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SANTA BRÍGIDA
23
de julho de 2020
Paróquia São Conrado
Santa
Brígida (Birgitta Birgersdotter) nasceu dia 15 de junho de 1303, no castelo de
Finsta, em Norrtälje, na província de Uplândia, Suécia. O castelo era a
residência da família Finsta e pertenceu durante certo tempo a seu pai Birger
Persson, que era governador de Uplândia. Sua mãe, Ingeborg Bengtsdotter, era
parente da família real. Seu avô materno era primo de Magnus Ladulås, de modo
que Brígida tinha parentesco com a família real sueca.
Brígida
ficou órfã de mãe quando tinha cerca de 10 anos de idade. Seu pai,
considerando-se inapto para prover uma educação compatível a uma menina de sua
condição social, enviou-a para a casa da cunhada, Catarina Bengtsdotter, em
Aspanäs, na proximidade do lago Sommen, em Östergötland.
As
manifestações místicas de Brígida começaram aos 12 anos, enquanto ela ouvia um
sermão sobre a Paixão de Cristo. Certa vez viu a Virgem Maria colocar em sua
cabeça uma coroa. Em outra ocasião, viu diante dela Jesus Cristo torturado e
morto na cruz. Estas duas experiências fariam com que desenvolvesse profunda
devoção a Maria e meditações sobre o sofrimento de Cristo, que a marcariam por
toda a vida.
Em
1316, quando Brígida contava com apenas 13 anos, contra sua vontade, foi dada
em matrimônio a Ulf Gudmarsson, filho do governador de Västergötland. Teve um
casamento feliz, onde foi mãe de oito crianças, entre elas Santa Catarina da
Suécia. A devoção de Brígida também influenciou seu marido. Entre outras
viagens, o casal realizou peregrinações a Nídaros (atual Trondheim) e a
Santiago de Compostela. A caminho da Espanha, na cidade francesa de Arras, Ulf
adoeceu. Quando se temia o pior, o santo francês São Dionísio apareceu ante
Brígida e lhe prometeu que seu marido não morreria naquela ocasião. De volta a
Suécia, Brígida e o marido se estabeleceram junto ao Mosteiro de Alvastra, onde
Ulf faleceu em fevereiro de 1344.
Após
a morte de do marido, Brígida repartiu seus bens entre os herdeiros e os pobres
e passou a viver de maneira simples nas imediações Mosteiro cisterciense ligado
ao de Alvastra. Neste período, suas visões se tornaram mais numerosas, formando
a maior parte das aparições que Brígida vivenciou até sua partida para Roma.
Foi durante elas que Brígida recebeu a missão de levar mensagens a políticos e
líderes religiosos, assim como teve diálogos com santos e mortos.
Brígida
viajou a Roma no ano de 1349 com o propósito de tomar parte na celebração do
jubileu de 1350, e para obter permissão do papa para fundar uma nova ordem religiosa.
Entretanto, na ocasião o papa residia em Avinhão e, além disso, a Igreja havia
proibido o estabelecimento de mais ordens. A ausência do papa desanimou
Brígida, que havia tido uma visão na qual encontraria o papa e o Imperador
quando chegasse a Roma. Foi testemunha da decadência espiritual de Roma após a
partida do papa. Durante sua estadia na cidade, escreveu cartas ao papa, onde
lhe suplicava que regressasse a Roma, e se dedicou a visitar as igrejas que
continham tumbas de santos. Na igreja de São Lourenço em Panisperna, no monte
Viminal, perto de onde morava, pedia aos transeuntes esmolas para os
necessitados. Também aproveitou para viajar em peregrinação ao santuários de
Assis, a Nápoles e ao sul da Itália.
Em
1368, o Papa Urbano V regressou a Roma e, em 21 de outubro recebeu o Imperador
Carlos IV. Então, Brígida pôde entregar as regras de sua ordem ao papa, que se
encarregaria de examiná-las. As regras foram aceitas com várias revisões. Além
disso, o papa tomou a decisão de deixar novamente a Itália por motivos de
segurança, situação com a qual Brígida também não estava de acordo. Ela
profetizou que o papa receberia um forte golpe de Deus e, após dois meses do
regresso a Avinhão, Urbano V faleceu.
No
verão de 1373, uma enfermidade a debilitou, e Brígida faleceu, em Roma, no que
é hoje a praça Farnese, no dia 23 de julho, aos 70 anos. De acordo com sua
própria vontade, seus filhos Birger e Caterina levaram seus restos mortais para
a Suécia, especificamente para a Abadia de Vadstena, após haverem sido
enterrados na igreja romana de São Lourenço, em Panisperna.
O
processo de canonização de Brígida começou em 1377 e terminou em 1391. Foi
canonizada em 7 de outubro de 1391 pelo Papa Bonifácio IX .
Em
1999, santa Brígida foi elevada, junto com santa Catarina de Sena e santa
Teresa Benedita da Cruz, a co-padroeira da Europa.
Fonte: Aleteia
Fonte: Aleteia