segunda-feira, abril 28, 2014

II DOMINGO DA PÁSCOA 2014 - 27/04/2014


Sem sua presença viva, a Igreja se converte num grupo de homens e mulheres que vivem “numa casa com as portas fechadas, por medo dos judeus”.

Com as “portas fechadas” não se pode ouvir o que acontece lá fora. Não é possível captar a ação do Espírito no mundo. Não se abrem espaços de encontro e diálogo com ninguém.
 Apaga-se a confiança no ser humano e crescem os receios e preconceitos. Mas uma Igreja sem capacidade de dialogar é uma tragédia, pois os seguidores de Jesus são chamados a atualizar o eterno diálogo de Deus com o ser humano.
 O “medo” pode paralisar a evangelização e bloquear nossas melhores energias. O medo nos leva a rejeitar e condenar. Com medo não é possível amar o mundo. 
Mas, se não o amamos, não o olhamos como Deus o olha. E, se não o olharmos com os olhos de Deus, como comunicaremos a Boa Notícia?
Se vivermos com as portas fechadas, quem deixará o redil para buscar as ovelhas perdidas? Quem se atreverá a tocar algum leproso excluído? Quem se sentará à mesa com pecadores ou prostitutas?
 Quem se aproximará dos esquecidos pela religião? Os que querem buscar o Deus de Jesus nos encontrarão com as portas fechadas.
Nossa primeira tarefa é deixar entrar o ressuscitado através de tantas barreiras que levantamos para defender-nos do medo.

QUE JESUS OCUPE O CENTRO DE NOSSAS IGREJAS, GRUPOS E COMUNIDADE. QUE SÓ ELE SEJA FONTE DE VIDA, DE ALEGRIA E DE PAZ.

Que ninguém ocupe seu lugar, que ninguém se aproprie de sua mensagem. Que ninguém imponha um modo diferente do seu.
Já não temos mais o poder de outros tempos. Sentimos hostilidade e a rejeição em nosso entorno. Somos frágeis.

MAIS DO QUE NUNCA, PRECISAMOS ABRIR-NOS AO SOPRO DO RESSUSCITADO PARA ACOLHER SEU ESPÍRITO SANTO.
COMO É QUE SE CHEGA À FÉ EM CRISTO RESSUSCITADO?
João responde: podemos fazer a experiência da fé em Cristo vivo e ressuscitado na comunidade paroquial, que é o lugar natural onde se manifesta e irradia o amor de Jesus. Tomé representa aqueles que vivem fechados em si próprios (está fora) e que não faz caso do testemunho da comunidade, nem percebe os sinais de vida nova que nela se manifestam.  Tomé acaba, no entanto, por fazer a experiência de Cristo vivo no interior da comunidade. Porquê? Porque no “dia do Senhor” volta a estar com a sua comunidade. 

É uma alusão clara ao Domingo, ao dia em que a comunidade é convocada para celebrar a Eucaristia: é no encontro com o amor fraterno, com o perdão dos irmãos, com a Palavra proclamada, com o pão de Jesus partilhado, que se descobre Jesus ressuscitado.


ORAÇÃO
Nós Te damos graças por este primeiro dia da semana, que se renova todos os oito dias depois da Páscoa de Jesus, e pelo Sopro do teu Espírito Santo, que renova as nossas comunidades na Eucaristia.
Que a tua paz esteja sempre conosco. Sopra o teu Espírito, que Ele guie a nossa fé e que nós possamos confessar-Te: Meu Senhor e meu Deus.


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