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A
profecia de Ezequiel é proclamada numa situação de calamidade. O povo vivia no
exílio e este exílio é comparado ao um cemitério. Por isso, a profecia
inicia-se com a promessa que Deus vai abrir as sepulturas. Um povo com uma
qualidade de vida comparada a um cemitério, a um lugar de morte, um local onde
são colocados os mortos. Locais da
sociedade onde a vida se parece a um cemitério. Vidas de pessoas que, mesmo
tendo tudo, parecem viver dentro de sepulturas, que vivem com cheiro de morte.
São pessoas que não desfrutam a vida, mas sobrevivem na dor, tocando a morte.
A
vida é dom para ser vivida de modo pleno, não dentro de sepulturas e muito
menos cheirando a morte. Deus tem compromisso para que a vida seja plena e este
compromisso é simbolizado no modo como Jesus se aproxima da sepultura de
Lázaro. Jesus vai ao encontro da morte, mesmo sendo alertado pelas pessoas que
o túmulo estava cheirando à morte. Jesus não se rende à morte, ele grita contra
a morte. É o compromisso divino de resgatar vidas que são engolidas pela morte.
Este mesmo compromisso é transferido a cada um de nós. Como cristãos, não
admitimos que o poder da morte seja maior que a potência da vida. O modo para
enfrentar o fedor da morte ou as sepulturas, nas quais vive muita gente, é
colocando a potência do Espírito de Deus, como dizia a 1ª leitura, em vidas sem
sentido. Como cristãos, repudiamos tudo que pode matar a vida: as violências de
todo tipo, as ideologias que pregam aborto e eutanásia, o comércio de armas e
de drogas, a selvageria de modismos que destroem para sempre a juventude de
crianças e de adolescentes. Nós sempre gritamos contra a morte pois cremos no
poder da vida que nos é oferecida por Deus e doada por Jesus Cristo, na fonte
da sua Cruz. Amém!