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A
Páscoa, maior festa do calendário cristão, é a celebração da gloriosa
Ressurreição de Jesus Cristo, a sua vitória sobre o pecado, sobre a morte e
sobre a aparente derrota da Cruz. Cristo ressuscitou glorioso para nunca mais
morrer, dando-nos o penhor da nossa vitória e da nossa ressurreição. A Páscoa é
a festa da alegria e da esperança na vitória futura.
Mesmo
tendo sido profetizada por Jesus em diversas ocasiões, como sendo o maior de
todas os sinais da sua divindade, os Apóstolos demoraram a crer nela. Eles
estavam apavorados com a prisão, o julgamento, a paixão e a morte de Jesus, seu
Mestre, e com medo de que o mesmo poderia acontecer com eles. A suposição de
que eles poderiam roubar o corpo de Jesus é completamente sem fundamento. Os
inimigos de Jesus, fariseus e chefes religiosos, sabiam que ele profetizara sua
ressurreição no terceiro dia. Por isso foram a Pilatos e pediram que mandasse
soldados guardar com segurança o sepulcro de Jesus, o que foi feito: “puseram
em segurança o sepulcro, lacrando a pedra e colocando a guarda” (Mt 27, 66). O
fato da ressurreição de Jesus não foi algo inventado pelos Apóstolos, eles
mesmos incrédulos e temerosos. Só foram convencidos quando foram ao sepulcro e
o encontraram vazio, conforme relataram as santas mulheres, que lá foram
primeiro para terminar a unção de seu corpo. Foram convencidos mais ainda
quando o Senhor lhes apareceu, mostrou-lhes as chagas e comeu com eles no
Cenáculo. Tomé, representando a incredulidade de muitos, só acreditou depois
que Jesus lhe fez colocar a mão nas suas chagas e penetrar no seu lado aberto
pela lança.
Além
disso, o próprio Sudário, o lençol que envolveu o corpo do Senhor e com o qual
foi sepultado, que guardou misteriosamente a imagem dele e dos seus
sofrimentos, ficou no sepulcro, quando Jesus ressuscitou. Era natural que, se
alguém tivesse roubado o corpo, o teria levado envolto no lençol.
Ademais,
“se se considera a importância que tem o sábado na tradição do Antigo
Testamento, baseada no relato da criação e no Decálogo, torna-se evidente que
só um acontecimento com uma força extraordinária poderia provocar a renúncia ao
sábado e sua substituição pelo primeiro dia da semana. Só um acontecimento que
se tivesse gravado nas almas com uma força fora do comum poderia haver
suscitado uma mudança tão crucial na cultura religiosa da semana... Para mim, a
celebração do Dia do Senhor, que distingue a comunidade cristã desde o
princípio, é uma das provas mais fortes de que aconteceu uma coisa
extraordinária nesse dia: o descobrimento do sepulcro vazio e o encontro com o
Senhor Ressuscitado” (Bento XVI – Jesus de Nazaré II). Este fato extraordinário
foi a base da pregação dos Apóstolos. Para testemunhar a verdade da
Ressurreição de Jesus, os Apóstolos e mártires de todas as idades deram o seu
sangue e a sua vida.
Feliz Páscoa para todos: fiquemos
alegres com a esperança que Jesus Cristo nos dá com o seu triunfo, penhor da
nossa vitória no Céu, onde todos esperamos nos encontrar.
Fonte:
Dom Fernando Arêas Rifan