domingo, maio 10, 2015

PRIMEIRA EUCARISTIA 2015


 A Eucaristia é: memorial da Páscoa do Senhor Jesus. Quando nós a celebramos, torna-se presente no nosso hoje, na nossa vida, na nossa situação, tudo quanto Jesus fez por nós, que alcança seu cume na sua morte e ressurreição. Deste modo, a Páscoa do Senhor está sempre presente e atuante na nossa vida e, através de Jesus e com Jesus, podemos dizer ao Pai como os judeus dizem: “é nosso dever agradecer, honrar e louvar, glorificar, celebrar, enaltecer, consagrar, exaltar e adorar a ti, Adonai, Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo!”
 Então, assim sendo, não é uma idéia muito exata afirmar que a missa é a repetição ou a renovação do sacrifício de Cristo. Não se repete, porque Ele foi oferecido uma vez por todas; não se renova, porque não ficou caduco, envelhecido. Em cada missa torna-se presente, atuante, o único sacrifício pascal do Senhor, memorial de sua encarnação, de sua vida humana, de sua paixão, morte e ressurreição, de sua ascensão ao Pai e do dom do Espírito que Ele nos fez!
 Outra denominação para a Missa é “Santo Sacrifício”. Isto porque, como já dissemos, ela torna presente, “presentifica”, o único e irrepetível sacrifício do Cristo salvador; sacrifício que o Senhor Jesus deu à sua Igreja para que ela o ofereça até que Ele venha em sua Glória. Por isso mesmo, é chamado de sacrifício de louvor, sacrifício espiritual (porque oferecido na força do Espírito Santo), sacrifício puro e santo (porque sacrifício do próprio Cristo Jesus). 
 Este santo sacrifício da Missa leva à plenitude todos os sacrifícios de todas as religiões e, particularmente, aqueles do Antigo Testamento. Podemos até recordar as palavras da profecia de Malaquias, na qual Deus prometia a Israel um sacrifício perfeito ao seu nome: “Sim, do levantar do sol ao seu poente o meu nome será grande entre as nações, e em todo lugar será oferecido ao meu nome um sacrifício de incenso e uma oferenda pura” (1,11). Cristo, com seu sacrifício único e irrepetível, que entregou à sua Igreja para celebrá-lo até que Ele venha, ofereceu este sacrifício, cumprindo a profecia.
Ainda um outro nome para a Missa: “Santa e Divina Liturgia”. São os católicos orientais que gostam mais de denominar assim a Eucaristia. Chamam-na “liturgia” porque toda a liturgia da Igreja (todas as suas celebrações), encontra seu centro, sua fonte, seu cume e sua mais densa expressão na celebração da Eucaristia. É no mesmo sentido que chamamos a Missa de “Santos Mistérios”. “Mistérios”, falando teologicamente, são os sacramentos, são os gestos e palavras pelas quais a salvação chega até nós. Ora, o Mistério da Eucaristia é o canal privilegiado pelo qual entramos em contato com a graça advinda da Páscoa do Cristo Jesus!
“Comunhão” – eis aqui outro nome dado à Eucaristia. Nome belíssimo! É chamada assim porque nela nos unimos a Cristo, que nos faz cada vez mais membros do seu Corpo e, assim, membros uns dos outros – pois o Corpo de Cristo é a Igreja, que somos nós. Comungando no Corpo do Senhor, entramos em comunhão com Cristo e, em Cristo, pleno do Santo Espírito, entramos em comunhão uns com os outros.
Finalmente, o termo mais popular entre nós: “Missa”. Esta palavra foi adotada na Idade Média e vem do latim “missio” (= missão, envio). Recorda a despedida da Celebração eucarística: “Ite, missa es!t” É este “ide!” que exprime a missão (= a missio) de quem participa da Eucaristia. 

Celebrar a Páscoa do Senhor exige do cristão a missão de testemunhar e anunciar o Cristo. É como se, ao final da Celebração, fosse-nos dito: agora que vocês participaram do Corpo e do Sangue do Ressuscitado, vão pelo mundo e testemunhem sua vitória. Ele está vivo! Vocês, que comeram e beberam com Ele, serão testemunhas disso até os confins da terra!

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