A Igreja Católica Arménia (em arménio: Հայ Կաթողիկէ Եկեղեցի Hay Kat'oghike Yeveghets'i) é uma Igreja católica oriental sui juris em plena comunhão com a Igreja Católica. Isto quer dizer que ela, nunca abandonando as suas veneráveis tradições e ritos litúrgicos orientais, aceita a autoridade e primazia do Papa. Unida formal e oficialmente à Santa Sé em 1742, esta Igreja foi fruto de uma cisão ocorrida na Igreja Apostólica Armênia, que não aceita a autoridade papal. A sua sede localiza-se, desde 1749, em Bzoummar (Líbano).
O seu rito litúrgico é de tradição arménia e a sua língua litúrgica é o arménio. Desde 2015, esta Igreja oriental é governada pelo Patriarca arménio Gregório Pedro XX Gabroyan, juntamente com o seu Sínodo, mas sempre sob a supervisão do Papa. Actualmente, tem cerca de 540 mil fiéis, concentrados especialmente na Arménia, Argentina, Europa Oriental (com destaque para a Roménia), Austrália, Canadá, França, Líbano, Síria,Turquia, Roménia e Estados Unidos da América.
No Brasil a Paróquia Armênia Católica são Gregório Iluminador se encontra à Avenida Tiradentes 718, ao lado do museu de Arte Sacra, próximo ao metro Tiradentes.
História
Após o cisma de 451, que separou as Igrejas ortodoxas orientais (que incluiu a Igreja Apostólica Armênia) das Igrejas calcedonianas (que são as Igrejas Ortodoxa e Católica), numerosos bispos apostólicos armêniostentaram restabelecer a comunhão com a Igreja Católica. Em 1195/1198, durante as Cruzadas, os ortodoxos arménios sediados no Reino armênio da Cilícia entraram em comunhão com a Igreja Católica, que durou até a Cilícia ser conquistada pelo Mamelucos em 1375. Esta união foi mais tarde restabelecida no Concílio de Basileia-Ferrara-Florença (em 1441), mas, na prática, não houve efeitos concretos durante séculos.
Em 1740, Abraham Petros I Ardzivian, que tinha anteriormente se tornado um católico, foi eleito Patriarca de Adana (Turquia). Dois anos mais tarde, em 1742, o Papa Bento XIV criou formalmente a Igreja Católica Arménia, encabeçada pelo Patriarca Ardzivian, que foi reconhecido pelo Papa. Em 1749, a sede desta Igreja foi transferida para Bzoummar (Líbano). No século XIX, o Império Otomano reconheceu-a finalmente, dando-lhe o estatuto de millet (ou seja, comunidade etno-religiosa distinta dentro do Império). Durante o terrível genocídio arménio (1915-1918), muitos católicos arménios, naquela altura concentrados principalmente na Cilícia, foram forçados a refugiarem-se em países vizinhos da Turquia, principalmente no Líbano, na Síria e na República Democrática da Armênia. Mais tarde, uma parte deles emigrou para os Estados Unidos e para a Europa.