sábado, dezembro 07, 2013

RECONSTRUIR A ESPERANÇA NAS FILIPINAS


NÚMERO DE MORTOS DEVIDO AO TUFÃO
5 de dezembro de 2013 .
As autoridades das Filipinas elevaram para 5.700 o número de mortos durante a passagem do Tufão Haiyan, que devastou, em 8 de novembro, a região central do arquipélago. 
Segundo o Centro Nacional de Gestão e Redução de Risco de Desastres, o tufão, que afetou 10 milhões de pessoas, deixou mais de 26 mil feridos e 1.779 desaparecidos. Dos mais de 3 milhões de deslocados, apenas 96.474 se encontram atualmente em centros de abrigo, sobretudo nas ilhas de Leyte e Samar.
De acordo com o mais recente relatório da instituição, os danos causados pelo Haiyan ultrapassam 30 bilhões de pesos (514 milhões de euros). Para as Nações Unidas, é urgente angariar mais fundos para ajudar os sobreviventes do tufão.
“As consequências do Tufão Haiyan trouxeram muitas necessidades, precisamos de apoio para que o povo se recupere”, destacou, em entrevista, a coordenadora de Assuntos Humanitários da ONU nas Filipinas, Luísa Carvalho, destacando, entre as prioridades,  “providenciar casas e reconstruir a vida” dos afetados pela catástrofe.
Segundo as Nações Unidas, algumas comunidades que dependem da pesca perderam as embarcações e os meios para desenvolver a atividade, e os agricultores carecem de ferramentas, sementes e fertilizantes para cultivar os campos e não depender da distribuição da ajuda humanitária.
Agência Brasil
APELO. ONU PEDE AJUDA PARA VÍTIMAS DO TUFÃO NAS FILIPINAS
O Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR) lançou um novo apelo à ajuda de emergência para os sobreviventes do tufão Haiyan, que devastou as Filipinas em novembro, deixando 5.700 mortos e desaparecidos.
O gabinete do ACNUR indicou que agora necessita de 19,2 milhões de dólares (14,2 milhões de euros) para tratar de "questões de proteção primária" das comunidades afetadas, ou seja, mais do dobro dos 8,3 milhões de dólares (6,1 milhões de euros) angariados até ao momento.
Quase um mês depois do tufão, os seus efeitos não mostram sinais de diminuir", disse Bernard Kerblat, representante do ACNUR nas Filipinas.
O mesmo responsável salientou que, "hoje, mais do nunca, a proteção e assistência humanitária é necessária para garantir que as consequências deste devastador tufão não tirem mais vidas".
Milhares de famílias filipinas continuam deslocadas, estimando-se que 5.000 pessoas estejam a fugir diariamente das ilhas centrais de Leyte e Samar para as principais cidades de Manila e Cebu, referiu num comunicado.
O tufão Haiyan, um dos mais fortes na história das Filipinas, causou, de acordo com o balanço mais recente, 5.700 mortos, aos quais se somam 1.779 desaparecidos.
Dezenas de cidades foram destruídas pela força do tufão que deixou mais de quatro milhões de sobreviventes a precisarem de ajuda de emergência, incluindo 125 mil que permanecem em centros de abrigo, segundo dados facultados hoje pelo Centro Nacional de Redução e Gestão de Desastres das Filipinas.
O novo apelo à ajuda, pela agência da ONU visa a distribuição de mais suprimentos essenciais para a sobrevivência, como tendas ou lanternas.
A ONU anunciou, na semana passada, que, em breve, vai aumentar a verba do apelo global, que é atualmente de 348 milhões de dólares (257 milhões de euros), dos quais cerca de metade foram angariados.
ONU ESTIMA QUE 600.000 FILIPINOS AINDA NÃO RECEBERAM AJUDA
As Nações Unidas estimam que, pelo menos, 600.000 filipinos ainda não tenham recebido qualquer tipo de ajuda, depois da passagem do tufão Haiyan.
Para a ONU e para as ONG no terreno, o maior desafio logístico é a geografia da Filipinas, com as suas 7 mil ilhas, e a dificuldade de acesso a inúmeras zonas.
Para já, o programa alimentar mundial alcançou 1,9 milhão de pessoas.
E cerca de 82.000 famílias ocupam os 1500 abrigos de urgência instalados pelas autoridades. Mas, como explica Nida, uma sobrevivente: “Estamos a passar dificuldades, aqui onde estamos. Há pessoas da nossa família que estão desaparecidas… não sabemos nada delas.”
O tufão Haiyan matou mais de 5.000 pessoas, e 1600 continuam ainda desaparecidas. As famílias não perdem a esperança de encontrar os entes queridos, entre os quatro milhões de pessoas deslocadas.
O governo orça em 5,8 mil milhões de dólares os custos da reconstrução de casas, escolas, estradas e pontes na área central das Filipinas, a mais devastada pelo tufão Haiyan.
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FILIPINAS: NAS RUÍNAS DE TACLOBAN
Depois do tufão, o tempo do balanço. As Filipinas ficaram completamente devastadas, após a passagem do Haiyan, e estima-se em mais de 5 mil, o número de vítimas mortais.
Em localidades como Tacloban, a destruição é total. Os sobreviventes procuram agora comida, água potável e outros bens de primeira necessidade.
“Não preciso de muita roupa, só preciso de uma camisa. É tudo o que peço”, diz uma habitante, que acrescenta: “Ainda estou a agradecer a Deus o que se passou. Penso que isto muda as pessoas, para melhor.” – Neste arquipélago católico, esta é uma forma de agradecer a Deus tê-los poupado.

SOBREVIVENTES FILIPINOS EM SITUAÇÃO DRAMÁTICA  15/11
A mensagem está escrita em todas as superfícies de modo a ser vista do alto, dos lados de frente: Ajudem. Mas a ajuda não chega e a população tem de procurar sobreviver por si, procurar cadáveres sob os escombros, enterrá-los, destruir produtos degradáveis, juntar todo o lixo acumulado nas ruínas, queimá-lo para evitar, na medida do possível, as epidemias, e procurar conservas e água potável. Mais uma vez, o mundo não consegue responder com eficácia a uma situação de emergência humanitária.
A AMI, portuguesa, tem no terreno dois responsáveis e vai enviar outros quatro no próximo sábado. A missão está em Tacloban com o objetivo de fornecer segurança alimentar e dar assistência médica à população da ilha de Leyte, participando no esforço coletivo de restabelecer a normalidade da vida das pessoas afetadas pela passagem do tufão Haiyan, no dia 8 de novembro.
Um dos sobreviventes mais ativos trabalha com afinco:
“Estamos a construir abrigos temporários porque não temos uma casa onde ficar, as pessoas que estão dentro do centro de convenções tiveram ordem de saída para as autoridades começarem a limpar. A nossa casa foi varrida por uma forte vaga”.
Para construir casas, são precisas ferramentas e material que não chegou ainda. Assim, o lixo é afastado com os paus, os pregos são arrancados com pequenos ferros e as juntas são marteladas com pedras.
Mesmo assim há quem tenha conseguido reunir o suficiente para fazer o seu pequeno negócio…e houve quem fugisse por ter dólares ou ser estrangeiro, os testemunhos sucedem-se. Aos outros, as autoridades confinam às zonas afetadas pela tragédia.
Oito milhões de mulheres e de crianças precisam de ajuda nas Filipinas, segundo a ONU, que distribuiu comida e água a pouco mais do que um milhão.
A história dramática dos sobreviventes pouco varia.
Um homem afirma: “Não temos quaiquer escolhas para o futuro. Plantamos legumes e apanhamos um coco para lançar aos outros e fazê-los cair”.
Uma mulher queixa-se: “É muito difícil. Não temos onde nos abrigar, não temos comida nem roupa. É demais”.
As autoridades das Filipinas elevaram hoje para 4.011 o número de mortos registados no arquipélago devido à passagem do tufão Haiyan, que devastou a região centro do país.
De acordo com os dados mais recentes, o tufão causou ainda 18.557 feridos e 1.602 desaparecidos.
A maior parte dos mortos, num total de 3.310, foi registada na província de Leyte, a mais afetada pelo tufão.
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