A mensagem fundamental que brota
deste texto convida-nos a constatar a centralidade de Cristo, vivo e
ressuscitado, na missão que nos foi confiada. Podemos esforçar-nos imenso e
dedicar todas as horas do dia ao esforço de mudar o mundo; mas se Cristo não
estiver presente, se não escutarmos a sua voz, se não ouvirmos as suas
propostas, se não estivermos atentos à Palavra que Ele continuamente nos
dirige, os nossos esforços não farão qualquer sentido e não terão qualquer
êxito duradouro. É preciso ter a consciência nítida de que o êxito da missão
cristã não depende do esforço humano, mas da presença viva do Senhor Jesus.
É preciso ter, também, a consciência
da solicitude e do amor do Senhor que, continuamente, acompanha os nossos
esforços, os anima, os orienta e que conosco reparte o pão da vida. Quando o
cansaço, o sofrimento, o desânimo tomarem posse de nós, Ele lá estará,
dando-nos o alimento que nos fortalece. É necessário ter consciência da sua
constante presença, amorosa e vivificadora ao nosso lado e celebrá-la na
Eucaristia.
A figura do “discípulo amado”, que
reconhece o Senhor nos sinais de vitalidade que brotam da missão comunitária,
convida-nos a ser sensíveis aos sinais de esperança e de vida nova que
acontecem à nossa volta e a ler neles a presença salvadora e vivificadora do
Ressuscitado. Ele está presente, vivo e ressuscitado, em qualquer lado onde
houver amor, partilha, doação que geram vida nova.
O diálogo final de Jesus com Pedro
chama a atenção para uma dimensão essencial do discipulado: “seguir” o “mestre”
é amá-l’O muito e, portanto, ser capaz de, como Ele, percorrer o caminho do
amor total e da doação da vida.