nos acompanhar nos momentos mais difíceis da vida.
Ao pé da Cruz estava a sua mãe – continuou o Papa – convidando os fiéis a pegar Nossa Senhora nas mãos e a chamá-la Mãe, assim como quando uma criança tem medo pega nas mãos da mãe.
Depois o Papa Francisco rezou em silêncio com os milhares de fiéis reunidos sob a chuva. A meio da Missa abraçou diversos sobreviventes do tufão que levaram as ofertas ao altar.
No fim da celebração, deu graças a Deus, pedindo-lhe, de modo particular, para dar esperança aos fiéis.
O Pontífice teve ainda tempo para passar velozmente pelo "Centro Papa Francisco para os pobres", e abençoar as instalações de fora, do papamóvel. O Centro ainda não foi inaugurado e é uma obra financiada pelo Cor Unum, o conselho pontifício encarregado de iniciativas de caridade.
No fim da celebração, deu graças a Deus, pedindo-lhe, de modo particular, para dar esperança aos fiéis.
O Pontífice teve ainda tempo para passar velozmente pelo "Centro Papa Francisco para os pobres", e abençoar as instalações de fora, do papamóvel. O Centro ainda não foi inaugurado e é uma obra financiada pelo Cor Unum, o conselho pontifício encarregado de iniciativas de caridade.
O previsto encontro com o clero local, às 15h30 (hora local) na Catedral de Palo, foi cancelado, mas Francisco passou pelo templo para saudar todos os presentes – cerca de 500 pessoas – e explicar-lhes o motivo da mudança de programa:
“Obrigado por suas calorosas boas-vindas; devo lhes dizer uma coisa que me entristece: estava programado que o avião voltasse a Manila às 17h, mas um tufão do 2º grau se aproxima e o piloto disse que temos que ir embora às 13h. Desculpo-me por isso”, acrescentou o Pontífice, que em seguida rezou uma ‘Ave Maria’ e abençoou os fiéis.
A chuva e o forte vento na cidade não impediram que milhares de cidadãos, cobertos com capas e capuzes, lotassem as ruas para assistir à passagem do papamóvel.
O avião papal decolou do Aeroporto Daniel Romualdez rumo a Manila às 13h08 (hora local).
De acordo com o diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, Pe. Federico Lombardi, "antes de deixar Palo em direção do aeroporto, o Papa quis passar pelo cemitério local, onde abençoou a vala comum que abriga os restos mortais das vítimas não identificadas do tufão Yolanda.
RADIO VATICANO
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