(1897 – 1978) foi o Sumo Pontífice da Igreja
Católica Apostólica Romana e Soberano da Cidade do Vaticano de 21
de junho de 1963 até a sua morte. Sucedeu o Papa João XXIII,
que convocou o Concílio Vaticano II, e decidiu continuar os trabalhos do
predecessor. Promoveu melhoras nas relações ecumênicas com os Ortodoxos, Anglicanos e
Protestantes, o que resultou em diversos encontros e acordos históricos.
Montini serviu no Departamento de Estado do Vaticano
de 1922
a 1954. Enquanto
esteve no Departamento de Estado, Montini e Domenico Tardini foram considerados
os colaboradores mais próximos e influentes do Papa Pio XII, que o nomeou,
em 1954, arcebispo da Arquidiocese de Milão, um cargo que fez dele
automaticamente Secretário da Conferência de Bispos Italianos. João XXIII
elevou-o ao Colégio de Cardeais em 1958, e após a morte de João XXIII,
Montini foi considerado um dos mais prováveis sucessores.
Escolheu o nome Paulo, para indicar que tinha uma
missão mundial renovada de propagar a mensagem de Cristo. Ele reabriu o
Concílio Vaticano II, que fora automaticamente fechado com a morte de João
XXIII e lhe atribuiu prioridade e direção. Após ser concluído o trabalho no
Concílio, Paulo VI tomou conta da interpretação e implementação de seus
mandatos, frequentemente andando sobre uma linha entre as expectativas
conflitantes de vários grupos da Igreja Católica. A magnitude e a profundidade
das reformas, que afetaram todas as áreas da vida da Igreja durante o seu
pontificado, excederam políticas reformistas semelhantes de seus predecessores
e sucessores.
Paulo VI foi um devoto mariano, discursando repetidamente a congressistas marianos e em reuniões mariológicas, visitando santuários marianos e publicando três encíclicas marianas.
Paulo VI procurou diálogo com o mundo, com outros cristãos, religiosos e irreligiosos, sem excluir ninguém. Viu-se como um humilde servo de uma humanidade sofredora e exigiu mudanças significativas dos ricos na América e Europa em favor dos pobres do Terceiro Mundo.
O seu ensinamento, na linha da tradição da Igreja,
contrário à regulação da natalidade por métodos artificiais (ver Humanae
Vitae) e a outras questões foram controversas na Europa Ocidental e
na América do Norte; no entanto, o Pontífice foi elogiado em grande parte
das Europas Oriental e Meridional, além da América Latina.
Seu pontificado decorreu durante, certas vezes, mudanças revolucionárias no
mundo, revoltas estudantis, a Guerra do Vietnã e outros transtornos.
Paulo VI procurava entender todos os assuntos, mas ao mesmo tempo, defender o
princípio do fidei depositum, uma vez que que lhe foi confiado. Paulo VI
faleceu em 6 de agosto de 1978, na Festa da Transfiguração.
O processo diocesano para a beatificação de Paulo VI iniciou em 11
de maio de 1993.
O papa Bento XVI autorizou, no dia 20 de
dezembro de 2012, a Congregação das Causas dos Santos a promulgar os Decretos
concernentes a numerosos novos Santos, entre os quais, Antônio Primaldo e
companheiros, mais de 800, assassinados por ódio à fé durante o assédio turco
de Otranto – sul da Itália – em 1480; concernentes também a 40 novos Beatos,
entre os quais muitos mártires durante a guerra civil espanhola;
e também concernentes a 10 novos Veneráveis, entre os quais o Papa Paulo VI, de quem foram reconhecidas as virtudes heroicas.
O papa Paulo VI ficou à frente da Igreja Católica por 15 anos, entre os anos de 1963 e 1978.
Um decreto assinado pelo Sumo Sacerdote tornou Paulo
VI “venerável”, primeiro dos três passos que levam à canonização.
Giovanni Battista Enrico Antônio Maria Montini, nome
de batismo de Paulo VI, nasceu em 1897, na cidade de Concésio, na Itália. Ele
foi responsável por dar continuidade ao Concílio do Vaticano II, após o
falecimento do papa João XXIII.
Paulo VI é lembrado pelas viagens que fez ao redor do
mundo — visitou Jerusalém, Índia, Colômbia, Uganda, entre outros países — e por
sua busca por um diálogo sem precedentes com outras nações e religiões.
“Paulo VI teve um papel muito importante para a
Igreja. Foi um dos primeiros a viajar para fora da Itália e entendeu a
necessidade de mudanças para que a Igreja voltasse a atrair os mais pobres e
necessitados”, atesta dom Leonardo Ulrich Steiner, bispo auxiliar da
arquidiocese de Brasília (DF).
MILAGRE
A principal causa defendida para a beatificação é a
cura de um feto diagnosticado com problemas cerebrais irreversíveis na
Califórnia, Estados Unidos. Aconselhada a abortar, a mãe escolheu manter a
gravidez e rezar para Paulo VI. Saudável, o menino completou 16 anos.
A beatificação inclui Paulo VI em uma longa lista
papas que tiveram um ato reconhecido pelo Vaticano como milagre. A canonização,
ou cerimônia que torna um venerável santo, é atribuída após o reconhecimento de
ao menos dois milagres. Em maio de 2011, o papa João Paulo II foi beatificado
em tempo recorde numa cerimônia que reuniu cerca de 1 milhão de pessoas na
Praça São Pedro. Junto com João XXII e Pio IX, ele faz parte do grupo de três
papas beatificados desde os anos 2000.
FONTES WIKIPEDIA.ORG / CNBB