quinta-feira, maio 08, 2014

CONSTITUIÇÃO DOGMÁTICA DEI VERBUM - 52ª AG DA CNBB APARECIDA/SP

Celebração Eucarística no Santuário de Nossa Senhora Aparecida recordou a publicação da CONSTITUIÇÃO DOGMÁTICA DEI VERBUM presidida pelo Arcebispo de Pelotas (RS) e presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Dimensão Bíblico Catequética, Dom Jacinto Bergmann.
Ao fazer sua reflexão da Primeira Leitura (At 8,26-40) de hoje, Dom Jacinto Bergmann destacou que os anjos do Senhor estão falando aos ‘Filipes’ dos dias atuais para que se preparem para ir até as periferias ao encontro das pessoas famintas da Palavra de Deus.
“Obedientes a Palavra de Deus presente na primeira leitura refletimos que somos hoje os ‘Filipes’ que leem a Sagrada Escritura aos ‘eunucos’. Somos os ‘Filipes’ de que anunciam Jesus Cristo, o verbo de Deus que se fez carne”.
Dom Jacinto indagou se os fiéis são capazes de se espelhar em Filipe e oferecer a Palavra de Deus e  serem arrebatados por novas missões deixando os ‘eunucos’ prosseguirem.
“Precisamos chegar a novos ambientes e evangelizar todas as cidades até chegar a nossa ‘Cesareia’ definitiva. Obedientes a Palavra de Deus na primeira leitura somos animados a seguir a sua Palavra, seu caminho de oração e comunhão”, completou.
O Arcebispo de Pelotas ressaltou que obedientes a Palavra de Deus presente no Evangelho desta quinta-feira (Jo 6,44-51) formamos parte da multidão que acolhe a Sua Palavra, e é chamada a ser discípula e missionária.
“Eu sou o pão vivo descido do céu. Quem comer deste pão viverá eternamente. E o pão que eu darei é a minha carne dada para a vida do mundo (Jo 6, 51)”, afirmou o Arcebispo citando o Evangelho.
Dom Jacinto falou sobre o Documento do Concílio Vaticano II a ‘Constituição Dogmática Dei Verbum’, sobre a divina revelação, lembrando sua grande contribuição para a Igreja.
“A gratidão pelo Pai descido dos Céus nos faz louvar a Deus pelo dom da ‘Constituição Dogmática Dei Verbum’ de 18 de Novembro de 1965. Agradecemos pela constituição que propõe a genuína reflexão, afim de que pelo anúncio da salvação o mundo inteiro creia, espere e ame a Deus”.
“A partir da reflexão deste documento, nossa Igreja Católica tornou-se mais atenta em escutar e mais autêntica em servir ao Senhor”.
Segundo o Arcebispo, a partir dessa reflexão brotou uma corajosa pastoral com uma formação bíblica intensa e uma forte ação missionária.
Dom Jacinto citou também a realização da 13ª Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos em outubro de 2008 como momento motivador para a Igreja.
“Obrigado Senhor porque no nos decorrer desses 50 anos pós-concílio Vaticano II a Igreja realizou a 13ª Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos, e ainda arde em nossos corações sua mensagem sinodal”.

O Arcebispo também mencionou a Exortação Apostólica pós-sinodal Verbum Domini do Papa emérito Bento XVI.
“O Papa emérito nos presentou com a Exortação Apostólica pós-sinodal Verbum Domini e nós bispos do Brasil publicamos o Documento 97 da CNBB - A Iniciação a Vida Cristã – consagrando definitivamente a animação bíblica de toda nossa pastoral, tornando cada vez mais evangelizadora a nossa ação missionária”, ressaltou.
A Exortação Apostólica sobre a evangelização, Evangelii Gaudium – “A Alegria do Evangelho”, do Papa Francisco também foi mencionada pelo Arcebispo de Pelotas.
“Este é um presente feito à Igreja pelo Papa Francisco. É o Verbo de Deus sendo carne e sendo a Igreja pobre para os pobres”.
Antes de concluir sua reflexão, Dom Jacinto Bergmann pediu a intercessão da Padroeira do Brasil para os trabalhos do episcopado brasileiro na 52ª Assembleia Geral.
“Nossa Senhora Aparecida, Padroeira do Brasil, modelo de pleno de obediência da fé, nós bispos, hoje vos contemplamos e somos chamados a sermos discípulos e missionários da Palavra de Deus e da Igreja. Ajuda – nos, ó Mãe, para que cada um dos nossos dias seja aproximado do encontro renovado com o Cristo”, concluiu.


BISPOS APROVAM DOCUMENTO SOBRE A QUESTÃO AGRÁRIA.

O plenário da 52ª Assembleia Geral da CNBB aprovou na tarde desta quarta-feira, 7 de maio, o Documento sobre a visão da Igreja em relação à Questão Agrária Brasileira no século XXI. O processo de construção começou há 5 anos. Desde o ano passado foi publicado como um texto de estudo da CNBB e recebeu contribuições de diversos bispos e dioceses.
O Documento aprovado está dividido em três partes. Na primeira, faz uma contextualização da situação agrária atual. “Nessa parte, os bispos mostram quais são os gritos ensurdecedores que brotam de tantas realidades, como os povos indígenas, os quilombolas, os pescadores, os ribeirinhos, os extrativistas”, explica o presidente da Comissão Pastoral da Terra, dom Enemésio Lazarris.
A segunda parte traz o olhar dos bispos sobre a atual questão agrária, abordando a posse e o uso da terra à luz da Sagrada Escritura e dos Documentos da Igreja. Já na terceira parte, surgem os compromissos pastorais diante da questão. Dom Enemésio destaca que o Documento “é a palavra de mais de 350 bispos hoje para a sociedade em geral sobre este tema importante”. Segundo ele, “não se destina apenas para dentro da comunidade eclesial, mas para toda a sociedade”.

A parte final do Documento apresenta os desafios diante de realidades bem concretas: trabalho escravo, defesa da natureza, cuidado com a água, produção de energia sustentável. O episcopado também cobra do poder público uma posição sobre esta realidade. “Acreditamos que esse documento seja apresentado aos candidatos aos governos estaduais e federal, dizendo qual é a posição da Igreja em relação à questão agrária, e sobretudo sobre a função social da terra e da propriedade”
BISPOS APROVAM REALIZAÇÃO DO ANO DA PAZ.

O ano da paz terá início no primeiro domingo do Advento (30 de novembro de 2014) e vai até o Natal de 2015.
De acordo com o bispo auxiliar de Brasília (DF) e secretário geral da CNBB, Dom Leonardo Steiner, a paz está relacionada com as relações.
“A paz é vital para as relações, a paz nasce de ralações novas, de relações equilibradas", disse.
Para ele, o aumento da violência dá a sensação de relações quebradas. “É preciso ajudar a reconstruir este tecido de elos, de relações”, comentou.
Dom Leonardo explicou que o ano da paz pode contribuir na reflexão sobre os motivos da violência.

“Um ano da paz pode nos ajudar muito: refletir sobre o porquê da violência, sobre a necessidade da paz, mas também busca, junto à população, junto às nossas comunidades, momentos onde eles possam expressar que desejam viver em harmonia e em fraternidade”.
DIRETÓRIO DE COMUNICAÇÃO

O arcebispo do Rio de Janeiro (RJ), cardeal Orani João Tempesta, apresentou aos jornalistas, durante coletiva à imprensa realizada ontem, 7 de maio, o Diretório de Comunicação da Igreja no Brasil. Trata-se do Documento número 99 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil.

Foi durante a gestão de dom Orani, na presidência da Comissão para a Comunicação, que foi retomada a proposta de produção do Documento, a partir da publicação do Estudo 101
 “A Comunicação na vida e missão da Igreja”.
Por decisão dos bispos na Assembleia Geral, em 2013, O texto do Diretório foi encaminhando ao Conselho Permanente da CNBB, que após estudar e avaliar o material, sugerindo correções e adaptações na linguagem, aprovou o Documento, no mês de março. A produção do texto contou com a colaboração de uma equipe de pesquisadores, mestres e doutores em comunicação, coordenada pela Comissão Episcopal Pastoral da Comunicação, presidida pelo arcebispo de Campo Grande (MS), dom Dimas Lara Barbosa.

"O DOCUMENTO É COMPOSTO POR DEZ CAPÍTULOS, QUE TRATAM DOS DIFERENTES CONTEÚDOS DA COMUNICAÇÃO".

Dom Orani relembrou os caminhos percorridos para a produção do Diretório e disse que a Igreja sempre esteve atenta às transformações tecnológicas. De acordo com o cardeal, o Documento chega em momento oportuno, com a proposta de contribuir com a missão da Igreja e no diálogo com a sociedade. “O Diretório interessa muita aqueles que trabalham com a comunicação na Igreja, mas também aos pesquisadores e pessoas interessadas nessa temática. E esse documento chega em um momento em que a Igreja celebra os 50 anos Concílio Ecumênico Vaticano II, com a promulgação do Decreto Inter Mirifica, sobre comunicação”, destacou dom Orani.
Diversidade de conteúdos
O Documento é composto por dez capítulos, que tratam dos diferentes conteúdos da comunicação, são eles: 1. Comunicação e Igreja no mundo em mudanças, 2. Teologia da Comunicação, 3. Comunicação e vivência da fé, 5, Ética e Comunicação, 6. O protagonismo dos leigos na comunicação evangelizadora, 7. A Igreja e mídia, 8. Igreja e mídias digitais, 9. Políticas de comunicação e 10. Comunicação na Igreja: a atuação da Pascom. Em cada capítulo, além das reflexões apresentadas, são oferecidas pistas de ação para a formação, articulação, produção e espiritualidade da comunicação.
O Diretório é destinado aos responsáveis que atuam na comunicação eclesial e nas relações com a sociedade. O texto oferece conteúdos com referenciais comunicacionais, sociológicos, éticos, políticos, teológicos e pastorais.

CNBB/ Imagens Laura Barreto