A origem do
culto de São Cosme e São Damião localiza-se em Ciro, cidade da Síria do Norte.
Teodoreto, que foi bispo daquela cidade, no século V, fala de São Cosme e da
basílica dos dois santos irmãos.
Cosme
e Damião eram irmãos, descendentes de nobre família da Arábia. A mãe, teodata,
deu aos filhos uma educação muito boa, e fez com que os belos talentos se lhes
pudessem desenvolver sob a direção de sábios mestres. Fazendo os estudos na
Síria, especializaram-se em medicina.
Relicários
de São Cosme e Damião: Na Igreja de São Miguel, em Munique, Alemanha |
Pelo preparo
científico e não menos pela pureza de costumes, mereceram a estima e admiração
de todos, até dos próprios pagãos. Aproveitando-se desta última circunstância,
de preferência procuraram exercer a profissão de médico entre as famílias
pagãs, para deste modo terem ocasião de ganhá-las para o Catolicismo. Deus
abençoou-os de tal maneira, que não parecia haver doença que resistisse à sua
medicação. Era visível esta proteção sobrenatural.
A admiração dos pagãos, crescia ainda mais vendo que os médicos cristãos não
aceitavam a mínima gratificação. Eram outras riquezas que os atraíam. A
conversão das almas, que viviam nas trevas do paganismo, era objetivo principal
de toda sua atividade. Realmente conseguiram deitar a semente da doutrina
cristã em muitos corações, e numerosas foram as conversões de pagãos ao
cristianismo.
Relicário pertencente a um Monastério em Kosovo |
Assim viveram
alguns anos, como médicos missionários em Egra, na Cilícia. Essa atividade
havia de chamar a atenção das autoridades, como de fato chamou. Tendo recebido
ordens do governo imperial de Dioclesiano com referência à religião cristã e
seus adeptos, uma das primeiras medidas corcitivas do governador Lísias, quando
apareceu em Egra, foi ordenar a prisão dos dois médicos, que lhe foram
indicados como inimigos acérrimos das divindades pagãs.
Citados perante
o tribunal de Lísias, este os interpelou sobre sua pátria e profissão. Deram as
informações exigidas, declarando que eram naturais da Arábia, e exerciam
gratuitamente a ciência médica. Protestaram contra a denúncia de se entregarem
às práticas da feitiçaria.
- Curamos
doenças - disseram ao governador - mais em nome de Jesus Cristo, do que pelo
valor da nossa ciência.
Lísias bradou: - É preciso que
adoreis aos deuses, sob pena de cruel tortura!
-Teus deuses
nenhum poder têm; adoramos o Criador do céu e da terra.
Basílica de Cosme e Damião no Forum de Roma |
Para fazê-los
mudar de convicção, Lísias mandou aplicar-lhes tormentos bárbaros. Vendo,
porém, que eram inúteis esses processos, deu ordem para que fossem decapitados.
Cosme e Damião morreram mártires em 303. Os corpos foram transportados para
Cira, na Síria, e depositados numa igreja que lhes recebeu o nome. O mesmo
imperador, Justiniano I, vendo_se favorecido em grave doença, construiu em
Constantinopla uma igreja em honra destes padroeiros.
Interior da Basílica de S.Cosme e Damião em Roma |
Parte das relíquias
chegaram no século VI a Roma e a Munique (Baviera), onde repousam no altar mor
da igreja de São Miguel. Deus glorificou com muitos milagres o nome de seus
dois servos.
Os Santos Cosme
e Damião são venerados como padroeiros dos médicos, dos farmacêuticos e da
Faculdade de Medicina.
Os nomes de são
Cosme e são Damião, entretanto, são pronunciados infinitas vezes, todos os
dias, no mundo inteiro, porque, a partir do século VI, eles foram
incluídos no cânone da missa, fechando o elenco dos mártires citados.
No dia da festa de São Cosme e Damião, é costume distribuir balas e doces para as crianças, no Brasil,
principalmente os devotos que alcançaram alguma graça e fizeram a promessa de
realizar esse ato.
São Gregório de Tours assim se refere aos dois (In gloria mart., XCVIII):
"Dois gêmeos, Cosme e Damião, médicos, tornaram-se cristãos, e pelo mérito
das virtudes e intervenção das orações, expulsavam as enfermidades dos doentes.
Depois de diversos suplícios, reuniram-se no céu e fazem milagres pelos
compatriotas. Se um doente for à tumba dos dois santos e orar com fé,
imediatamente obterá remédio para os males que o afligem. Diz-se que eles
apareciam em sonho aos enfermos e que lhes indicavam o que fazer. Uma vez
despertos e executadas as ordens, curavam-se prontamente".
Procópio assevera-nos que Justiniano, no século VI, construira em Ciro um grande templo, que dedicou aos dois santos. Teodósio, o peregrino, em 530, observa que, in Quiro São Cosme e São Damião foram supliciados.
O resumo do martirológio diz:
Em Egéia, a morte dos santos mártires Cosme e Damião, irmãos: durante a perseguição de Diocleciano, depois de terem sido carregados de ferros e encarcerados numa estreita prisão, foram atirados ao mar, depois do fogo, em seguida pregados na cruz, lapidados e trespassados de flechas, Tendo a tudo suplantando, foram, afinal, decapitados. Contam que com os dois também sofreram e morreram seus três irmãos, Ântimo, Leôncio e Euprébio.
Procópio assevera-nos que Justiniano, no século VI, construira em Ciro um grande templo, que dedicou aos dois santos. Teodósio, o peregrino, em 530, observa que, in Quiro São Cosme e São Damião foram supliciados.
O resumo do martirológio diz:
Em Egéia, a morte dos santos mártires Cosme e Damião, irmãos: durante a perseguição de Diocleciano, depois de terem sido carregados de ferros e encarcerados numa estreita prisão, foram atirados ao mar, depois do fogo, em seguida pregados na cruz, lapidados e trespassados de flechas, Tendo a tudo suplantando, foram, afinal, decapitados. Contam que com os dois também sofreram e morreram seus três irmãos, Ântimo, Leôncio e Euprébio.
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