segunda-feira, fevereiro 29, 2016

III DOMINGO DA QUARESMA



Estamos na nossa caminhada Quaresmal . Celebrando o III Domingo deste tempo de conversão. A cada Domingo , a cada dia da Quaresma, o Senhor nos dá mais uma chance uma oportunidade para nos convertermos e trilharmos o seu caminho, produzindo frutos de amor e de justiça. É esse apelo da liturgia da palavra deste domingo, que coloca diante de nós exemplos importantes de pessoas e de acontecimentos , para ajudar na nossa conversão , no nosso crescimento espiritual , na nossa fé e na nossa sintonia com Deus . 






Para ouvir Deus, encontrar-se com ele, nós precisamos nos despir de nossas vaidades , de nosso orgulho , de nossas arrogâncias. Precisamos ter os pés no chão , ou seja estar conscientes da realidade e não viver com a cabeça nas nuvens. Somente assim Moisés compreendeu o chamado para ser defensor e libertador de seu povo. O povo vivia na escravidão e Moisés foi chamado para libertá-lo e conduzi-lo à terra prometida . Para obter a terra prometida eles teriam que atravessar o deserto. O deserto foi um período de provação da fidelidade desse povo de Deus. 

QUALQUER PROCESSO DE CONVERSÃO E DE LIBERTAÇÃO TEM SEUS DESERTOS. SÃO PROCESSOS NATURAIS PARA OBTER CONQUISTAS NA VIDA. 










A Quaresma, além de representar o deserto , é esse tempo oportuno para as mudanças . É o agricultor divino cavando a nossa volta e colocando o adubo da fé , da esperança e do amor, para que possamos nos alimentar dele e ser também mais amorosos, mais fraternos, mais justos. Precisamos colocar isso em prática e não apenas falar. A figueira vivia no seu tempo de deserto , de aridez, de carência de frutos. Porém , veio o agricultor e a ajudou superar esse tempo. Assim aconteceu como o povo hebreu Ele viveu um tempo de escravidão e de deserto. Deus enviou Moisés para ajudá-lo a se libertar e atravessar o deserto. Alguns souberam aproveitar essas oportunidades , outros não. Os que souberam se salvaram, e os que não aproveitaram se perderam. 

A parábola do evangelho não diz se a figueira aproveitou a oportunidade dada, mas deixou em aberto a questão para a nossa reflexão. 

ESTAMOS APROVEITANDO OU NÃO?
Por fim, para concluirmos, consideremos a segunda parte do Evangelho, na qual Jesus conta uma pequena parábola sobre uma figueira seca. O ensinamento de Jesus faz uma comparação: compara a vida humana a uma árvore. Para que serve uma árvore que não produz frutos? Para que serve uma vida humana que não produza frutos de vida, capaz de multiplicar a vida em mais vida? É considerando esta comparação de Jesus, que o Evangelho de hoje nos interroga: o que estamos produzindo em nossa vida? Disto decorre o sentido da conversão: converter-se para o discipulado de Jesus em vista de produzir mais vida, mais qualidade de vida para si e para os outros. Converter-se para produzir frutos de misericórdia entre nós, capazes de mudar o conceito da convivência social, como por exemplo, de não considerar os outros como concorrentes, mas vê-los com olhos de fraternidade. Esta é a proposta deste 3º Domingo da Quaresma: converter-se para se ter atitudes e comportamentos de misericórdia, que sempre age em favor da vida e pelo bem da vida de todos, especialmente dos que mais sofrem. Amém!