PAPA FRANCISCO JÁ NÃO É MAISARGENTINO, NEM JESUÍTA, NEM AMERICANO, POIS PELO SEU MINISTÉRIO PETRINO,TORNA-SE O PAI COMUM DE TODOS OS CATÓLICOS, DE TODOS OS PAÍSES, CABEÇA VISÍVEL
DE TODOS OS MEMBROS DO CORPO MÍSTICO DE CRISTO.
Neste início de Pontificado do Papa
Francisco, nossa Administração Apostólica vem expressar seus cumprimentos,
respeito, apoio, dedicação e inteira submissão ao Santo Padre, no qual vemos o
sucessor de São Pedro, a pedra sobre a qual Nosso Senhor edificou a sua Igreja,
o “princípio perpétuo e o fundamento visível da unidade na Fé e na Caridade da
Igreja”.
Faço minhas as palavras de Dom
Antônio de Castro Mayer, quando bispo diocesano de Campos, referindo-se ao
Beato João Paulo II: “Como fiéis católicos, nas nossas relações com o Papa
devemos nos conduzir por um vivo espírito de Fé. E ver no Papa sempre o Vigário
de Cristo na terra, cujas palavras, no exercício de seu múnus, devem ser
tomadas como palavras do mesmo Senhor. Por isso, ao Papa devemos respeito, veneração
e dócil obediência, evitando todo espírito de crítica destrutiva. É preciso que
nosso procedimento reflita a convicção de nossa Fé que nos aponta no Papa o
Vigário do próprio Jesus Cristo” (Veritas, abril-maio de 1980).
Sul-Americano, nascido em Buenos
Aires, membro da Companhia de Jesus, com sua eleição, tornando-se agora o 265º
sucessor de São Pedro, o Papa Francisco já não é mais argentino, nem jesuíta,
nem americano, pois pelo seu ministério petrino, torna-se o pai comum de todos
os católicos, de todos os países, cabeça visível de todos os membros do Corpo
Místico de Cristo. Todo Papa é cosmopolita e sua condição transcende todas as
suas individualidades.
O nome de Francisco nos faz lembrar a
aparição de Jesus a São Francisco de Assis: “Vai, Francisco, e reconstrói a
minha Igreja, que está em ruínas!” Ele o fez, pela sua santidade.
“Que o Senhor o conserve e sustente,
não permitindo que caia nas mãos dos inimigos!”, diz a oração pelo Papa.
Rezemos sempre por ele. São Pedro, afundando nas águas, mas levantado e
sustentado por Jesus, simboliza a Igreja, nas suas fraquezas humanas,
sustentada pelo divino Salvador, que nunca permitirá que as portas do Inferno
prevaleçam contra ela.
Creio que os Cardeais quiseram escolher
um pastor prático, capaz de continuar a verdadeira reforma da Igreja, na linha
doutrinária magisterial, que não muda. Por ser oriundo da Companhia de Jesus,
fundada por Santo Inácio, cujas características sempre foram a boa
formação intelectual e o espírito missionário, esperamos que o novo Papa
desenvolva e implemente a nova Evangelização e a reforma, querida pelo Papa
anterior e por toda a Igreja.
Os Jesuítas costumam ser práticos.
Assim eles catequizaram e civilizaram nossos índios, ensinando-lhes com a
religião, música, teatro, amor ao trabalho e previdência para o dia seguinte:
comprovam-no as reduções jesuíticas do sul do Brasil, Paraguai e Argentina.
Nos meios clericais, conta-se a
seguinte anedota: vários religiosos estavam à noite rezando em coro o Ofício
Divino: um beneditino, um dominicano, um franciscano e um jesuíta. Em dado
momento, faltou a luz. O beneditino continuou a rezar, pois sabe tudo de cor. O
dominicano começou a pregar sobre a escuridão espiritual. O franciscano recitou
uma poesia sobre a irmã, a noite. O jesuíta, bem, o jesuíta... foi trocar o
fusível, para que a luz voltasse!
*Bispo da Administração Apostólica
Pessoal São João Maria Vianney