INVOCAMOS AO ESPÍRITO SANTO O SEU DERRAMAMENTO EM NOSSOS CORAÇÕES.
A novena de
Pentecostes é a mãe de todas as novenas. É o curto período entre a Ascensão de
Nosso Senhor aos Céus, quarenta dias após a Sua Ressurreição, e a vinda do
Espírito Santo sobre os Apóstolos. Por nove dias, os discípulos e a Virgem
Maria se reuniram no Cenáculo, atendendo ao pedido do próprio Jesus: “Não vos
afasteis de Jerusalém, mas esperai a realização da promessa do Pai, da qual me
ouvistes falar, quando eu disse: 'João batizou com água; vós, porém, dentro de
poucos dias sereis batizados com o Espírito Santo'" (At 1, 4-5)
Por que pedir o
Espírito Santo? Em primeiro lugar, porque este é o meio que Deus escolheu para
derramar-Se em nossos corações. Deus, em Sua infinita providência, quando
dispõe as coisas, “não somente produz as coisas que quer que se façam, mas,
também do modo pelo qual assim as quer" (Suma Teológica, I, q. 19, a. 8).
Tendo disposto que recebamos o Espírito Santo por meio de nossa oração, é
preciso que supliquemos a Sua vinda.
A segunda razão
pela qual precisamos invocar o Espírito é que só deste modo poderemos amar
verdadeiramente a Deus. A Terceira Pessoa da Santíssima Trindade é o próprio
amor entre o Pai e o Filho. Esse amor, derramado em nosso coração, o tornará de
tal modo configurado a Jesus que será Ele mesmo a amar o Pai, em nós.
Deste modo anteciparemos o sonho divino para nós, no Céu.
A Santíssima Mãe de Deus tem um papel importantíssimo neste processo, afinal, foi em seu ventre que o Espírito Santo gerou o Verbo encarnado. Entreguemos os nossos corações a ela, que é esposa do Espírito Santo, a fim de que Jesus seja gerado em nós e possamos amar o Pai.
Evangelho (Jn 17,20-26): Naquele tempo, Jesus, alçando os olhos ao céu, disse: «Eu não rogo somente por eles, mas também por aqueles que vão crer em mim pela palavra deles. Que todos sejam um, como tu, Pai, estás em mim, e eu em ti. Que eles estejam em nós, a fim de que o mundo creia que tu me enviaste.
Eu lhes dei a glória que tu me deste, para que eles sejam um, como nós somos um: eu neles, e tu em mim, para que sejam perfeitamente unidos, e o mundo conheça que tu me enviaste e os amaste como amaste a mim.
Pai, quero que estejam comigo aqueles que me deste, para que
contemplem a minha glória, a glória que tu me deste, porque me amaste antes da
criação do mundo.
Pai justo, o
mundo não te conheceu, mas eu te conheci, e estes conheceram que tu me enviaste.
Eu lhes fiz conhecer o teu nome, e o farei conhecer ainda, para que o amor com
que me amaste esteja neles, e eu mesmo esteja neles».
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