Neste
mês de janeiro, celebramos vários santos padroeiros, que, ao mesmo tempo que
nossos intercessores junto de Deus, são exemplo de vida cristã e heroicidade
nas virtudes.
Dia
15, celebramos Santo Amaro, cuja devoção é muito cultivada aqui em nossa
região, explicada pela presença dos monges beneditinos que foram os valorosos
missionários da zona rural de Campos dos Goytacazes, em cujo município se situa
o célebre Mosteiro de São Bento, em Mussurepe.
Santo
Amaro, ou São Mauro, foi monge e abade beneditino, ou seja, da Ordem de São
Bento. Nascido em Roma, de família senatorial, Amaro, quando tinha apenas doze
anos, foi entregue no mosteiro por seu pai, Egrico, homem ilustre pela virtude
e pela nobreza do nascimento, confiando-o aos cuidados de São Bento, em 522.
Correspondeu
tão bem à afeição e à solicitude do mestre, que foi em breve proposto como
modelo aos outros religiosos. São Gregório exaltou-o por se ter distinguido no
amor da oração e do silêncio. Sempre se lhe notou profunda humildade e
admirável simplicidade de coração. Mas nele sobressaía a virtude da obediência,
sendo por isso recompensado por Deus, com um milagre, quando, para obedecer,
foi salvar um irmão que estava se afogando e caminhou sobre as águas.
Possa
o exemplo de Santo Amaro levar os filhos a serem mais obedientes aos seus pais,
os alunos aos seus mestres, os cidadãos às leis e superiores civis, os
católicos aos seus superiores hierárquicos. “Sede submissos uns aos outros no
temor de Cristo” (Ef 5, 21).
Dia
20, festejaremos São Sebastião, padroeiro da Cidade maravilhosa e, por ser o
patrono da capital, é também protetor do nosso Estado do Rio de Janeiro.
Foi
soldado do exército imperial, chegando a ocupar o posto de Comandante do
Primeiro Tribunal da Guarda Pretoriana durante o reinado de Diocleciano, um dos
mais severos imperadores romanos, perseguidor dos cristãos.
Mesmo
sendo bom soldado romano, suas atitudes demonstravam sua fé cristã, e, sendo
interrogado, confessou bravamente sua convicção. Por não aceitar renunciar a
Cristo, São Sebastião foi condenado à morte, sendo amarrado a um tronco de
árvore e flechado. Porém, não morreu ali. Foi encontrado vivo por uma mulher
cristã piedosa que tinha vindo buscar o seu corpo. Recuperada a saúde,
apresentou-se diante do Imperador e reafirmou sua convicção cristã. E nova
sentença de morte veio sobre ele: foi condenado ao martírio no Circo. Sebastião
foi executado, então, com pauladas e boladas de chumbo, sendo açoitado até a
morte e jogado nos esgotos perto do Arco de Constantino. Era 20 de janeiro.
E
dia 25, celebraremos a conversão de São Paulo, que, de perseguidor ferrenho dos
cristãos, tornou-se o grande Apóstolo, que trabalhou na conversão dos pagãos,
tornando-se, como São Pedro, uma das colunas da Igreja. É o padroeiro da cidade
e do Estado de São Paulo.
Fonte:
Dom Fernando Arêas Rifan