O Papa Francisco, concedeu a indulgência plenária aos fiéis que peregrinarem rumo a alguma das Portas Santas no vasto mundo, no período de 13 de Dezembro de 2015 a 13 de novembro de 2016 neste Ano Santo do Jubileu Extraordinário da Misericórdia.
O que é indulgência plenária?
Todos os pecados cometidos tem a chamada “pena temporal”, ou seja, mesmo confessados ainda possuem uma pena que deve ser purificada. Esta purificação poderá acontecer durante a vida, com sofrimentos e provações ou após a morte, no estado chamado purgatório. A indulgência plenária redime perante Deus a “pena temporal” assim, o fiel é liberado desta purificação.
Por quanto tempo vale a indulgência plenária?
A indulgência plenária recebida é válida para apagar as penas temporais dos pecados já cometidos até o momento.
Quantas vezes é possível receber indulgência plenária?
A indulgência plenária pode ser recebida uma vez ao dia.
Quem pode se beneficiar da indulgência?
Qualquer fiel (em estado de graça) pode lucrar indulgências para si mesmo ou aplicá-las aos defuntos como sufrágio. (cf. Cód.DR, Cap.IV, Cân.993)
Porque se abre a Porta Santa no início do Jubileu?
A Porta Santa só se abre durante um Ano Santo e significa que se abre um caminho extraordinário para a salvação.
Porque convocou o Papa Francisco este Ano Santo?
Pensei muitas vezes no modo como a Igreja pode tornar mais evidente a sua missão de ser testemunha da misericórdia. É um caminho que começa com uma conversão espiritual; e devemos fazer este caminho." – justificou o Papa Francisco aquando do anúncio oficial do 29º Jubileu da história da Igreja, defendendo que «ninguém pode ser excluído da misericórdia de Deus» e que a Igreja «é a casa que acolhe todos e não recusa ninguém». «As suas portas estão escancaradas para que todos os que são tocados pela graça possam encontrar a certeza do perdão. Quanto maior é o pecado, maior deve ser o amor que a Igreja manifesta aos que se convertem», realçou.
Como receber tal indulgência?
1. Peregrinar até a Porta Santa, aberta em cada Catedral ou nas Igrejas ou Santuários estabelecidos pelos Bispos
Diocesanos.
2. Confessar-se
3. Comungar e refletir sobre a Misericórdia
4. Rezar o Creio nas intenções do Papa Francisco.
Obs. Recebendo o sacramento da penitência uma vez pode-se receber, mais vezes, a indulgência. A comunhão eucarística e a oração na intenção do Santo Padre deveriam, se possível, serem cumpridas no mesmo dia em que se pretende pedir a indulgência.
E os doentes, ou pessoas impossibilitadas de ir até à Porta Santa?
“Para eles será de grande ajuda viver a enfermidade e o sofrimento como experiência de proximidade ao Senhor que no mistério da sua paixão, morte e ressurreição indica a via mestra para dar sentido à dor e à solidão. Viver com fé e esperança jubilosa este momento de provação, recebendo a comunhão ou participando na santa missa e na oração comunitária, inclusive por meio dos vários meios de comunicação, será para eles o modo de obter a indulgência jubilar.” (Carta do Papa Francisco promulgando a indulgencia)
E os encarcerados?
“O Jubileu constituiu sempre a oportunidade de uma grande anistia, destinada a envolver muitas pessoas que, mesmo merecedoras de punição, todavia tomaram consciência da injustiça perpetrada e desejam sinceramente inserir-se de novo na sociedade, oferecendo o seu contributo honesto. A todos eles chegue concretamente a misericórdia do Pai que quer estar próximo de quem mais necessita do seu perdão. Nas capelas dos cárceres poderão obter a indulgência, e todas as vezes que passarem pela porta da sua cela, dirigindo o pensamento e a oração ao Pai, que este gesto signifique para eles a passagem pela porta santa, porque a misericórdia de Deus, capaz de mudar os corações, consegue também transformar as grades em experiência de liberdade.” (Carta do Papa Francisco promulgando a indulgência)
“Que a Igreja se faça voz de cada homem e mulher e repita com confiança e sem cessar: « Lembra-te, Senhor, da tua misericórdia e do teu amor, pois eles existem desde sempre » (Sl 25/24, 6).”(Bula de Proclamação do Jubileu Extraordinário da Misericórdia – Papa Francisco)