A libertação do passado continuava a se efetivar no
presente, por meio do ministério de Jesus. Sua condição de “Cordeiro” era claro
indício de que a salvação comportaria sacrifício e morte. Se quisessem
tornar-se discípulos seus, André e João deveriam considerar, desde já, este
aspecto do discipulado.
BENÇÃO DA ÁGUA COM SAL - PADRE MARCOS BELIZÁRIO FERREIRA |
PARA OS RETOS DE CORAÇÃO SURGIU NAS TREVAS UMA LUZ: O
SENHOR CHEIO DE COMPAIXÃO, JUSTO E MISERICORDIOSO (SL 111,4).
Evangelho (Jo 1,35-42)
Dia 04/01/2013
Dia 04/01/2013
No dia seguinte, estava lá João outra vez com
dois dos seus discípulos. E, avistando Jesus que ia passando, disse: Eis o
Cordeiro de Deus. Os dois discípulos ouviram-no falar e seguiram Jesus.
Voltando-se Jesus e vendo que o seguiam, perguntou-lhes: Que procurais?
Disseram-lhe: Rabi (que quer dizer Mestre), onde moras? Vinde e vede,
respondeu-lhes ele. Foram aonde ele morava e ficaram com ele aquele dia.
Era cerca da hora décima. André, irmão de Simão
Pedro, era um dos dois que tinham ouvido João e que o tinham seguido. Foi ele então logo à procura de seu irmão e disse-lhe: Achamos o Messias (que quer dizer o Cristo). Levou-o a Jesus, e Jesus, fixando nele o olhar, disse: Tu és Simão, filho de João; serás chamado Cefas (que quer dizer pedra).
Comentário: Fray Josep Mª MASSANA i
Mola OFM (Barcelona, Espanha)
Hoje, o Evangelho nos lembra as circunstâncias da vocação dos primeiros discípulos de Jesus. Para preparar-se ante a vinda do Messias, João e seu companheiro André haviam escutado e seguido durante um tempo a João Batista.
Um bom dia, este aponta a Jesus com o dedo, chamando-o Cordeiro de Deus. Imediatamente, João e André o entendem: o Messias esperado é Ele! e, deixando a João Batista, começam a seguir a Jesus.
Jesus ouve os passos atrás Dele. Volta-se e fixa a olhada nos que o seguiam. As miradas se cruzam entre Jesus e aqueles homens simples.
Eles ficaram extasiados. Esta olhada comove seus corações e sentem o desejo de estar com Ele: "Voltando-se Jesus e vendo que o seguiam, perguntou-lhes: Que procurais? Disseram-lhe: Rabi (que quer dizer Mestre), onde moras" (Jo 1,38), lhe perguntam. "Vinde e vede", respondeu-lhes ele.
Foram aonde ele morava e ficaram com ele aquele dia. Era cerca da hora décima" (Jo 1,39), lhes responde Jesus. Os convida a ir com Ele e a ver, contemplar.
Vão e, o contemplam escutando-o. E convivem com Ele aquele anoitecer, aquela noite. É a hora da intimidade e das confidencias. A hora do amor compartilhado. Ficam com Ele até o dia seguinte, quando o sol se levanta por cima do mundo.
Acesos com a chama daquele "Graças à ternura e
misericórdia de nosso Deus, que nos vai trazer do alto a visita do Sol
nascente, que há de iluminar os que jazem nas trevas e na sombra da morte e dirigir
os nossos passos no caminho da paz." (cf. Lc 1,78-79).
Excitados, sentem a necessidade de comunicar o
que contemplaram e viveram aos primeiros que encontram ao seu passo: "Foi ele
então logo à procura de seu irmão e disse-lhe: Achamos o Messias (que quer
dizer o Cristo)" (Jo 1,41). Os santos também o têm feito assim. São Francisco,
ferido de amor, ia pelas ruas e praças, pelas vilas e bosques gritando: "O Amor
não está sendo amado".
EXORCISMO DE SÃO MIGUEL |