REDAÇÃO
CENTRAL, 24 Ago. 16 / 05:00 am (ACI).- A Igreja celebra neste 24 de agosto São
Bartolomeu, um dos doze apóstolos, cuja figura – afirmou Bento XVI – “mesmo
sendo escassas as informações acerca dele, permanece contudo diante de nós para
nos dizer que a adesão a Jesus pode ser vivida e testemunhada também sem
cumprir obras sensacionais”.
Bartolomeu
também é identificado na Bíblia como Natanael, devido à relação com Filipe.
Nascido em Caná, na Galileia, é tido como um modelo para quem se deixa conduzir
pelo outro ao Senhor.
O
evangelho de São João narra que, após encontrar Jesus, Filipe vai até Natanael
e lhe diz “Achamos aquele de quem Moisés escreveu na lei e que os profetas
anunciaram: é Jesus de Nazaré, filho de José” (Jo 1,45).
Diante
disso, Natanael lançou a pergunta: “Pode, porventura, vir coisa boa de
Nazaré?”, ao que Filipe não rebate, mas apenas faz o convite “Vem e vê” (Jo
1,46).
Ainda
segundo o evangelista, ao ver Natanael se aproximar, o próprio Jesus exclama:
“Eis um verdadeiro israelita, no qual não há falsidade” (Jo 1,47). E, ao ser
questionado por Natanael de onde o conhecia, Jesus afirma que antes que fosse
chamado por Filipe, já o via quando “estavas debaixo da figueira”.
A
resposta de Cristo leva Natanael a proclamar esta confissão de fé: “Mestre, tu
és o Filho de Deus, tu és o rei de Israel” (Jo 1,49). Conforme explicou Bento
XVI em sua catequese de outubro de 2006, nesta exclamação “é dado um primeiro e
importante passo no percurso de adesão a Jesus”.
Como
um dos doze, Bartolomeu pôde acompanhar a missão de Jesus na terra,
compartilhando seu dia a dia, seus milagres, ouvindo seus ensinamentos,
testemunhando a sua ressurreição. Posteriormente, recebeu, junto aos demais
apóstolos o Espírito Santo em Pentecostes.
“Da
sucessiva atividade apostólica de Bartolomeu-Natanael não temos notícias
claras”, indicou agora Papa emérito. Porém, recordou que “segundo uma
informação referida pelo historiador Eusébio do século IV, um certo Panteno
teria encontrado até na Índia os sinais de uma presença de Bartolomeu”.
De
acordo com a tradição, o apóstolo teria evangelizado na Índia, passando pela
Armênia, local onde conseguiu a conversão do rei Polímio, de sua esposa e
várias pessoas. Este fato gerou a inveja de sacerdotes pagãos que, insuflaram o
irmão de rei, Astiages, e conseguiram autorização para matar Bartolomeu
esfolado.
Como Bartolomeu não morreu com o esfolamento, foi
decapitado, em 24 de agosto do ano 51.
Fonte: acidigital.com