sábado, outubro 31, 2020

DIA DE TODOS OS SANTOS: Um dia para a esperança!

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DIA DE TODOS OS SANTOS

31 de outubro de 2020

 

 

Paróquia São Conrado






Através dos santos, vemos que o poder de Deus é mais forte que o poder desse mundo

Se perguntamos na rua quantos santos existem, provavelmente vamos escutar como resposta algo do tipo: “Vários; não sei, um monte; são tantos que não tenho nem ideia.” Talvez comecem a enumerar alguns deles: “São Francisco, São Paulo, Santa Teresa, São Sebastião…”, e assim por diante.

 

É verdade que existem muitos santos conhecidos e reconhecidos pelos feitos que fizeram, pela importância que tiveram em uma determinada época e lugar. Mas existem outros muitos santos que não estão nos altares. E eles são muito mais numerosos dos que os que conhecemos.

 

São pessoas comuns que buscaram viver a vida como Jesus viveu e nos convidou a viver.São os que levaram a sério o chamado de Jesus no silêncio de suas próprias vidas.

 

Porque celebramos na Igreja o Dia de Todos os Santos?

No dia de hoje, lembramos de toda essa “grande multidão, que ninguém podia contar, de todas as nações, tribos, povos e línguas” que nos fala o livro do Apocalipse. É como se o céu se abrisse para nós, para que os possamos contemplar vivendo felizes na Glória de Deus.

 

Celebramos esse dia para que todos os santos possam “despertar em nós o grande desejo de ser como eles: felizes por viver próximos de Deus, na sua luz, na grande família dos amigos de Deus”, como nos diz o Papa emérito Bento XVI em uma homilia na festividade de Todos os Santos.

 

Olhando para os santos, lembramos que estamos nessa terra como peregrinos, com um destino, o Céu, e não como errantes, perdidos nesse mundo. A nossa vida teve um começo, mas não terá um final porque somos chamados a viver eternamente com Deus. Jesus, com sua vida, paixão, morte e ressurreição, nos abriu as portas do Céu. Cabe a cada um de nós acolher esse dom em nossas vidas.

 

Um dia para a esperança!

Acolher esse dom não é uma tarefa sempre fácil. Muitas vezes, somos tentados pela desesperança, por causa dos vários trabalhos que precisamos realizar, pelas contradições que vivemos interiormente, por nossos pecados e pelas injustiças que presenciamos.

 

Os Santos estão também no céu para mostrar que realmente é possível, com a Graça de Deus, viver como filhos e filhas de Deus, apesar de todas as dificuldades. Nos santos, vemos que o poder de Deus é mais forte que o poder desse mundo. Os santos nos dão esperança! Uma esperança que nunca vai nos desiludir.

 

O Papa Francisco falou certa vez sobre uma figura antiga que usavam os primeiros cristãos para falar da esperança. Eles a comparavam com uma âncora que estava ancorada no Céu.Por mais que o barco da nossa vida possa passar por tempestades violentas, se temos a nossa âncora lá junto com os santos, esse barco nunca vai afundar.

 

Façamos a pergunta que o Papa nos fez naquela ocasião: “Onde tenho posta a âncora da minha vida?” Será que a tenho posta nas coisas deste mundo, que vão passar e que portanto não são um lugar seguro?

 

Sejamos Santos!

Lembremos hoje do insistente chamado a santidade que Deus têm feito a cada um de nós. O Papa emérito Bento XVI define assim a santidade: “Ser santo significa: viver na intimidade com Deus, viver na sua família. Esta é a vocação de todos nós”. Sejamos santos nessa vida para poder viver com Deus eternamente no Céu.

 

Certamente não é uma tarefa fácil, mas não estamos sozinhos: todos os nossos irmãos que nos precederam em santidade intercedem por nós para que cheguemos ao final dessa jornada. E o próprio Deus nunca nos deixa de assistir com a sua Graça para que nos conformemos cada vez mais com seu Filho Jesus.

 

Por João Antônio Johas, publicado em A12


segunda-feira, outubro 26, 2020

XXX DOMINGO DO TEMPO COMUM

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A resposta de Jesus, no entanto, supera o horizonte estreito da pergunta e vai muito mais além, situando-se ao nível das opções profundas que o homem deve fazer... O relevante, na perspectiva de Jesus, não é definir qual o mandamento mais importante, mas encontrar a raiz de todos os mandamentos. E, na perspectiva de Jesus, essa raiz gira à volta de duas coordenadas: o amor a Deus e o amor ao próximo. 

O  compromisso religioso (que é proposto aos crentes, quer do Antigo, quer do Novo Testamento) resume-se no amor a Deus e no amor ao próximo. Na perspectiva de Jesus, que é que isto quer dizer?

De acordo com os relatos evangélicos, Jesus nunca se preocupou excessivamente com o cumprimento dos rituais litúrgicos que a religião judaica propunha, nem viveu obcecado com o oferecimento de dons materiais a Deus. A grande preocupação de Jesus foi, em contrapartida, discernir a vontade do Pai e a cumpri-la com fidelidade e amor. "Amar a Deus" é pois, na perspectiva de Jesus, estar atento aos projetos do Pai e procurar concretizar, na vida do dia a dia, os seus planos. Ora, na vida de Jesus, o cumprimento da vontade do Pai passa por fazer da vida uma entrega de amor aos irmãos, se necessário até ao dom total de si mesmo. 

Assim, na perspectiva de Jesus, "amor a Deus" e "amor aos irmãos" estão intimamente associados. Não são dois mandamentos diversos, mas duas faces da mesma moeda. "Amar a Deus" é cumprir o seu projeto de amor, que se concretiza na solidariedade, na partilha, no serviço, no dom da vida aos irmãos.

Como é que deve ser esse "amor aos irmãos"? Este texto só explica que é preciso "amar o próximo como a si mesmo". As palavras "como a si mesmo" não significam qualquer espécie de condicionalismo, mas que é preciso amar totalmente, de todo o coração. 

Noutros textos mateanos, Jesus explica aos seus discípulos que é preciso amar os inimigos e orar pelos perseguidores (cf. Mt 5,43-48). Trata-se, portanto, de um amor sem limites, sem medida e que não distingue entre bons e maus, amigos e inimigos. Aliás, Lucas, ao contar este mesmo episódio que o Evangelho de hoje nos apresenta, acrescenta-lhe a história do "bom samaritano", explicando que esse "amor aos irmãos" pedido por Jesus é incondicional e deve atingir todo o irmão que encontrarmos nos caminhos da vida, mesmo que ele seja um estrangeiro ou inimigo (cf. Lc 10,25-37).











sábado, outubro 24, 2020

6 CURIOSIDADES SOBRE A VIDA DE SÃO FREI GALVÃO QUE TALVEZ NÃO CONHEÇA

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SÃO FREI GALVÃO

24 de outubro de 2020

 

Paróquia São Conrado



REDAÇÃO CENTRAL, 25 out. 19 / 06:00 am (ACI).- “Depois do parto, ó Virgem, permaneceste intacta: Mãe de Deus, intercedei por nós”, escreveu Santo Antônio de Sant’Anna Galvão em um papel que foi enrolado como pílula e ingerido por uma mulher que estava com complicações no parto e, logo após, deu à luz o bebê normalmente.

 

Este é o pequeno resumo de como começou a tradição das pílulas de São Frei Galvão – santo que é celebrado neste dia 25 de outubro –, e que ainda hoje são produzidas pelas Irmãs Concepcionistas e entregues a pessoas que têm fé na intercessão deste santo.

 

Mas esta não é a única história que demonstra como este santo foi cumulado por dons de Deus. A seguir, apresentamos outros dons que foram colocados a serviço da misericórdia divina, conforme assinala o site oficial do santo brasileiro:

 

 

1. Bilocação:

 

Conta-se que por volta de 1810, Manuel Portes, um capataz de temperamento instável que vinha de uma expedição de Cuiabá, castigou o caboclo Apolinário por indisciplina, às margens do rio Tietê, no distrito de Potunduva. Quando viu que o capataz estava distraído, o caboclo agiu por vingança, atacou-o pelas costas com um facão e fugiu.

 

Desesperado, sentindo que estava para morrer, Manuel Portes gritou: “Meu Deus, eu morro sem confissão! Senhor Santo Antônio, pedi por mim! Dai-me confessor! Vinde, Frei Galvão, assistir-me!”.

 

Alguém então notou que um frade se aproximava. Todos identificaram que era Frei Galvão, que se aproximou, abaixou-se, colocou a cabeça do moribundo em seu colo e falou-lhe em voz baixa, encostando-lhe depois o ouvido aos lábios. Após abençoar Manuel, levantou-se e foi embora.

 

Naquele instante, porém, de acordo com os relatos, Frei Galvão estava fazendo uma pregação em São Paulo. Ele teria interrompido suas palavras por um momento e pedido uma Ave Maria por um moribundo. Ao fim da oração, prosseguiu com sua pregação.

 

Outro caso relata que uma gestante em uma fazenda distante de São Paulo estava gravemente enferma e clamava por Frei Galvão. Seu marido foi ao Mosteiro da Luz, mas foi informado que o frade tinha viajado ao Rio de Janeiro.

 

Ao retornar para casa, encontrou sua esposa fora de perigo e profundamente grata a Frei Galvão por ter atendido sua confissão durante a noite e abençoado um copo de água, que ela bebeu e logo após ficou bem.

 

O homem, então, foi para o Rio de Janeiro para agradecer ao frade, onde foi informado pelo Guardião do Convento: “Frei Galvão não arredou pé daqui”. Interrogado a respeito, Frei Galvão respondeu: “Como se deu, não sei; mas a verdade é que naquela noite lá estive”.

 

 

2. Telepatia:

 

Certa vez, indicam os relatos históricos, Frei Galvão era conduzido em uma cadeira coberta, por uma cidade. Uma senhora viu a cadeirinha de sua janela de rótulas. Sucumbida pelas amarguras da vida, a mulher pensou: “Ah, se Frei Galvão se lembrasse de mim, se ao menos me desse sua bênção”.

 

No mesmo instante, o frade levantou as cortinas da cadeirinha, debruçou-se em direção àquela janela e abençoou a senhora.

 

Os que presenciaram o fato disseram que não tinha como o franciscano ver aquela mulher, pois estava sendo conduzido pelo lado oposto da rua.

 

 

3. Premonição:

 

Como de costume, geralmente Frei Galvão reunia grandes multidões em suas pregações, sendo preciso pregar ao ar livre, pois os templos não comportavam todos. Foi o que aconteceu certa vez em Guaratinguetá. Mas, quando deu início ao sermão, começou a se formar uma grande tempestade. A chuva desabou e, quando os fiéis viram que chegaria ao largo onde estavam, quiseram sair. O frade, porém, pediu que ficassem, pois nada sofreriam. De fato, a chuva não caiu sobre aquele local.

 

 

4. Clarividência:

 

De acordo com testemunhos, certa vez levaram uma menina à presença de Frei Galvão. Ao conversarem, ele perguntou à pequena sobre o que desejava ser. Ela respondeu que queria ser religiosa. O franciscano a abençoou e profeticamente lhe confirmou a vocação. Mais tarde, aos19 anos, a jovem ingressou em um convento.

 

 

5. Levitação:

 

Dentre os relatos que apontam o dom da levitação, um deles é o de uma senhora que, ao caminhar pela rua, observou que o frade estava se aproximando todo recolhido. Ao se cruzarem, ela exclamou: “Senhor Padre, vossemecê anda sem pisar no chão?”. Frei Galvão sorriu, saudou e seguiu adiante.

 

 

6. Telepercepção:

 

Era tradição antigamente que, quando os sinos badalavam fora dos horários de reza, era porque algo havia acontecido. Então, a comunidade se reunia. Foi o que aconteceu certo dia, quando os sinos do Mosteiro começaram a tocar. A população logo se agrupou, atendendo a convocação.

 

Já idoso, Frei Galvão anunciou: “Rebentou em Portugal uma revolução” (talvez a de 1820). Em seguida, relatou detalhes como se estivesse vendo tudo pessoalmente. Semanas mais tarde, chegaram notícias confirmando as visões do franciscano.

 

 

Fonte: acidigital.com


quarta-feira, outubro 21, 2020

SÃO JOÃO PAULO II E O COMUNISMO

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Todos os Papas severamente condenaram o comunismo, por ser uma ideologia materialista e ateia, destruidora da pessoa humana.

 

Foi um fato impressionante a queda retumbante do comunismo no Leste Europeu em 1989, sem derramamento de sangue. De fato isso não pode ser explicado sem considerarmos a ação de Deus e de Nossa Senhora através do Papa João Paulo II.

 

O mundo vivia a “guerra fria” entre a União Soviética e os países ocidentais. O medo imperava com a possibilidade real de uma guerra nuclear que pulverizaria o planeta. De repente, o bloco comunista se dissolve como um castelo de areia, da noite para o dia. Como explicar isso?

 

João Paulo II viveu e sofreu sob este terrível regime na Polônia; cabendo a ele, por vontade de Deus, ser o principal artífice de sua queda depois de ter por mais de 70 anos escravizado muitas nações da Europa e as ter confinado sob o chamado Muro de Berlim ou “Muro da Vergonha”. Milhões de pessoas foram vítimas deste terrível flagelo. “O livro negro do comunismo” (Stephan Courtois, Ed. Bertrand Roussel, 2005) fala em cem milhões de mortos na Rússia, China, Hungria, Tchecoslováquia, Iugoslávia, Romênia, Bulgária, Polônia, Cuba, Vietnam, Laos, Cambodja, etc. Milhões viveram sob este pesadelo.

 

Lamentavelmente ainda vivem sob este cativeiro a ilha de Cuba, a Coreia do Norte e a China. O jornalista Bernard Lecomte, especializado em assuntos da União Soviética e dos países do Leste Europeu, depois de investigar os arquivos do Leste europeu e de Paris, escreveu, em 1991, um livro sobre a história da queda do comunismo, mostrando ao mundo que foi fundamental a ação do Papa João Paulo II para que isto acontecesse.

 

Lecomte fez pesquisas em Paris, Moscou, Cracóvia, Praga e Gdansk (Danzig). Ele é repórter do “L’Express” e co-autor com Jacques Lesourne, de “O pós-comunismo desde o Atlântico até os montes Urais”. O livro foi publicado em francês no ano de 1991, com o título “La Veritè I’emportera sur le Mensonge” (A Verdade prevalecerá sobre a Mentira) e editado em português, em 1993, com o titulo “O Papa que venceu o Comunismo” (Editora ASA, 358 pp).

 

O jornalista americano Carl Bernstein e o italiano Marco Politi escreveram também uma obra semelhante, muito bem documentada, chamada “Sua Santidade: o Papa João Paulo II e a história oculta de nosso tempo” (Editora Objetiva Ltda, Rio de Janeiro). Bernstein ficou famoso com a investigação do escândalo “Watergate” que derrubou o presidente Richard Nixon em 1974.

 

O início do fim

 

A queda do comunismo começou, entre outros fatos, com a eleição surpreendente do então cardeal polonês Karol Wojtyka, em 1978, que obteve 97 dos 111 votos do Colégio de cardeais. Sem dúvida esta eleição foi surpreendente para o mundo, não só por escolher um Papa não italiano – o que não acontecia desde Adriano VI (1522-1523) – mas principalmente por ser um Papa que vinha de um país comunista, detrás da “Cortina de Ferro”. Jerzy Turowicz disse na época que “Moscou viu de imediato um inimigo em João Paulo II”. “Os russos teriam preferido ver Soljenitsin tornar-se Secretário Geral da ONU a ver um polaco tornar-se Papa”, disse o jornalista Alberto Roncai em “La Stampa” de 17/10/78. “Trata-se de um terremoto psicológico para todo o Leste”, disse o Cardeal Franz konig, Arcebispo de Viena ( cf. p.9).

 

Desde o início do seu pontificado, João Paulo II tinha como objetivo conquistar a liberdade civil e religiosa para as nações dominadas pelo comunismo ateu, sob o qual ele tanto sofreu. Mas o Papa desejava uma mudança sem violência e sem sangue, levando os regimes totalitários a se abrirem lentamente à verdade e à liberdade. E, graças a Deus, foi o que aconteceu.

 

A Europa dividida criminosamente pelo Muro de Berlim, sempre foi para João Paulo II uma ferida insuportável, um rasgão que precisava ser costurado. Assim, em Gniezno (1979), em Paris (1980), em Compostela (1982), em Viena (1983), o Papa denunciou a divisão da Europa e condenou o muro de Berlim (p.197).

 

As visitas de João Paulo II à Polônia

 

Em sua primeira visita à Polônia, em 1979, ele percebeu claramente que tinha o apoio do povo polonês. Em 13 de junho de 1987, o então líder polonês, general Wojciech Jaruzelski, foi recebido pelo Papa no Vaticano, e nesse mesmo ano João Paulo II voltou, pela terceira vez, à sua terra.

 

Em Gdansk, 750.000 pessoas lhe aclamaram. Ali lhes confiou que todos os dias rezava por sua pátria e por seus compatriotas e cumprimentou o Solidariedade, no meio da alegria e euforia coletiva.

 

Segundo os observadores políticos, a visita de Jaruzelski ao Vaticano e o ato de Gdansk marcaram o começo da derrota do comunismo, primeiro na Polônia e depois em outros países.

 

O golpe definitivo viria em janeiro de 1989, quando Solidariedade foi legalizado definitivamente e, em agosto desse mesmo ano, quando o católico Tadeusz Mazowiecki, que foi assessor do sindicato, chegou ao poder, derrotando os comunistas. A Polônia foi a primeira ficha do “efeito dominó”. Sua queda arrastou a Hungria, que abriu suas fronteiras e seus cidadãos fugiram para a Áustria; depois a Alemanha Oriental, cujos cidadãos também fugiram propiciando em 9 de novembro de 1989 a queda do Muro de Berlim.


terça-feira, outubro 20, 2020

XXIX DOMINGO DO TEMPO COMUM

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Confrontado com a questão, Jesus convidou os seus interlocutores a mostrar a moeda do imposto e a reconhecerem a imagem gravada na moeda (a imagem de César). Depois, Jesus concluiu: "dai a César o que é de César e a Deus o que é de Deus" (vers. 21). O que é que esta afirmação significa? Significa uma espécie de repartição equitativa das obrigações do homem entre o poder político e o poder religioso?

Provavelmente, Jesus quis sugerir que o homem não pode nem deve alhear-se das suas obrigações para com a comunidade em que está integrado. Em qualquer circunstância, ele deve ser um cidadão exemplar e contribuir para o bem comum. A isso, chama-se "dar a César o que é de César".

No entanto, o que é mais importante é que o homem reconheça a Deus como o seu único senhor. As moedas romanas têm a imagem de César: que sejam dadas a César. O homem, no entanto, não tem inscrita em si próprio a imagem de César, mas sim a imagem de Deus (cf. Gn 1,26-27: "Deus disse: 'façamos o homem à nossa imagem, à nossa semelhança'... Deus criou o ser humano à sua imagem, criou-o à imagem de Deus"): portanto, o homem pertence somente a Deus, deve entregar-se a Deus e reconhecê-Lo como o seu único senhor.

Jesus vai muito além da questão que Lhe puseram... Recusa-Se a entrar num debate de carácter político e coloca a questão a um nível mais profundo e mais exigente. Na abordagem de Jesus, a questão deixa de ser uma simples discussão acerca do pagamento ou do não pagamento de um imposto, para se tornar um apelo a que o homem reconheça Deus como o seu senhor e realize a sua vocação essencial de entrega a Deus (ele foi criado por Deus, pertence a Deus e transporta consigo a imagem do seu senhor e seu criador). Jesus não está preocupado, sequer, em afirmar que o homem deve repartir equitativamente as suas obrigações entre o poder político e o poder religioso; mas está, sobretudo, preocupado em deixar claro que o homem só pertence a Deus e deve entregar toda a sua existência nas mãos de Deus. Tudo o resto deve ser relativizado, inclusive a submissão ao poder político.

 

 

A questão essencial que o nosso texto aborda é esta: o homem pertence a Deus e deve considerar Deus o seu único senhor e a sua referência fundamental.    É preciso voltarmos a Deus e redescobrirmos a sua centralidade na nossa existência.   O homem e a mulher foram criados à imagem de Deus. Eles não são, portanto, objetos que podem ser usados, explorados e alienados, mas seres revestidos de uma suprema dignidade, de uma dignidade divina.














segunda-feira, outubro 19, 2020

PRIMEIRA EUCARISTIA

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A comunhão é o momento de estarmos com o Senhor

 

A Comunhão é o momento de “oferecer o nosso coração”, para nele o Senhor repousar. É a hora privilegiada de ir a Ele que nos chama: “Vinde a mim vós todos que estais aflitos e cansados, e Eu vos aliviarei” (Mt 11,28). É a hora de “estar com o Senhor”, sem pressa. É o momento de “abraçá-Lo”, adorá-Lo; beijar-Lhe as mãos e os pés, de satisfazer o Seu amor por nós, de desagravar-Lhe o coração tão ofendido pelos sacrilégios, ofensas e indiferenças que recebe.

 

É a hora irresistível de invocar a Sua misericórdia infinita para perdoar os nossos pecados, para salvar a todos os agonizantes e pecadores, e sufragar com o Seu Sangue as almas do purgatório. Procure lembrar-se dos nomes de seus entes queridos falecidos e peça a Jesus pelo sufrágio de suas almas. É a hora de pedir-Lhe pelas necessidades da Igreja, do Papa, do nosso Bispo, do Clero, das vocações sacerdotais e religiosas, da sua família, dos seus filhos, dos parentes, dos amigos e de todos que se recomendaram às suas orações. Procure lembrar-se de todos os seus

problemas pessoais, familiares, profissionais, e peça ao Senhor a solução de todos eles.

 

É o momento privilegiado do Senhor curar a nossa alma, de fazer morrer em nós as raízes das ervas daninhas, os vícios capitais (soberba, ganância, luxúria, gula, ira, inveja, preguiça). Mostre a Jesus seus pecados mais difíceis de serem vencidos. Invoque Seu precioso Sangue para o libertar de todos os males do corpo e da alma. Peça ao Senhor

que lhe conceda as graças e bênçãos necessárias para a sua conversão e salvação, bem como de sua família.

 

É a hora de apresentar ao Divino médico as feridas da nossa alma, nossas angústias, tristezas, mágoas. Enfim, é a “hora da graça”. Não deixe passar em vão essa hora tão preciosa. Infelizmente, a deixamos passar, pois temos pressa para as coisas do mundo. O nosso amor ao mundo ainda é maior do que o nosso amor ao Senhor. Mas Ele é paciente, e continuará “sofrendo de amor” por nós e a nos esperar.

 

 

Alma de Cristo

 

Alma de Cristo, santificai-me.

Corpo de Cristo, salvai-me.

Sangue de Cristo, inebriai-me.

Água do lado de Cristo, lavai-me

Paixão de Cristo, confortai-me.

Ó bom Jesus, ouvi-me.

Dentro das Vossas chagas, escondei-me.

Não permitais que eu me separe de Vós.

Do inimigo maligno defendei-me.

Na hora da minha morte, chamai-me.

Mandai-me ir para Vós,

Para que Vos louve com os Vossos Santos

Pelos séculos dos séculos. Ámen.