sexta-feira, setembro 12, 2014

A LITURGIA CELEBRA HOJE, 12 DE SETEMBRO, O NOME SANTÍSSIMO DA VIRGEM MARIA


"Feliz, feliz aquele que Vos ama, ó Maria, Mãe dulcíssima" - exclamava o redentorista Santo Afonso de Ligório.
São João Berchmans, da Companhia de Jesus, sempre dizia: "Se amo a Maria, estou certo da minha perseverança e de Deus obtenho tudo o que quiser". Maria também é minha Mãe e eu quero amá-la sempre. Ave Maria! 
A Liturgia celebra hoje, 12 de setembro, o Nome Santíssimo da Virgem Maria. Como era costume entre os judeus, oito dias após a Santíssima Virgem nascer, seus pais deram-lhe, inspirados por Deus, o nome de Maria (Miryam em hebraico).

O objetivo dessa festa é que os fiéis possam se recomendar a Deus, de modo especial, por intercessão de Sua Santíssima Mãe, as necessidades da Igreja e as próprias necessidades, e agradecer a Deus pelas graças recebidas por intermédio de Sua Mãe.

Esta festa foi concedida na Espanha em 1513 e espalhou-se por todo o país. Era inicialmente comemorada em 15 de setembro, entretanto em 1587, o Papa Sisto V mudou o dia da celebração para 17 de setembro. O Papa Gregório XV estendeu a festa para a Arquidiocese de Toledo em 1622. Em 1666 os Carmelitas Descalços receberam a permissão para recitar o Ofício do Nome de Maria quatro vezes por ano (dúplice). Posteriormente, em 1671, a festa foi estendida para toda a Espanha.

Em 1683 o Papa Inocêncio XI a estendeu para toda a Igreja do Ocidente como um ato de ação de graças pelo levantamento do cerco de Viena e a derrota dos turcos por João Sobieski, rei da Polônia. Na época ela foi estabelecida para o domingo dentro da oitava da Natividade de Nossa Senhora, atualmente se celebra na data do triunfo de Sobieski.

São Lucas registra: “O nome da Virgem era Maria”. O anjo enviado por Deus diz a ela: “não temas, Maria, pois achaste graça diante de Deus”. Segundo os mariólogos o nome Miryam pode ter origens diversas: “Uns derivam o nome da raiz mery, da língua egípcia e significa mui amada. Outros dizem que provém do siríaco e quer dizer senhora, opinião de pouca solidez.
 A sentença mais freqüente é a que o deriva do hebraico. Dentro desta língua cabem muitas interpretações. Assim se enumeram as seguintes: “Mar amargo e rebelião; Gota do mar; Senhor de minha linhagem; Estrela do Mar; Esperança; Excelsa ou sublime; Pingue, Robusta; Amargura e Mirra”. O Cônego José Vidigal, citando Fraine,  diz que “apesar de sessenta tentativas que já foram feitas a etimologia científica do nome de Maria continua incerta”.

MAIS IMPORTANTE DO QUE O SIGNIFICADO EXATO DESSE NOME, É QUE É UM NOME PODEROSO, POR SER O DA MÃE DE DEUS; E QUE DEVE SER INVOCADO SEMPRE. 

O Padre Antônio Vieira diz: “Só vos digo que invoqueis o nome de Maria quando tiverdes necessidade dele; quando vos sobrevier algum desgosto, alguma pena, alguma tristeza; quando vos molestarem os achaques do corpo, ou vos não molestarem os da alma; quando vos faltar o necessário para a vida ou desejardes o supérfluo para a vaidade; quando os pais, os filhos, os irmãos, os parentes se esquecerem das obrigações do sangue; quando vo-lo desejarem beber a vingança, o ódio, a emulação, a inveja; quando os inimigos vos perseguirem, os amigos vos desampararem, e donde semeastes benefícios, colherdes ingratidões e agravos; 
quando os maiores vos faltarem com a justiça, os menores com o respeito, e todos com a proximidade; quando vos inchar o mundo, vos lisonjear a carne, e vos tentar o demônio, que será sempre e em tudo; quando vos virdes em alguma dúvida ou perplexidade, em que vós não saibais resolver nem tomar conselho; quando vos não desenganar a morte alheia, e vos enganar a própria, sem vos lembrar a conta de quanto e como tendes vivido e ainda esperais viver; quando amanhecer o dia, sem saberdes se haveis de anoitecer, e quando vos recolherdes à noite, sem saber se haveis de chegar à manhã; finalmente, em todos os trabalhos, em todas as aflições, em todos os perigos, em todos os temores, e em todos os desejos e pretensões, porque nenhum de nós conhece o que lhe convém; em todos os sucessos prósperos ou adversos, e muito mais nos prósperos, que são os mais falsos e inconstantes; e em todos os casos e acidentes súbitos da vida, da honra, da fazenda, e, principalmente, nos da consciência, que em todos anda arriscada, e com ela a salvação. E como em todas estas coisas, em cada uma delas necessitamos de luz, alento e remédio mais que humano, se em todas e cada uma recorrermos à proteção e amparo da mãe das misericórdias, não há dúvida que, obrigados da mesma necessidade, não haverá dia, nem hora, nem momento em que não invoquemos o nome de Maria”. (apud Con. Vidigal)

São Bernardo, Doutor da Igreja dizia e rezava assim: “Seguindo-a não te desviarás”
“Maria é essa Estrela esplêndida que se eleva sobre a imensidão do mar,  brilhando pelos próprios méritos, iluminando por seus exemplos. 

Ó tu,  que te sentes,  longe da terra firme,  levado pelas ondas deste mundo,  no meio dos temporais e das tempestades,  não desvies o olhar da luz deste Astro,  se não quiserdes perecer. Se o vento das tentações se elevar,  se o recife das provações se erguer na tua estrada,  olha para a Estrela,  chama por Maria. Se fores sacudido pelas vagas do orgulho,  da ambição,  da maledicência,  do ciúme,  olha para a Estrela,  chama por Maria. Nos perigos,  nas angústias,  nas dúvidas,  pensa em Maria,  invoca Maria. Que seu nome nunca se afaste de teus lábios,  que não se afaste de teu coração; e,  para obter o auxílio da sua oração,  não te descuides do seu exemplo de vida. Seguindo-a,  terás a certeza de não te desviares; suplicando-lhe,  de não desesperar; consultando-a,  de não te enganares. Se ela te segurar,  não cairás; se te proteger,  nada terás de temer; se te conduzir,  não sentirás cansaço; se te for favorável,  atingirás o objetivo.”

Prof. Felipe Aquino / Cleofas / Arautos

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