HOJE É DIA DA SAGRADA FAMÍLIA! QUANDO DEUS QUIS, NO
SEU AMOR, ENVIAR SEU FILHO PARA MORAR ENTRE NÓS, ELE ESCOLHEU UMA FAMÍLIA PARA
RECEBER VERBO DIVINO.
Com isso Deus marcou com maior dignidade a família
humana e mostrou que esta instituição é essencial para o desenvolvimento da
pessoa. A família de Nazaré tornou-se assim o modelo para as famílias cristãs do mundo.
A bondade de Maria e a justiça de José deveriam ser as virtudes procuradas
pelos pais e mães de família.
LEITURA I – Eclo 3,3-7.14-17a (gr. 2-6.12-14) - Salmo 127 (128) - LEITURA II – Col 3,12-21 - EVANGELHO – Lc 2,41-52
Homilia de Padre Marcos Belizário Ferreira
Para quem vivia longe do Templo, lugar onde eram feitos os sacrifícios pelas culpas cometidas, há agora um horizonte novo:
o perdão dos pecados acontece não através de um rito externo, mas de uma atitude traduzida em amor pelos pais, sobretudo quando estes se encontram em estado de carência, como a perda do uso da razão.
Poderíamos dizer que a casa voltou a ser Templo, como na época das tribos, quando a liturgia era celebrada nas casas ou santuários locais.
O texto do Livro do Eclesiástico se aproxima bastante da novidade trazida por Jesus, que disse: “O que eu quero é a misericórdia, e não o sacrifício”,
e que afirmou que o Pai rejeita as ofertas sagradas que
deveriam ser empregadas na conservação da vida dos pais.
Amar, obedecer e respeitar a fonte da vida que são os
nossos pais é amar, respeitar e obedecer a Deus, origem de toda a vida.
Os pais reproduzem, em parte, o ser de Deus que é doação.
Eles não produziram para si, mas para os outros.
Os filhos, por sua vez, chegados à fase adulta da vida,
são convocados a não produzir para si, mas para os outros, perpetuando a vida e
amparando a dos pais na velhice.
Essa proposta quebra o sistema de sociedade do consumo
e do descartável, que só valoriza as pessoas enquanto capazes de produzir.
A Família de Nazaré em nada foi poupada dos infortúnios
próprios de todos nós. Imaginá-la gozando de regalias inacessíveis a qualquer
pessoa comum, seria enganoso.
Já os fatos inerentes ao nascimento de Jesus
comportaram motivo de aflição. É fácil de imaginar quanta angústia acarretaram a
concepção misteriosa de Maria, a obrigação de se deslocarem para Belém, quando o tempo de dar a luz estava se aproximando, a falta de lugar adequado para o
parto e as condições precárias em que o menino Jesus nasceu . A fuga apressada para o Egito, para
escapar da fúria
homicida de Herodes, foi mais um sofrimento imposto a Sagrada Família. À perspectiva
de morte somava-se de ver como também, a
de ter de voltar para Israel, a fim de não cair nas garras de Arquelau, sucessor
de Herodes, devendo escolher, como lugar de moradia, a humilde e sem
importância Nazaré.
A Sagrada Família jamais esteve isenta de tribulações.
Mas nem por isso desviou-se do caminho da fé e obediência a Deus.
Sua fidelidade foi continuamente posta à prova. E, na
provação, foi se consolidando.
Desta forma,
tornou-se modelo de família cristã que, experimenta as dificuldades da vida,
sem se desviar dos caminhos de Deus.
ABENÇOA, SENHOR, AS FAMÍLIAS! AMÉM!
ABENÇOA, SENHOR, A MINHA TAMBÉM!
ABENÇOA, SENHOR, A MINHA TAMBÉM!