TODOS NÓS JÁ OUVIMOS MUITAS VEZES O SIGNIFICADO DA PALAVRA VOCAÇÃO: CHAMADO.
ESTE CHAMADO DO SENHOR NÃO É UM CONVITE QUALQUER, É UM CHAMADO AO AMOR.
ESTE CHAMADO DO SENHOR NÃO É UM CONVITE QUALQUER, É UM CHAMADO AO AMOR.
Respondendo ao chamado, nos
comprometemos a nada mais que viver o amor que experimentamos e levá-lo aos outros.
Como viver esse
amor? Podemos vivê-lo da várias formas, de acordo com a vocação específica de
cada um: na doação de um ao outro e na constituição de uma família, no caso da
vocação ao matrimônio; na escuta da voz de Deus, na contemplação, na vivência dos
diversos carismas, no caso da vida consagrada, no amor desinteressado, no caso
do sacerdote. O sacerdote não é alguém que não ama, pelo contrário, é alguém
que ama sem possuir.
O vocacionado ao
sacerdócio é chamado a viver esse amor de forma desinteressada, mas intensa.
Primeiro a Deus, depois aos demais. Este amor se dá de quatro maneiras:
O amor a JESUS
CRISTO: Jesus é aquele que dá sentido, unidade e orientação para a vida do
vocacionado. Pautar nossas atitudes nas atitudes de Nosso Senhor é um excelente
programa de santificação. Lembremos que nossa vocação primeira e universal é à
santidade. Ser santo nada mais é do que ser como Jesus.
O sacerdote, através da
Ordenação sacerdotal, quando celebra os sacramentos, age na pessoa de Cristo,
de modo que deve dizer: “Já não sou eu que vivo. É Cristo que vive em mim” (Gl
2, 20). No mundo de hoje se faz ainda mais necessário manifestar o nosso amor
por Jesus através de atitudes e exemplos. Se necessário, que tenhamos a coragem
de dar a vida por Aquele que morreu por nós numa Cruz.
Amor à SAGRADA
ESCRITURA: São Jerônimo nos ensina que “ignorar as Escrituras é ignorar a
Cristo”. A palavra de Deus é o guia seguro daqueles que caminham na trilha da
vida com destino ao Céu. Nela encontramos o consolo nas dificuldades, a
esperança nas adversidades, o louvor nos momentos de alegria, a repreensão e a
misericórdia no momento do erro, o abraço misericordioso do Pai quando voltamos
à sua casa (cf. Lc 15, 11-32). “Tua palavra é lâmpada para os meus pés e luz
para o meu caminho” (Sl 119, 105).
O vocacionado é aquele que tem a Palavra de
Deus sempre em sua companhia. Dedicar um tempo diário à leitura e à meditação
da Sagrada Escritura é uma excelente forma de escuta da voz do Senhor que
chama.
Amor à IGREJA: a
Igreja é o Corpo Místico de Cristo, que é sua cabeça. Não se pode amar o Corpo
sem a cabeça, nem amar a Cabeça e esquecer o Corpo. A Igreja é una, santa,
católica e apostólica. Nela encontramos a plenitude dos meios para a nossa
salvação. Amar a Igreja e sua hierarquia; amar e rezar pelo Papa, pelos bispos
e por todo o Povo de Deus, é sem dúvida, uma manifestação de amor por Jesus
Cristo. Aqueles que são chamados ao sacerdócio diocesano devem viver esse amor
de forma sincera na obediência ao Bispo Diocesano e no amor ao povo que lhe foi
confiado.
O padre é a presença de Cristo na paróquia: do Cristo que nos insere
no seu Corpo Místico, quando celebra o Sacramento do Batismo, do Cristo que
cura, quando celebra a Unção dos Enfermos, do Cristo que se entrega, quando
celebra a Eucaristia, do Cristo que nos lava com seu sangue e nos perdoa de
todos os pecados, quando Celebra o Sacramento da Confissão.
Aqueles que são
chamados ao sacerdócio na vida religiosa exercem seu ministério na vivência de
um carisma específico, vivendo os conselhos evangélicos – pobreza, obediência e
castidade. Para o vocacionado ao sacerdócio, o amor à Igreja é, sem dúvida, uma
confirmação de vocação e meio de discernimento.
Amor à VIRGEM
MARIA: Maria é o nosso porto seguro, nossa esperança. “Não pode chamar Deus de
Pai quem não tem Maria como Mãe”, diz São Luís de Montfort. O católico é devoto
da Santíssima Virgem e os que almejam o sacerdócio devem sê-lo mais ainda. Sem
Maria não há Cristo.
Por Ela, veio ao mundo o Sumo e Eterno sacerdote. Maria é
aquela que nos entende, é o farol que nos guia nas ondas bravias das
tempestades. Os grandes santos foram grandes devotos da Santíssima Virgem.
Cultivar os atos de devoção marianos, como o Terço, as peregrinações aos
lugares marianos, a leitura de livros que falam sobre Maria, ajuda muito no
processo de discernimento vocacional e na caminhada rumo ao sacerdócio. Não
cansemos de recorrer a Maria, pois, como rezamos, nunca se ouviu dizer que
algum daqueles que tenham recorrido à proteção de Maria e implorado o seu socorro,
foi por ela desamparado.
Cultivando esses
quatro amores, certamente chegaremos à santidade, abraçando o estado de vida
específico de cada vocação e vivendo o amor a Deus na pessoa dos irmãos.
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