segunda-feira, dezembro 21, 2015

IV DOMINGO DO ADVENTO, 20 DE DEZEMBRO DE 2015


A visita 

Nossa preparação próxima do Natal é marcada pela visita. Maria tinha sido visitada pelo anjo e, depois desta visita, Maria vai visitar Isabel. Este tema, da visita, é muito comum na Bíblia, seja de Deus visitando seu povo, seja do povo indo a locais sagrados para visitar a presença divina. O profeta Sofonias, que ouvimos na 1ª leitura, fala da visita de Deus no meio do seu povo. Tudo, portanto, gira em torno daquilo que representa uma visita. Por isso, queremos preparar o nosso Natal refletindo sobre o que significa visitar e ser visitado, a começar do que nos narra o Evangelho. A visita de Nossa Senhora à sua prima Santa Isabel traz um significado muito bonito ao Natal que celebraremos nestes próximos dias. Traz o sentido do amor e da força da vida que existe dentro de uma pessoa quando esta é visitada por Deus e quando acredita na proposta divina. Somente quem está cheio de Deus, pode visitar alguém e levar o amor de Deus e a força da vida a quem vai visitar para partilhar a amizade. Pensando desse modo, o Natal é entendido como a visita de Deus ao seu povo, que somos nós, e a visita que fazemos aos outros, a exemplo de Maria, desde que tenhamos em nós a força da presença divina, Jesus.  



 Visitada

Toda visita tem duas pessoas: aquele que visita e aquele que acolhe o visitante; a pessoa visitada. Por isso, nosso primeiro olhar se volta para Isabel, aquela que foi visitada por Maria. É uma mulher que nos ensina como acolher os visitantes: com alegria, com festa e com a partilha da própria vida, daquela vida que está dentro dela e se alegra pela visita de Maria. Aqui temos um modo de como nos preparar para celebrar o Natal: acolhendo com alegria aquelas pessoas que nos trazem Jesus, aquelas pessoas que nos visitam, não somente neste tempo de Natal, mas no decorrer de todo o ano. Sim, o Natal não tem somente uma preparação próxima, destes dias que o antecedem, mas, em certo sentido, a preparação para o Natal acontece cada vez que nos dispomos a acolher a visita divina. Naquele copo de água que damos a alguém com  sede, e que Jesus garante que é dado a ele, encontra-se uma preparação para o Natal. Longe de nós, a “caridade show”, mostrada na TV, tão comum nestes dias natalinos. Queremos, ao contrário, estar preparados para o Natal, acolhendo aqueles que nos trazem Jesus.



Natal é uma visita 

O Natal, de fato, é uma visita. Deus visita seu povo. E nós, uma vez que recebemos Deus, uma vez que aceitamos a visita de Deus, o resultado é o mesmo que aconteceu na vida de Nossa Senhora: levamos a alegria da presença divina ao outro para que, a exemplo de Isabel, a vida salte, dance de alegria dentro daquele que nos acolhe e com quem convivemos. Assim, o Natal é uma visita divina para fazer a nossa vida dançar, saltar de alegria dentro de nossos corações. Se Deus nos visita para nos trazer vida plena, nada mais justo que o Natal também interrogue se estamos acolhendo a visita divina e levando mais vida a quem vive à margem da vida. A visita de Deus, que celebramos no Natal, ajuda-nos a compreender que a festa do Natal gira em torno da vida que acolhe o grande visitante, Jesus Cristo. Como Isabel, somos visitados pela vida divina que estava no seio da Virgem Mãe. Deus, portanto, não nos visita no Natal em luxo e com grande espetáculo, mas através do encontro com a vida humana, especialmente aquela vida simples e pobre. Deus nos visita na simplicidade do pobre.







No IV Domingo do Advento Padre Marcos pároco da Matriz de São Conrado apesentou a comunidade o novo lugar da cátedra, cadeira do padre de onde ele preside as ações litúrgicas.




CADEIRA DO SACERDOTE
(CÁTEDRA)

A cadeira do sacerdote celebrante deve significar a sua função de presidente da assembléia e guia da oração.
Em primeiro lugar, para ser significativa a cadeira presidencial deve distinguir-se, pela sua qualidade artística, de todas as outras que existem na igreja; isto quer dizer que ela deve ser a mais bela e a mais artística de todas. Ela deve ser única e deve estar bem situada. De fato, o presidente é um sinal. Sinal de Cristo, o único verdadeiro presidente de cada assembléia litúrgica. Esta é também a razão pela qual, na cadeira do presidente, só ele se deve sentar.
A sede presidencial também tem um forte sentido simbólico. Quando o bispo ou o presbítero está na cátedra é sinal do Cristo cabeça, sacerdote e mestre. A sédia deve manifestar essa união entre cabeça e corpo, entre Cristo e a Igreja, entre o presidente e a assembléia.