sábado, janeiro 04, 2020

MISSA NA PRIMEIRA SEXTA-FEIRA DO ANO









O testemunho de João Batista tem por objetivo suscitar a fé dos discípulos na pessoa de Jesus. João viu o Espírito “permanecer” sobre Jesus. Esta certeza leva-o a anunciar que Jesus é verdadeiramente o Messias, o eleito de Deus (cf. Is 42, 1). O testemunho de Jesus "Filho de Deus" torna-se eco das palavras do Pai no batismo: “Este é o meu Filho muito amado”.

Se procurarmos uma ligação entre o evangelho de hoje e a primeira leitura, podemos encontrá-la: “Ele se manifestou para tirar os pecados” (v. 5), diz a primeira leitura; “Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo!”, diz o evangelho (v. 20).

É esta a mensagem da liturgia, ao começar o novo ano. E dá-nos ricos ensinamentos sobre a luta contra o pecado. No evangelho vemos que o Cordeiro de Deus tira o pecado do mundo, batizando no Espírito Santo. O batismo na água, de João, manifestava o desejo de purificação, mas era impotente contra o pecado. Só o batismo no Espírito nos pode purificar e libertar do mal. E Jesus deu-nos o batismo no Espírito por meio da sua morte e ressurreição.

A diz-nos Primeira Carta de João que, tendo sido libertados do pecado, havemos de viver na pureza a realizar a justiça. Tendo sido purificados gratuitamente, havemos de viver como puros. A exigência é precedida pelo dom. Porque Deus nos amou e nos transformou, não podemos pactuar com o pecado.

Mais ainda: este maravilhoso dom de Deus há-de desenvolver-se: “agora já somos filhos de Deus, mas não se manifestou ainda o que havemos de ser. O que sabemos é que, quando Ele se manifestar, seremos semelhantes a Ele, porque o veremos tal como Ele é”. O batismo no Espírito inclui uma maravilhosa esperança que nos encoraja na difícil caminhada da
vida. É pela esperança que nos tornamos puros, como Cristo: “Todo o que tem esta esperança em Deus, torna-se puro, para ser como Ele, que é puro” (v.3).