RECONHECIDO PELOS ANTIGOS COMO UM DOS QUATRO ELEMENTOS DO MUNDO, O FOGO É UM PRINCÍPIO ATIVO. SUAS CARACTERÍSTICAS SÃO CERTA
“MATERIALIDADE” OU “ESPIRITUALIDADE”, QUE O TORNA PRÓXIMO A DEUS. TEM
CAPACIDADE DE PURIFICAR E REGENERAR.
Na Bíblia, o FOGO é sinal da presença e ação de Deus no
mundo (1Rs 19,12), é expressão da santidade e transcendência divinas.
Na liturgia da VIGÍLIA PASCAL, o fogo representa a
grande teofania de Deus: a nova criação realizada na ressurreição de Jesus.
A LUZ é força fecundante, condição indispensável para que
haja vida.
Em oposição às trevas, símbolo do mal, da infelicidade, da perdição e da morte, a luz exalta o que é belo e bom.
Na Bíblia, DEUS É LUZ (Sl 27,1; Is 9,1).
Na Bíblia, DEUS É LUZ (Sl 27,1; Is 9,1).
JESUS É A LUZ DO MUNDO (Jo 8,12; 9,5).
Quem crê se torna luz (Mt 5,14), reflexo da luz de Cristo (2Cor 4,6).
Quem crê se torna luz (Mt 5,14), reflexo da luz de Cristo (2Cor 4,6).
A vida inspirada pela fé é um “caminhar na luz” (1Jo 2,8-11). A transfiguração de Jesus, manifestação de sua filiação divina, é uma antecipação da glória pascal que ilumina os que crêem.
Entre todos os simbolismos que derivam da LUZ e do FOGO, o CÍRIO PASCAL é a expressão mais forte por sua riqueza de significados. É a fusão da lua cheia de Nisan (símbolo da salvação pascal) e o rito da luz (quando, ao fim da tarde, os hebreus acediam as lâmpadas), que é uma ação pelo dom da luz.
Representa CRISTO RESSUSCITADO, vencedor das trevas e da morte (os cravos do círio), Senhor da história (os algarismos), princípio e fim de tudo (Alfa e Omega), sol que não conhece acaso.
É aceso com o fogo novo, produzido em plena escuridão, pois na Páscoa tudo renasce.
A tipologia da luz é descrita no EXULTET, que forma um todo orgânico com o anúncio da libertação pascal.
A aclamação “Eis a luz de Cristo” é um memorial da Páscoa. A procissão com o círio marca a presença de Cristo no meio do seu povo.
A aclamação “Eis a luz de Cristo” é um memorial da Páscoa. A procissão com o círio marca a presença de Cristo no meio do seu povo.
“Duelam forte e mais forte é a vida que vence a morte”. A vida é mais forte.
O amor supera e vence a morte. O silêncio da vigília pascal está grávido de aleluia. Os anjos que crêem em Cristo já podem preparar a festa, como as mulheres que, ao contemplar de longe o lugar em que depositaram o corpo de Jesus
teimavam em crer que a vida é mais forte, e foram premiadas por sua fé e coragem. Nosso último inimigo foi vencido.
As portas da vida que não termina foram abertas pelo primogênito dentre os mortos, a brilhante estrela da manhã. As leituras procuram dar uma panorâmica da História da Salvação, desde a criação até a nova criação realizada na morte-ressurreição de Jesus. Grosso modo, representam as várias etapas dessa história.
De fato, parte-se do Gênesis 1,1-2,2, onde “tudo era bom”(I Leitura). No sacrifício de Isaac e na fé de Abraão (Gn 22,1-18) estão prefigurados o sacrifício de Jesus e a adesão dos fieis, pela fé em Cristo, ao projeto de Deus (II Leitura). A libertação de Israel da escravidão ( Ex 14,15-15,1) anuncia a libertação definitiva em Cristo e a “passagem” dos cristãos da morte à vida (III Leitura).
As crises de Israel no exílio em Babilônia (Is 54,5-14) suscitam a memória do amor perene de Javé por seu povo, suas esposa ( IV Leitura). As promessas de Deus se cumprem na história, fecundando de esperança a vida das pessoas (Is 55,1-11), e essas promessas atrairão todos os povos a Deus (V Leitura)
Quem foi infiel: Javé ou Israel? Baruc ( 3,9-15.32-4,4), exorta Israel a tomar consciência do que fez, convidando-o ao arrependimento (VI Leitura). Esgotados todos os recursos para salvar o povo, Deus anuncia a nova aliança (Ez 36,16-17a.18-28), na qual ele será nosso Deus e nós seremos seu povo (VII Leitura).
Essa nova aliança foi selada na morte-ressurreição de Jesus (Evangelho) e nós a renovamos em nosso Batismo (Rm 6,3-11). Com anúncio vitorioso: “Ele ressuscitou! Não está aqui!” os cristãos começam a celebrar o memorial da presença de Deus no meio do povo (Eucaristia)
Esse memorial inicia com o Batismo: mortos com Cristo, viveremos para Deus (Epístola, liturgia batismal)".
"Esta é a PÁSCOA em que é imolado o cordeiro.
Esta é a noite em que foram libertados nossos pais do Egito. Esta é a noite que nos salva da escuridão do mal. Esta é a noite em que Cristo venceu a morte, e retorna vitorioso.
Ó admirável condescendência do teu amor
Ó admirável ternura e caridade Que para resgatar o escravo, sacrificaste o Filho. Sem o pecado de Adão, o Cristo não nos teria resgatado.
Ó admirável ternura e caridade Que para resgatar o escravo, sacrificaste o Filho. Sem o pecado de Adão, o Cristo não nos teria resgatado.
"A ÁGUA" é símbolo da vida.
A descida do catecúmeno à fonte batismal é assimilada à descida de Cristo à profundezas da terra a força fecundante de Cristo, gerador de vida nova, para que todos os que se banharem nessa água fecundada se tornem filhos de Deus.
A imersão do círio pascal na água é a união do elemento divino com o humano.
Representa a eficácia do sangue redentor de Cristo, comparado à água que lava.
Ó feliz culpa que mereceu tão grande Redentor, ó feliz culpa!
Nesta noite aceita Pai Santo este sacrifício de louvor
que a Igreja te oferece por meio dos ministros.
Na liturgia solene deste Círio que é sinal da nova luz.
Nós te rogamos, Senhor, que este Círio oferecido em honra do teu nome brilhe radiante.
Chegue a ti como perfume suave e se confunda com as estrelas do céu.
Chegue a ti como perfume suave e se confunda com as estrelas do céu.
O encontre aceso a estrela da manhã, esta estrela que não conhece o acaso.