Os frutos da
Jornada Mundial da Juventude, as manifestações e até a visita do Papa à Terra
Santa foram atenção do cardeal em suas palavras às centenas de fiéis que
lotavam a área externa de um dos santuários mais visitados do Rio.
O tema central
girou na docilidade de Nossa Senhora a ação do Espírito Santo e o quanto pode
agir na vida daqueles que, ao conhecerem o Ressuscitado, confiam em sua
promessa e se abrem a essa ação. A transformação que nasce da verdadeira
conversão não se limita somente à mentalidade e ao coração do fiel, mas acaba
atingindo toda a sua vida e a realidade que o cerca.
“Chegamos nesse
clima de Páscoa, olhando o mundo, olhando a nossa história recente e os últimos
acontecimentos, para escutar a palavra de hoje. E a palavra é muito clara: o
Senhor nos dá o Espírito Santo para que possamos testemunhar o Cristo
Ressuscitado.
O Espírito Santo nos faz convertermos o nosso egoísmo, o nosso
julgamento, o nosso coração muitas vezes partido, nossas falsidades, nossa vida
cheia de maldades. O Espírito Santo faz mudar a nossa mentalidade e o nosso
coração”, destacou sobre a conversão daqueles que tiveram um encontro com o
Cristo.
O Espírito Santo
é promessa para todos, segundo Dom Orani, e impulsiona a fraternidade, a
missionariedade, o martírio e o louvor entre os fiéis.
E Maria acreditou nessa
promessa quando visitada pelo anjo. A pergunta de Nossa Senhora na ocasião,
‘Como se fará isso?’, ainda ecoa no coração do fiel que diz sim para a vontade
de Deus.
“Como se fará
para que a Arquidiocese do Rio de Janeiro seja cada vez mais unida, fraterna?
Como se faz para que essa cidade tenha paz, não tenha tanta violência? Como se
faz para que esse mundo se entenda cada vez mais?”, questionou Dom Orani.
“Parece
impossível. E realmente é impossível para o Homem, devido ao seu egoísmo e a
sua vida muitas vezes vivida fora do Evangelho. Mas a resposta é: o Espírito
Santo virá e Ele fará”, respondeu.
Além de dizer
‘Fazei tudo o que Ele vos disser’, Dom Orani reforçou outra mensagem de Maria:
“deixem que o Espírito Santo aja em vossas vidas, se abram, não tenham medo!”.
“Estamos aqui,
como conta a tradição aqui da Penha, para dizer: Nossa Senhora, valei-me! Nós
temos certeza que ela intercede por nós, que ela está junto conosco, que ela
nos ensina a ouvir a Palavra de Deus, a estar abertos à ação do Espírito
Santo”, afirmou.
O arcebispo
ainda citou São José de Anchieta, São João Paulo II e São João XXIII como
exemplos de homens dóceis à ação do Espírito Santo em suas vidas e que marcaram
a sociedade em que viveram.
Por fim, o
Cardeal Tempesta reforçou a mensagem do caminho do tempo litúrgico da Páscoa em
direção a celebração de Pentecostes e clamou aos fiéis: “sempre é tempo de um
novo pentecostes, de uma nova abertura, de um novo tempo”.
“Cada um de nós
voltemos para as nossas casas com o coração mudado, transformado, cheio da
graça de Deus, abertos a ação, e prontos para encarar as pessoas ao nosso redor
com olhos de amor.
E quando ver ao nosso redor situação de violência e de
morte, que possamos nos perguntar o que devemos fazer para ser sinal de tempos
novos. Temos certeza que por toda a nossa vida Maria estará presente como
esteve aqui nesse alto da Penha ajudando aqueles que pediam a sua intercessão”,
finalizou.
Ao
final da celebração houve a coroação da imagem de Nossa Senhora da Penha e
apresentação musical da Banda dos Fuzileiros Navais.
ARQUIDIOCESE DE
SÃO SEBASTIÃO
DO RIO DE JANEIRO
DO RIO DE JANEIRO
Direção e
Jornalismo: Carlos Moioli
Imagens: Gustavo
de Oliveira
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