XIX Domingo do
Tempo Comum - 09/08/2015
Livro dos Reis 19,4-8
- Salmo 33 (34) - Efésios 4,30-5,2 - João 6,41-51
DEUS É A FONTE DO AMOR
O Evangelho (e a 1ª leitura (nos ajudam a pensar um pouco sobre o valor
da vocação da família e dos pais no mundo de hoje. A 1ª leitura descreve o
cansaço e a decepção de Elias.
Ele considera sua resposta vocacional e se sente
um profeta cansado, deprimido e sem forças. Como tantas vezes
acontece com todos nós, como tantas vezes acontece em nossas famílias, quando
parece que não damos conta da situação.
No “Dia dos Pais” e no
início da “Semana da Família”, a 1ª leitura demonstra como a Bíblia tem um
forte lado humano e como Deus vem em socorro de nossas fragilidades humanas. O
tema para a “Semana da Família” deste ano é:“O amor é nossa missão.
A
família plenamente viva”. Um tema que faz da família a fonte do amor, a fonte
da vida plena e da vida total no meio da sociedade. Assim como Deus alimentou
Elias em seu desanimo, da mesma forma somos alimentados por Deus, a fonte do
amor, nos momentos de dificuldades familiares. Família que acolhe Deus em sua
casa vive feliz e se ama.
PÃO E ALIMENTO
ESPECIAL
É muito simples
compreender a relação que existe entre a 1ª leitura e o Evangelho. Entendemos
que Deus alimentou Elias com um pão especial, vindo do céu. Um pão que alimenta
a vida humana e a fortalece com o dom do Espírito Santo.
Um pão capaz de tirar
de nossas vidas o desânimo, o medo e a vontade de não fazer mais nada; de
abandonar tudo. É um alimento especial, portanto, que devolve a força e o ânimo
de viver a quem vive desfalecido e derrotado. Que pão é esse? Jesus diz que
esse pão é Ele mesmo.
Ele é o Pão que alimenta nossa vida, seja através da
Palavra, seja através da comunhão que fazemos com ele, na Eucaristia. Se lermos
com os olhos da 1ª leitura, a Eucaristia é um alimento para os fracos, para
quem perdeu a vontade de viver, para quem não tem mais a coragem de ser profeta
no meio de nossa sociedade.
A Eucaristia é o alimento para os pais que perderam
a coragem de viver e de procurar algo melhor para suas vidas. A Eucaristia é um
alimento para tantas famílias que não conseguem mais alimentar suas vidas com o
amor divino.
EDUCAÇÃO AMOROSA
NA FAMÍLIA
No “Dia dos
Pais”, e Domingo para se refletir a vocação da família, podemos recordar duas
coisas importantes. A primeira é tomar consciência de que o amor familiar, o
amor dentro de nossas casas, tornou-se, hoje, uma missão.
Por isso, a
necessidade de se alimentar da Eucaristia para levar o amor divino para dentro
de nossas casas e de nossas famílias. Hoje, por causa de nossa sociedade tão
violentada por imoralidades e por agressões físicas e psíquicas, a família se
torna um refúgio para se amar e uma escola do amor cada vez mais necessária
para nós e para o bem de toda a sociedade. O que se entende por escola do amor?
A escola do amor não se limita a gestos carinhosos, embora sejam imprescindíveis,
mas em ensinar atitudes de relacionamentos amorosos com todos que vivem na
mesma casa.
Não esperem que a televisão, os amigos e até mesmo muitas escolas
ensinem relacionamentos amorosos para nossos filhos. A maior parte deles,
infelizmente, sequer tem condições para isso. Por isso, a família tem a missão
de educar amorosamente seus filhos e filhas.
FAMÍLIA, ESCOLA DE AMOR E PARA O AMOR
Para que a
família seja uma escola de relacionamentos amorosos, precisa ser movida e
animada pelo Espírito Santo de Deus. Paulo, na 2ª leitura, como que passa um
receituário de como viver amorosamente dentro de nossas casas. Inicialmente,
não se pode contristar, rejeitar o Espírito de Deus em nossas vidas, pois ele
ilumina a vida dentro de nossas casas; primeiro, portanto, o acolhimento do
Espírito de Deus em nossas casas.
VIVER NO AMOR COMO CRISTO, QUER DIZER, ENTREGANDO A VIDA PARA QUE TODOS POSSAM VIVER BEM E COM ALEGRIA.
Vale o que dizia Paulo, na 2ª leitura: “toda
amargura, irritação, cólera, gritaria, injúrias, tudo isso deve desaparecer do
meio de vós, como toda espécie de maldade”. Nossas famílias não foram formadas
para cultivar irritações e maldades e, muito menos, para se relacionar na base
da gritaria. Isto demonstra falta de amor porque o Espírito de Deus não está
presente.
O outro lado, diz Paulo na 2ª leitura, é o convite para que os
relacionamentos sejam marcados pela bondade de uns com os outros,
relacionamentos compassivos de uns para com os outros e, principalmente, a
importância de cultivar o perdão.
Paulo termina com uma frase que pode ser o
maior incentivo para as famílias entendam sua missão de propagar o amor na
sociedade:“sede imitadores de Deus como filhos que ele ama. Vivei no amor”.
Viver no amor como Cristo, quer dizer, entregando a vida para que todos possam
viver bem e com alegria. Quando, na família, um dedica a vida para o bem do
outro, ali o amor acontece e a casa se torna um céu. Amém!
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