sexta-feira, maio 23, 2014

SEMANA MARIANA


Maria é mãe de todos os homens: no Calvário Jesus moribundo entregado-lhe João como “filho” (Jo 19,25), e na pessoa do discípulo predileto, o único presente em seu sacrifício, pretende confiar-lhe a humanidade inteira, todos os que necessitam de redenção e se acham ligados a sua morte que liberta.
 Maria une-se ao sacrifício de Jesus, ela que foi a primeira redimida e libertada do pecado desde o primeiro instante de sua existência, tomando sobre si o conjunto da humanidade que se deve reconduzir a Jesus para que acolha o dom imerecido da salvação.
Nasce no Calvário a nova humanidade, o homem novo reconduzido a sua dignidade primeira, a sua grandeza de filho de Deus:
 é fruto da redenção operada por Jesus, e Jesus quis que no Calvário estivesse sua mãe para confiar-lhe a tarefa de mediadora, para que fosse companheira dos homens em seu caminhar difícil nas estradas tortuosas do mundo.
Invocar Maria como rainha de todos os santos significa lembrar-se de duas verdades: por um lado, Maria reúne toda a humanidade redimida e liberta do pecado; por outro, a criatura salva reconhece a santidade com sua vocação mais legítima.
Maria reaviva no coração do cristão a certeza de ser criado “à imagem e semelhança” de Deus (Gn 1,26) e chamado a participar da própria natureza de Deus como “filho”. 
É essa a alegre certeza que a fé transmite como dom de Deus e responsabilidade pessoal, como tarefa a realizar enquanto dura nossa existência terrena.
Maria lembra a seus devotos essa verdade apesar das muitas fraquezas cotidianas, das incoerências, das contradições e da desconfiança que muitas vezes invadem o coração de homem ao considerar as próprias falhas, o cristão sabe que é chamado à santidade e pode organizar a vida sob esse ideal luminoso.
Santidade não significa dons espirituais especiais, nem a capacidade de fazer milagres, nem tampouco entender a vida como perene sacrifício e renúncia a tudo o que é humano e
 alegra o coração do homem: ouvem-se com frequencia afirmação e que fazem da santidade como que um heroísmo impossível ou, que ainda é pior, auto violação Santidade não significa dons espirituais especiais, nem a capacidade de fazer milagres, nem tampouco entender a vida como perene sacrifício e renúncia a tudo o que é humano e alegra o coração do homem: 
ouvem-se com frequência afirmações que fazem da santidade como que um heroísmo impossível ou, que ainda é pior, auto-violação.
Ouvimos com frequencia dizer “não sou santo” como desculpa para comportamentos incorretos e faltas de caridade, paciência e perdão, ou para acobertar opções contrárias ao ensinamento evangélico.
Santidade é a coragem de saber-se redimido e chamado à intimidade com Deus, de colocar a vida nas linhas indicadas pelo ensinamento de Jesus, contando não apenas com a própria boa vontade mas com o dom de Deus que acompanha sua criatura e a torna capaz de realizar seu desígnio.
Maria é rainha de todos os santos e santas enquanto lembra sem cessar aos cristãos que o batismo implica submergir-se na própria vida de Deus e entrar em relação com Ele, buscando a própria santidade.
Ó gloriosa Santa Rita, vós que fostes prodigiosamente participantes da dolorosa paixão de Nosso senhor Jesus Cristo, alcançai-me sofrer com resignação as penas desta vida, protegei-me em todas as minhas necessidades e fazei que um dia vos vá conhecer no paraíso. Por cristo, Nosso Senhor. Amém 
Deus já revelara no Antigo Testamento a seu povo essa vocação divina: “sede santos porque eu sou santo”(Lv 11,44). Revelando assim a verdadeira realidade humana e a infinita riqueza oculta no coração do homem.

Maria acompanha esse caminho do homem levando-o a desejar a santidade que todos percebem como anseio insofismável de bondade, beleza, harmonia e generosidade.

Invocar Maria como rainha de todos os santos é recordar-se da própria vocação, assim como reconhecer em pessoas que nos rodeiam a presença de santos, de pessoas humildes, 
generosas e caridosas, sempre serenas e entregues à vontade de Deus, sempre felizes por saber-se filhos e filhas de Deus.
Uma vez mais, a devoção a Nossa Senhora carrega os corações de grande confiança, do desejo de bondade, do anseio de intimidade com Deus, de algo como uma fonte perene de alegria.

Cf Basadonna & Santarelli, Ladainhas de Nossa Senhora, Ed Loyola”


“Senhor, Pai santo, Deus eterno e omnipotente, é verdadeiramente nosso dever, é nossa salvação dar-vos graças, sempre e em toda a parte.
 Vós estabelecestes, por admirável dom da vossa bondade, que se realizasse misticamente nos sacramentos da Igreja o que se tinha cumprido na Virgem Maria: A Igreja dá à luz novos filhos na fonte do Batismo, concebidos virginalmente pela fé e pelo Espírito; unge os recém-nascidos
 com o óleo precioso do Crisma, para que o Espírito Santo, que à Virgem encheu de graça, desça abundantemente sobre ele com os seus 
dons; e para estes filhos cada dia prepara a mesa a fim de os alimentar com o pão descido do Céu, que a Virgem Maria deu à luz para a vida do mundo, Jesus Cristo, nosso Senhor.

Por isso, com a multidão dos Anjos, que adoram a vossa majestade e se alegram eternamente na vossa presença, proclamamos a vossa glória”.


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