terça-feira, janeiro 13, 2015

VIAGEM APOSTÓLICA DO PAPA FRANCISCO AO SRI LANKA - 13/01/2015

 

O papa chegou ao aeroporto internacional Bandaranaike de Colombo, onde foi recebido com honrarias pelo novo presidente do país, Maithripala Sirisena, acompanhado de sua esposa, Jayanthi Pushpakumari, o cardeal Malcolm Ranjith de Columbo e vários membros do governo.
 A cerimônia de boas-vindas contou com canções tradicionais do Sri Lanka e danças. Em seu discurso de abertura, o Papa Francisco disse que "beleza natural" do Sri Lanka tornou conhecida como "a pérola do Oceano Índico". "Ainda mais importante, esta ilha é conhecida pelo calor do seu povo e da rica diversidade das suas tradições culturais e religiosas", continuou ele. Ele disse que estava em visita por motivos pastorais: para ajudar um país devastado pela guerra civil há um quarto de século reconstruir e recuperar a paz.
Papa Francisco é o terceiro Papa a visitar o país. O Papa Paulo VI fez uma visita em 1970, e o Papa João Paulo II visitou exatamente há 20 anos, em 1995.
Francisco chega a um país onde os católicos são apenas 6,2% da população, cuja maioria segue o budismo.
O Papa evocou a reconciliação desde sua chegada ao aeroporto de Colombo, em um país marcado por 37 anos de conflito.
"A grande obra de reconciliação deve incluir a melhoria das infraestruturas e cobrir as necessidades materiais, mas, também, e ainda mais importante, promover a dignidade humana, o respeito dos direitos humanos e a plena integração de todos os membros da sociedade", declarou.
O Santo Padre disse que o processo de cura e de reconstrução é o dever de todos, com um "papel essencial" para os seguidores de todas as tradições religiosas. "Mais importante, eles devem estar preparados para aceitar um ao outro, para respeitar as diversidades legítimas, e aprender a viver como uma família ", disse ele. "Sempre que as pessoas ouvirem uns aos outros com humildade e abertamente, os seus valores e aspirações comuns tornam-se ainda mais evidente. 

Diversidade não é mais visto como uma ameaça, mas como uma fonte de enriquecimento.
No Sri Lanka, país que conta com 70% de budistas, 12% de hindus, 10% de muçulmanos e 7% de cristãos, o diálogo interreligioso deverá tomar nota da mensagem do Papa.
Durante o dia Francisco se reuniu com líderes budistas, hindus e muçulmanos do país.
Na quarta-feira, o Papa realizará uma missa na beira do mar em Colombo que deve contar com a presença de um milhão de pessoas.
Nesta ocasião, canonizará o primeiro santo do Sri Lanka, Joseph Vaz, um missionário proveniente da Índia no fim do século XVII, que, com a ajuda do rei budista, acabou com as perseguições contra católicos.
Na quinta-feira viajará às Filipinas, com 85% de católicos, onde foram decretados cinco feriados por sua visita em Manila e são esperadas imensas multidões durante sua viagem.
Além de dois encontros com famílias e jovens, os momentos fortes serão a missa no Rizal Park de Manila, onde João Paulo II convocou milhares de fiéis em 1995, e um deslocamento de quase um dia à região de Tacloban.
Nesta zona, atingida em novembro de 2013 pelo tufão Haiyan, celebrará uma missa perto do aeroporto e almoçará com trinta sobreviventes da tragédia.


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