CERTA VEZ, UM REI PERGUNTOU AOS SEUS MINISTROS A CAUSA DE O DINHEIRO PÚBLICO NÃO CHEGAR AO SEU DESTINO COMO QUANDO SAIU DA SUA FONTE. UM MINISTRO MAIS VELHO, SENTADO NA OUTRA CABECEIRA DA MESA, TOMOU UMA
GRANDE PEDRA DE GELO E PEDIU QUE A PASSASSEM DE MÃO EM MÃO ATÉ O REI.
Quando a pedra lá chegou estava bem menor. O ministro
então disse: é essa a explicação: “passa por muitas mãos e sempre deixa alguma
coisa”. A corrupção é considerada pela ONU o crime mais dispendioso de todos,
causa de muitos outros.
“Aquele que
ama o ouro não estará isento de pecado; aquele que busca a corrupção será por
ela cumulado. O ouro abateu a muitos... Bem-aventurado o rico que foi achado
sem mácula... Quem é esse homem para que o felicitemos? Àquele que foi tentado
pelo ouro e foi encontrado perfeito está reservada uma glória eterna:... ele
podia fazer o mal e não o fez” (Eclo 31, 5-10).
O Papa Francisco tem insistido sobre a diferença entre pecado e corrupção, entre o pecador e o corrupto. Segundo ele, pecadores somos todos nós, mas o corrupto é aquele que deu um passo a mais: perdeu a noção do bem e do mal. Já não tem mais o senso do pecado. Os corruptos fazem de si mesmos o único bem, o único sentido; negando-se a reconhecer a Deus, o sumo Bem, fazem para si um Deus especial: são Deus eles mesmos.
O Papa lembrou que
São Pedro foi pecador, mas não corrupto, ao passo que Judas, de pecador
avarento, acabou na corrupção. “Que o Senhor nos livre de escorregar neste
caminho da corrupção. Pecadores sim, corruptos, não.” (Homilia, 4/6/2013).
A Igreja proclamou padroeiro dos Governantes e dos Políticos São Tomás More, “o homem que não vendeu sua alma”, exatamente porque soube ser coerente com os princípios morais e cristãos até ao martírio. Advogado, Lorde Chanceler do Reino da Inglaterra, preferiu perder o cargo com todas as suas regalias e a própria vida a trair sua consciência.
No atual clima de corrupção e venalidade que invadiu o sistema social, político, eleitoral e governamental, possa o exemplo de Santo Tomás More ensinar aos políticos, atuais e futuros, e a todos nós, que o homem não pode se separar de Deus, nem a política da moral, e que a consciência não se vende por nenhum preço, mesmo que isto nos custe caro e até a própria vida.
A Igreja proclamou padroeiro dos Governantes e dos Políticos São Tomás More, “o homem que não vendeu sua alma”, exatamente porque soube ser coerente com os princípios morais e cristãos até ao martírio. Advogado, Lorde Chanceler do Reino da Inglaterra, preferiu perder o cargo com todas as suas regalias e a própria vida a trair sua consciência.
No atual clima de corrupção e venalidade que invadiu o sistema social, político, eleitoral e governamental, possa o exemplo de Santo Tomás More ensinar aos políticos, atuais e futuros, e a todos nós, que o homem não pode se separar de Deus, nem a política da moral, e que a consciência não se vende por nenhum preço, mesmo que isto nos custe caro e até a própria vida.
Bispo da Administração Apostólica Pessoal São João
Maria Vianney