sábado, agosto 08, 2015

PARA O DIA DOS PAIS...


XIX Domingo do Tempo Comum - 09/08/2015
Livro dos Reis 19,4-8 - Salmo 33 (34) - Efésios 4,30-5,2 - João 6,41-51

DEUS É A FONTE DO AMOR
O Evangelho (e a 1ª leitura (nos ajudam a pensar um pouco sobre o valor da vocação da família e dos pais no mundo de hoje. A 1ª leitura descreve o cansaço e a decepção de Elias.

 Ele considera sua resposta vocacional e se sente um profeta cansado, deprimido e sem forças. Como tantas vezes acontece com todos nós, como tantas vezes acontece em nossas famílias, quando parece que não damos conta da situação.

 No “Dia dos Pais” e no início da “Semana da Família”, a 1ª leitura demonstra como a Bíblia tem um forte lado humano e como Deus vem em socorro de nossas fragilidades humanas. O tema para a “Semana da Família” deste ano é:“O amor é nossa missão. 

A família plenamente viva”. Um tema que faz da família a fonte do amor, a fonte da vida plena e da vida total no meio da sociedade. Assim como Deus alimentou Elias em seu desanimo, da mesma forma somos alimentados por Deus, a fonte do amor, nos momentos de dificuldades familiares. Família que acolhe Deus em sua casa vive feliz e se ama.

PÃO E ALIMENTO ESPECIAL
É muito simples compreender a relação que existe entre a 1ª leitura e o Evangelho. Entendemos que Deus alimentou Elias com um pão especial, vindo do céu. Um pão que alimenta a vida humana e a fortalece com o dom do Espírito Santo. 

Um pão capaz de tirar de nossas vidas o desânimo, o medo e a vontade de não fazer mais nada; de abandonar tudo. É um alimento especial, portanto, que devolve a força e o ânimo de viver a quem vive desfalecido e derrotado. Que pão é esse? Jesus diz que esse pão é Ele mesmo. 

Ele é o Pão que alimenta nossa vida, seja através da Palavra, seja através da comunhão que fazemos com ele, na Eucaristia. Se lermos com os olhos da 1ª leitura, a Eucaristia é um alimento para os fracos, para quem perdeu a vontade de viver, para quem não tem mais a coragem de ser profeta no meio de nossa sociedade. 

A Eucaristia é o alimento para os pais que perderam a coragem de viver e de procurar algo melhor para suas vidas. A Eucaristia é um alimento para tantas famílias que não conseguem mais alimentar suas vidas com o amor divino.

EDUCAÇÃO AMOROSA NA FAMÍLIA
No “Dia dos Pais”, e Domingo para se refletir a vocação da família, podemos recordar duas coisas importantes. A primeira é tomar consciência de que o amor familiar, o amor dentro de nossas casas, tornou-se, hoje, uma missão. 
Por isso, a necessidade de se alimentar da Eucaristia para levar o amor divino para dentro de nossas casas e de nossas famílias. Hoje, por causa de nossa sociedade tão violentada por imoralidades e por agressões físicas e psíquicas, a família se torna um refúgio para se amar e uma escola do amor cada vez mais necessária para nós e para o bem de toda a sociedade. O que se entende por escola do amor? 
A escola do amor não se limita a gestos carinhosos, embora sejam imprescindíveis, mas em ensinar atitudes de relacionamentos amorosos com todos que vivem na mesma casa. 

Não esperem que a televisão, os amigos e até mesmo muitas escolas ensinem relacionamentos amorosos para nossos filhos. A maior parte deles, infelizmente, sequer tem condições para isso. Por isso, a família tem a missão de educar amorosamente seus filhos e filhas.

FAMÍLIA, ESCOLA DE AMOR E PARA O AMOR
Para que a família seja uma escola de relacionamentos amorosos, precisa ser movida e animada pelo Espírito Santo de Deus. Paulo, na 2ª leitura, como que passa um receituário de como viver amorosamente dentro de nossas casas. Inicialmente, não se pode contristar, rejeitar o Espírito de Deus em nossas vidas, pois ele ilumina a vida dentro de nossas casas; primeiro, portanto, o acolhimento do Espírito de Deus em nossas casas. 

VIVER NO AMOR COMO CRISTO, QUER DIZER, ENTREGANDO A VIDA PARA QUE TODOS POSSAM VIVER BEM E COM ALEGRIA. 

Vale o que dizia Paulo, na 2ª leitura: “toda amargura, irritação, cólera, gritaria, injúrias, tudo isso deve desaparecer do meio de vós, como toda espécie de maldade”. Nossas famílias não foram formadas para cultivar irritações e maldades e, muito menos, para se relacionar na base da gritaria. Isto demonstra falta de amor porque o Espírito de Deus não está presente. 
O outro lado, diz Paulo na 2ª leitura, é o convite para que os relacionamentos sejam marcados pela bondade de uns com os outros, relacionamentos compassivos de uns para com os outros e, principalmente, a importância de cultivar o perdão.

 Paulo termina com uma frase que pode ser o maior incentivo para as famílias entendam sua missão de propagar o amor na sociedade:“sede imitadores de Deus como filhos que ele ama. Vivei no amor”. 

Viver no amor como Cristo, quer dizer, entregando a vida para que todos possam viver bem e com alegria. Quando, na família, um dedica a vida para o bem do outro, ali o amor acontece e a casa se torna um céu. Amém!

liturgia.pro


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