"Não é difícil compreendera resistência ao perdão. Como não intuir a
raiva, a impotência, e a dor de quem foi vítima da violência, do desprezo ou da
traição?
Mas precisamente o ressentimento
e a agressividade que se notam por detrás dessas linhas fazem ver com mais
clareza o que seria de um mundo em que se suprimisse o perdão.
Há um mecanismo de defesa bem conhecido: quem foi vítima de uma agressão
tende, por sua vez, imitar de alguma maneira seu agressor.
Trata-se de uma reação quase instintiva que se desencadeia no inconsciente individual ou coletivo e pode inclusive transmitir-se de geração em geração.
Se em algum momento se dá uma reação de sinal contrário, o mal tende a perpetuar-se. Quando a vítima não quer ou não pode perdoar, subsiste nela uma “ferida mal curada que lhe causa dano, pois a encadeia negativamente ao passado.
Se em algum momento se dá uma reação de sinal contrário, o mal tende a perpetuar-se. Quando a vítima não quer ou não pode perdoar, subsiste nela uma “ferida mal curada que lhe causa dano, pois a encadeia negativamente ao passado.
Da mesma maneira, o ressentimento alojado numa sociedade torna mais difícil a lucidez para buscar caminhos de convivência, e pode bloquear todo esforço para encontrar solução para conflitos.
O desejo de revanche é, sem dúvida, a resposta mais instintiva diante da
ofensa. A
pessoa precisa defender-se da ferida recebida, é um equívoco quem pretende
curar a ferida infligindo sofrimento ao agressor. O sofrimento não possui um poder mágico para curar da humilhação ou da
agressão sofridas.
Pode ocasionar uma breve satisfação, mas a pessoa necessita
de algo mais para voltar a viver de forma sadia: “QUERES SER FELIZ UM MOMENTO? VINGA-TE.
QUERES SER FELIZ SEMPRE? PERDOA.”
Não é fácil entender o apelo de Jesus ao perdão, nem tirar todas as
implicações de aceitar que uma
pessoa é mais humana quando perdoa do quando se vinga.
Não há dúvida de que devemos entender bem o pensamento de Jesus. Perdoar não significa ignorar as injustiças cometidas, nem aceitá-las de maneira passiva ou indiferente. Ao contrário, se alguém perdoa é precisamente para destruir, de alguma forma, a espiral do mal, e para ajudar o outro a reabilitar-se e agir de maneira diferente no futuro.
Não há dúvida de que devemos entender bem o pensamento de Jesus. Perdoar não significa ignorar as injustiças cometidas, nem aceitá-las de maneira passiva ou indiferente. Ao contrário, se alguém perdoa é precisamente para destruir, de alguma forma, a espiral do mal, e para ajudar o outro a reabilitar-se e agir de maneira diferente no futuro.
Na dinâmica do perdão há um esforço para superar o mal com o bem. O
perdão é um gesto que muda qualitativamente as relações entre as pessoas e
tenta colocar a convivência futura de maneira nova.
POR ISSO O PERDÃO NÃO DEVE SER APENAS UMA EXIGÊNCIA INDIVIDUAL , MAS
DEVERIA TER UMA TRADUÇÃO SOCIAL.
A recusa do perdão é um grito que, como crentes, não podemos subscrever,
porque, em última análise, é uma recusa da fraternidade querida por Aquele que
perdoou a todos nós.
O perdão é um
dom, uma graça que procede do amor e da misericórdia de Deus. Para Jesus, o
perdão não tem limites, sempre e quando o arrependimento seja sincero e veraz".
"SENHOR, QUANTAS
VEZES DEVO PERDOAR, SE MEU IRMÃO PECAR CONTRA MIM?" Mateus 18:21
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