“Judia,
filósofa, religiosa, mártir — como foi afirmado por João Paulo II no dia da
Beatificação, a 1 de Maio de 1987, em Colónia — a Santa Edith Stein representa
a síntese dramática das feridas do nosso século. E, ao mesmo tempo, proclama a
esperança de que é a cruz de Jesus Salvador que ilumina a história”.
Conheça
algum dos ensinamentos deixados por ela:
1.
“Quanto mais alguém está imerso em Deus tanto mais deve sair de si, isto é, ir
para o mundo a fim de levar a este a vida divina”.
2.
“A Igreja é inabalável justamente porque une a absoluta defesa da verdade
eterna a uma inigualável elasticidade em adaptar-se às situações e exigências
de cada tempo”.
3.
“O lugar de cada um de nós depende unicamente da nossa vocação. A vocação não
se encontra simplesmente depois de ter refletido e examinado os vários
caminhos: é uma resposta que se obtém com a oração”.
4.
“Debaixo da cruz, compreendi a sorte do povo de Deus…”.
5.
“Quanto mais escuridão se faz ao nosso redor, mais devemos abrir o coração à
luz que vem do alto”.
6.
“Uma coisa é certa, que vivamos no momento e no lugar presentes para alcançar a
nossa salvação e a daqueles que nos foram confiados”.
7.
“Há circunstâncias em que nos entendemos mais facilmente sem palavras”.
8.
“O que conhecemos de nós mesmos não é senão superfície. A profundidade
permanece-nos em grande parte oculta. Só Deus a conhece”.
9.
“O que vale a pena possuir, vale a pena esperar”.10. “Responder o chamado de
Deus é sempre uma aventura, mas vale a pena correr o risco”.
11.
“Estou pronta para tudo. Jesus está também aqui no meio de nós. Até agora pude
rezar muito bem, dizendo de todo o coração: “Ave, Crux, spes unica”.
12.
“A essência mais íntima do amor é a doação. Deus, que é amor, dá-se à criatura
que Ele mesmo criou por amor”.
13.
“O Senhor está presente no tabernáculo com divindade e humanidade. Ele está
ali, não para si mesmo, mas para nós: porque a sua alegria consiste em estar
com os homens. E porque sabe que nós, como somos, temos necessidade da sua
proximidade pessoal. A consequência, para quantos pensam e sentem normalmente,
é sentir-se atraídos e de parar ali de vez em quando, na medida em que lhes for
possível”.
14.
“Nenhuma obra espiritual vem ao mundo sem grandes sofrimentos. Ela desafia
sempre o homem inteiro”.
15.
“Se Maria é o protótipo da genuína feminilidade, a imitação de Maria deve ser o
fim da formação da jovem”.
16. “Maria, hoje permaneci contigo sob a cruz e
jamais sentira tão claramente que foi sob a cruz que te tornaste nossa Mãe.
Como a fidelidade de uma mãe da terra não escutaria solícita a última vontade
do filho?”.
17.
“Maria, tu nos conheces a todos: nossas feridas, nossas chagas, tu conheces
também o esplendor celeste que o amor de teu Filho quer difundir sobre nós na
claridade eterna. Assim, guia solícita nossos passos”.
18.
“A alma da mulher deve ser ampla a tudo o que é humano. Deve ser cheia de paz,
porque as fracas chamas se apagam na tempestade; deve ser quente para não
enregelar as pequeninas sementes; deve ser luminosa para que, nos cantos
escuros, não cresçam ervas daninhas; deve ser reservada, porque as
interferências externas podem pôr em perigo sua vida íntima; deve ser vazia de
si para deixar amplo espaço para os outros. Deve ser, acima de tudo, dona de si
e do próprio corpo para que sua personalidade esteja sempre pronta a servir em
cada necessidade”.
19.
“Não sabemos e também não devemos perguntar antes do tempo para onde o divino
menino deseja nos guiar nesta terra. Somente isto sabemos: que aqueles que amam
o Senhor alcançam todas as coisas para o bem.”
20.
“Para mim é muito irreal pensar que a divina misericórdia se restrinja aos
limites da Igreja visível. Deus é Verdade. Quem procura a Verdade está em busca
de Deus, quer queira ou não”.
21.
“Oh Senhor meu Deus, dá-me tudo, tudo o que me for guia para chegar mais a Ti.
Oh Senhor meu Deus, arranca-me tudo, tudo o que me distancia e desvia de Ti. Oh
Senhor meu Deus, tira-me toda de mim e apropria-Te totalmente do meu ser”.
22.
“Minha vida recomeça cada manhã e termina cada noite: planos e propósitos, não
tenho nenhum”.
23.
“O espírito – isto é, não somente o intelecto, mas também o coração – por
ocupar-se continuamente com Deus, está com Ele familiarizado; conhece-O e
ama-O. Esse conhecimento e amor fazem parte de seu ser, como o relacionamento
de duas pessoas que convivem há longo tempo intimamente familiarizadas. Tais
pessoas não precisam mais de informações sobre a outra pessoa para se
conhecerem mutuamente e convencerem-se de sua amabilidade. Quase não precisam
trocar palavras. Cada nova convivência, no entanto, traz para elas novo
despertar e um crescimento mais profundo de alguns traços novos. Mas isto
acontece automaticamente, não precisando de maior esforço. Assim também é a
convivência de uma alma com Deus, depois de longo exercício na vida espiritual.
Ela não precisa mais meditar, para conhecer a Deus e aprender a amá-Lo. O
caminho já está atrás dela, pois ela repousa nEle. Assim que ela começa a orar,
está em Deus e permanece, pela entrega amorosa, em sua presença. O silêncio da
mesma Lhe a grada mais do que muitas palavras”.