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Na
nossa caminhada pela vida, fazemos, frequentemente, a experiência do
desencanto, do desalento, do desânimo. As crises, os fracassos, o
desmoronamento daquilo que julgávamos seguro e em que apostamos tudo, a
falência dos nossos sonhos deixam-nos frustrados, perdidos, sem perspectivas.
Então, parece que nada faz sentido e que Deus desapareceu do nosso horizonte...
No entanto, a catequese que Lucas nos propõe hoje garante-nos que Jesus, vivo e
ressuscitado, caminha ao nosso lado. Ele é esse companheiro de viagem que
encontra formas de vir ao nosso encontro - mesmo se nem sempre somos capazes de
O reconhecer - e de encher o nosso coração de esperança.
Como
é que Ele nos fala? Como é que Ele faz renascer em nós a esperança? Como é que
Ele nos passa esse suplemento de entusiasmo que nos permite continuar? Lucas
responde: é através da Palavra de Deus, escutada, meditada, partilhada,
acolhida no coração, que Jesus nos indica caminhos, nos aponta perspectivas
novas, nos dá a coragem de continuar, depois de cada fracasso, a construir uma
cidade ainda mais bonita. Que lugar é que a Palavra de Deus desempenha na minha
vida? Tenho consciência de que Jesus me fala e me aponta caminhos de esperança
através da sua Palavra?
Quando
é que os olhos do nosso coração se abrem para descobrir Jesus, vivo e atuante?
Lucas responde: é na partilha do Pão eucarístico. Sempre que nos sentamos à
mesa com a comunidade e partilhamos o pão que Jesus nos oferece, damo-nos conta
de que o Ressuscitado continua vivo, caminhando ao nosso lado, alimentando-nos
ao longo da caminhada, ensinando-nos que a felicidade está no dom, na partilha,
no amor. Sempre que nos juntamos com os irmãos à volta da mesa de Deus,
celebrando na alegria e na festa o amor, a partilha e o serviço, encontramos o
Ressuscitado a encher a nossa vida de sentido, de plenitude, de vida autêntica.
E
quando O encontramos? Que fazer com Ele? Lucas responde: Temos de levá-lo para os caminhos do mundo, temos de
partilhá-lo com os nossos irmãos, temos de dizer a todos que Ele está vivo e
que oferece aos homens (através dos nossos gestos de amor, de partilha, de
serviço) a vida nova e definitiva.