domingo, novembro 30, 2014

PRIMEIRO DOMINGO DO ADVENTO, 2014


A partir de hoje até o dia do Batismo do Senhor, o domingo seguinte à Epifania, percorreremos com a fé e o amor seis semanas litúrgicas de “tempo forte” que celebramos a Boa Notícia: a vinda do Senhor. Advento é um tempo anual para contemplar a vinda de Cristo ao mundo, esperá-la, desejá-la, prepará-la nas nossas vidas e, em definitiva, celebrá-la.
Na expectativa do Natal, e com um profundo exame de consciência na espera do Senhor que vem, preparamos nossa casa para alguém que, longe de ser um hóspede, é o dono e Senhor do mundo e da nossa vida. O pedido de Isaías — “Ah, se rompesses os céus e descesses!” — já foi atendido. Basta que abramos as portas do nosso coração.
Homilia de Padre Marcos Belizário Ferreira no
PRIMEIRO DOMINGO DO ADVENTO, 2014
Nem sempre é o desespero que destrói em nós a esperança e o desejo de continuar caminhando diariamente cheios de vida. Ao contrário, poder-se-ia dizer que a esperança vai se diluindo em nós quase sempre de maneira silenciosa e quase imperceptível.
Talvez sem dar-nos conta, nossa vida vai perdendo cor e intensidade. Pouco a pouco parece que tudo começa a ser pesado e tedioso. Vamos fazendo mais ou menos o que temos que fazer, mas a vida não “satisfaz”.
Um dia comprovamos que a verdadeira alegria foi desaparecendo de nosso coração. Já não somos capazes de saborear o que há de bom, de belo e de grande na existência
Pouco a pouco tudo foi se complicando para nós. Talvez já não esperemos grande coisa da vida nem de ninguém. Já não cremos nem sequer em nós mesmos. 
Tudo parece inútil e quase sem sentido.
A amargura e o mau humor se apoderam de nós cada vez com mais facilidade. Já não cantamos. De nossos lábios não saem senão sorrisos forçados. Faz tempo que não conseguimos rezar.
Talvez comprovemos com tristeza que nosso coração foi se endurecendo e hoje não amamos quase ninguém de verdade. Incapazes de acolher e escutar os que encontramos diariamente em nosso caminho, só sabemos queixar-nos, condenar e desqualificar.
Pouco a pouco fomos caindo no ceticismo , na indiferença ou na “preguiça total”. Tendo cada vez menos forças para tudo o que exige verdadeiro esforço e superação, já não queremos correr novos riscos. Não vale a pena. 
Preocuparmos com muitas coisas que nos pareciam importantes, a vida nos foi escapando. Envelhecemos interiormente e algo está a ponto de morrer dentro de nós. O que podemos fazer?
A primeira coisa é despertar e abrir os olhos. 
Todos estes sintomas são indício claro de que temos a vida mal projetada. Esse mal-estar que sentimos é o toque de alarme que começou a soar dentro de nós.

Nada está perdido. Não podemos de repente sentir-nos bem conosco mesmos, mas podemos reagir. Precisamos perguntar-nos o que é que descuidamos até agora, o que é que precisamos mudar, a que devemos dedicarmos mais atenção e mais tempo. As palavras de Jesus são dirigidas a todos: “Vigiai!” Talvez devamos tomar hoje mesmo alguma decisão.
A Arquidiocese do Rio de Janeiro celebra o Ano da Esperança, instituído pelo nosso 11º PPC para 2014 e 2015. A Igreja do Brasil nos convida a viver desde agora um tempo de trabalho pela
paz. A Novena do Natal nos convoca ao encontro fraterno, no pequeno grupo que reza,
partilha a vida e se prepara para bem acolher o Senhor.

Paróquia São Conrado
Pároco: Pe Marcos Belizário Ferreira
Imagens: Paula Brasil

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VIAGEM APOSTÓLICA DO PAPA FRANCISCO À TURQUIA - NOV/2014


"Quero expressar meus sinceros bons votos para que a Turquia, a ponte natural entre dois continentes, que não seja apenas uma  encruzilhada, mas também um lugar de encontro, de diálogo e convivência pacífica entre os homens e mulheres de boa vontade de cada cultura, etnia e religião.

O Santo Padre salientou que “as boas relações e o diálogo entre líderes religiosos revestem-se de grande importância. Constituem uma mensagem clara dirigida às respetivas comunidades” pois vivemos “num tempo de crises” em particular em algumas áreas do mundo onde acontecem “verdadeiros dramas para populações inteiras.” “Guerras que semeiam vítimas e destruições, tensões e conflitos interétnicos e inter-religiosos, fome e pobreza…” –  declarou o Papa Francisco referindo-se às centenas de milhões de vítimas.

“Verdadeiramente trágica é a situação no Médio Oriente, especialmente no Iraque e na Síria. Todos sofrem com as consequências dos conflitos, e a situação humanitária é angustiante. Penso em tantas crianças, nos sofrimentos de tantas mães, nos idosos, nos deslocados e refugiados, nas violências de todo o gênero.”
O Santo Padre afirmou então que a responsabilidade dos chefes religiosos é a de “denunciar todas as violações da dignidade e dos direitos humanos”. O Papa Francisco considerou ainda que “a denúncia deve ser acompanhada pelo trabalho comum para se encontrarem soluções adequadas. Isto requer a colaboração de todas as partes: governos, líderes políticos e religiosos, representantes da sociedade civil e todos os homens e mulheres de boa vontade.”
Citando S. João Paulo II no discurso proferido à comunidade católica de Ancara em 1979 o Papa Francisco afirmou que: “Reconhecer e desenvolver esta convergência espiritual – através do diálogo inter-religioso – ajuda-nos também a promover e defender, na sociedade, os valores morais, a paz e a liberdade”. Neste particular o Santo Padre citou o exemplo do povo turco:

“A este respeito, queria exprimir o meu apreço por quanto está a fazer o povo turco inteiro, muçulmanos e cristãos, pelas centenas de milhares de pessoas que fogem dos seus países por causa dos conflitos. São dois milhões -isto é um exemplo concreto de como trabalhar em conjunto para servir os outros, um exemplo que deve ser incentivado e apoiado.”
No final do seu discurso o Papa Francisco declarou a sua satisfação a propósito das boas relações e da cooperação entre o Diyanet e o Conselho Pontifício para o Diálogo Inter-religioso fazendo votos para que continuem e se consolidem como autêntico sinal de esperança para um mundo tão necessitado de paz, segurança e prosperidade.
Na manhã de sábado, dia 29 de novembro o Santo Padre viajou de avião de Ankara para Istambul. E visitou o Museu de Santa Sofia e a Mesquita  Sultão Ahmet conhecida também como Mesquita Azul, uma mesquita otomana construída entre 1609 e 1616.
O Museu de Santa Sofia, antiga basílica dedicada à Divina Providência, em cujo livro de Ouro, escreveu em grego "Santa Sofia de Deus" e em latim: “Quam dilecta tabernacula tua Domine!” (Como são amáveis as vossas moradas, Senhor dos exércitos!). Contemplando a beleza e a harmonia deste lugar sagrado, a minha alma se eleva ao Todo-poderoso, fonte e origem de toda beleza, e peço ao Altíssimo para guiar sempre os corações da humanidade no caminho da verdade, da bondade e da paz”. (Sl 83)

MISSA CELEBRADA NA CATEDRAL DO ESPÍRITO SANTO, EM ISTAMBUL
“O Espírito Santo é a alma da Igreja. Ele dá a vida, suscita os diversos carismas que enriquecem o povo de Deus e sobretudo cria a unidade entre os crentes”, afirmou o Papa Francisco neste sábado, 29, durante sua viagem à Turquia. O Santo Padre presidiu a Santa Missa na Catedral do Espírito Santo em Istambul e, em sua homilia, destacou a ação do Espírito Santo na vida da Igreja e de cada fiel.
“Quando rezamos, fazemo-lo porque o Espírito Santo suscita a oração no coração. Quando rompemos o círculo do nosso egoísmo, saímos de nós mesmos e nos aproximamos dos outros para encontrá-los, escutá-los, ajudá-los, foi o Espírito de Deus que nos impeliu. Quando descobrimos em nós uma capacidade inusual de perdoar, de amar a quem não gosta de nós, foi o Espírito que Se empossou de nós. 
Quando deixamos de lado as palavras de conveniência e nos dirigimos aos irmãos com aquela ternura que aquece o coração, fomos de certeza tocados pelo Espírito Santo”, explicou.
Francisco disse ainda que a Igreja e as Igrejas são chamadas a deixarem-se guiar pelo Espírito Santo, colocando-se numa atitude de abertura, docilidade e obediência.
E nós, cristãos, tornamo-nos autênticos discípulos missionários, capazes de interpelar as consciências, se abandonarmos um estilo defensivo para nos deixamos conduzir pelo Espírito”, esclareceu.

MESQUITA SULTAN AHMET - ISTAMBUL
Ao chegar a Istambul na manhã de sábado (29), o Papa se dirigiu para a Mesquita Sultan Ahmet, conhecida como Mesquita Azul, uma das mais importantes de Istambul.
Na Mesquita o Pontífice foi recebido pelo Grão-Mufti, por outro Mufti e por dois Imames. Em respeito à tradição, entrou sem calçados. Na Mesquita, o Grão Mufti explicou ao Papa alguns versículos do Alcoorão. 

“Tratou-se de uma adoração silenciosa”, precisou o Diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, Padre Federico Lombardi, destacando que durante a visita à Mesquita o Papa falou duas vezes “devemos adorar a Deus”, acrescentando que “não devemos somente louvá-lo e glorificá-lo, mas devemos adorá-lo”. “Foi um belo momento de diálogo inter-religioso”, destacou Padre Lombardi, “a mesma, idêntica coisa que fez Bento XVI há oito anos”. O primeiro Pontífice a entrar em um templo muçulmano, foi João Paulo II em 6 de maio de 2001, na Mesquita de Ommayadi, em Damasco.


FRANCISCO A BARTOLOMEU: "SOMOS IRMÃOS NA ESPERANÇA" 
O Papa Francisco concluiu no segundo dia de atividades, em terras turcas, participando na igreja de São Jorge, no “Phanar”, sede do Patriarcado Ecumênico, de um encontro de Oração Ecumênica com o Patriarca Bartolomeu I. Durante a doxologia, o Patriarca de Constantinopla fez uma breve alocução de saudação ao Santo Padre. A seguir, o Papa pronunciou seu discurso dizendo, inicialmente, que “a noite traz sempre um sentimento misto de gratidão, pelo dia vivido, e de entrega trepidante pela noite que cai. E acrescentou:
“Nesta noite, o meu espírito transborda de gratidão a Deus, que me permitiu estar aqui para rezar junto com Vossa Santidade e com esta Igreja irmã, no final de um dia intenso de visita apostólica; ao mesmo tempo, o meu espírito anela por aquele dia, que, liturgicamente, começamos: a festa de Santo André Apóstolo, Patrono desta Igreja”.
Com as palavras do profeta Zacarias, disse o Pontífice, o Senhor nos deu, mais uma vez, nesta oração vespertina, o fundamento que está à base da expectativa, de um dia fixar sobre a rocha firme, os nossos passos juntos, com alegria e esperança. E, dirigindo-se ao venerado e querido Irmão Bartolomeu I, o Papa disse:

“Sinto que a nossa alegria é ainda maior, porque a fonte está mais além, não está em nós, nem no nosso empenho, nem nos nossos esforços, que existem, ... está na comum entrega à fidelidade de Deus, que lança as bases para a reconstrução do seu templo que é a Igreja. Eis a semente da paz! Eis a semente da alegria! Uma paz e uma alegria que o mundo não pode dar, mas que o Senhor Ressuscitado prometeu aos seus discípulos, no poder do Espírito Santo”.
André e Pedro ouviram esta promessa, receberam este dom. Eram irmãos de sangue, mas o encontro com Cristo transformou-os em irmãos na fé e na caridade. E nesta noite jubilosa, nesta oração de vigília, o Papa acrescentou: “irmãos na esperança”:
“Que grande graça, Santidade, poder ser irmãos na esperança do Senhor Ressuscitado! Que grande graça e que grande responsabilidade poder caminhar juntos nesta esperança, sustentados pela intercessão dos Santos irmãos Apóstolos, André e Pedro! E saber que esta esperança comum não desilude, porque está fundada, não sobre nós e nas nossas pobres forças, mas na fidelidade de Deus”.
Com esta jubilosa esperança, transbordante de gratidão e trepidante expectativa, o Santo Padre concluiu suas palavras, formulando, a Vossa Santidade, aos presentes e à Igreja de Constantinopla, seus votos cordiais e fraternos pela festa do Santo André, Patrono do Patriarcado Ecumênico de Constantinopla.

"DIÁLOGO AUTÊNTICO É ENCONTRO ENTRE PESSOAS COM NOME E ROSTO"
O Papa Francisco iniciou seu terceiro e último dia da viagem Apostólica à Turquia com uma Missa privada na Representação Pontifícia de Istambul. Após, encontrou o Grão-Rabino da Turquia, Isak Haleva, responsável pela segunda maior comunidade judaica judaica em um país de maioria muçulmana, após o Irã.
Esse momento de encontrou foi, segundo Francisco, uma das dimensões essenciais do caminho para o restabelecimento da plena comunhão, caminho do qual também faz parte o diálogo teológico.
O Santo Padre ressaltou que, nesse caminho de comunhão, é importante respeitar não só as tradições litúrgicas e espirituais, mas também as disciplinas canônicas que regulam a vida dessas Igrejas. Não se trata de submissão ou absorção de um ao outro, disse o Papa, mas de acolhimento dos dons que Deus deu cada um.
“Quero assegurar a cada um de vós que, para se chegar à suspirada meta da plena unidade, a Igreja católica não tem intenção de impor qualquer exigência, exceto a da profissão da fé comum, e que estamos prontos a buscar juntos, à luz do ensinamento da Escritura e da experiência do primeiro milênio, as modalidades pelas quais garantir a necessária unidade da Igreja nas circunstâncias atuais: a única coisa que a Igreja católica deseja e que eu procuro como Bispo de Roma, «a Igreja que preside na caridade», é a comunhão com as Igrejas ortodoxas”.

 DECLARAÇÃO CONJUNTA: DIÁLOGO E RECONCILIAÇÃO PARA RESOLVER CONFLITOS
O Papa Francisco e o Patriarca Bartolomeu I assinaram neste domingo, 30, uma declaração conjunta reafirmando suas intenções e preocupações comuns. Eles abordam a situação no Oriente Médio e a consequente necessidade de paz e também destacam que é preciso solidariedade entre os povos. A assinatura do documento foi um dos últimos compromissos do Santo Padre na Turquia, sua sexta viagem internacional.

Vatican.va

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sábado, novembro 29, 2014

DOM ROQUE COSTA SOUZA CELEBRA NA CAPELA NOSSA SENHORA DAS GRAÇAS EM VILA CANOAS - SÃO CONRADO


HOMILIA DE DOM ROQUE COSTA SOUZA NA CELEBRAÇÃO EUCARÍSTICA EM HONRA À NOSSA SENHORA DAS GRAÇAS NA CAPELA DEDICADA A ELA EM VILA CANOAS, SÃO CONRADO, RJ 
“Celebramos Nossa Senhora das Graças ou Nossa Senhora da Medalha Milagrosa, lembrando o testemunho de uma jovem freira, que recebeu a mensagem de Nossa Senhora, para propagar uma 
 devoção que nos alcança até hoje, quando olhamos a imagem de Nossa Senhora das Graças que derrama suas graças infinitas e as bênçãos de Deus sobre nós. Estamos sempre atentos a Palavra de Maria em todos esses momentos, que Ela recebe a missão de ser Mãe de todos nós e Mãe da Igreja, e Ela quer compartilhar as graças de Deus.
O Anjo do Senhor  anunciou a Maria: Ave Maria cheia de graça.. o Senhor é contigo, e Maria respondeu: “Eis aqui a serva do Senhor. Faça-se em mim segundo a vossa palavra”. E ela concebeu do Espírito Santo.  E o Verbo divino se fez homem E habitou entre nós.  Ave-Maria, rogai por nós. Deus Conosco “Emanuel”
Dom Roque pergunta a assembleia: O que fez Maria? - Escutou. 
É a Virgem que sabe ouvir a Palavra. Maria é esta mulher de oração, exemplo para nós e da Igreja orante que confia no seu Senhor.
E Maria quando soube que sua prima estava no 6º mês de gravidez, corre apressadamente para se encontrar com sua Isabel. E naquele momento do encontro exclama Isabel: “Bendita é tu entre as mulheres, e bendito é o fruto do teu ventre”.

Maria é esta mulher servidora, é a Igreja serva.Quantos benefícios que a Igreja ao longo desses tempos proporcionou? A Igreja sempre procura servir mesmo nos tempos de muita luta nos  momentos de ilusão, de heresias, e quando, vem as ideologias que são contra a nossa fé.
A Igreja é servidora e coloca-se a serviço com aquele que está sofrendo, que está marginalizado, não só por questões financeiras, por vezes pessoas que estão passando por grandes dificuldades interiores. Quantas enfermidades! Nos hospitais, na área de ensino, nos pobres carentes. E a Igreja está presente nesses momentos, ‘servindo’!
Como Maria. Com Ela nós oramos e servimos. Como nas Bodas de Caná que Maria diz: “Fazei tudo o que Ele vos disser”. E nós queremos ser obedientes como Maria “a serva do Senhor”, e com a Igreja nós caminhamos e queremos contar com essa querida Mãe, que lá no altar da cruz Jesus diz: “Mulher eis aí o Teu Filho”.

Tantos momentos de emoção que podemos ter com Maria, em nossa casa, na comunidade que se conserva na oração, e podemos lembrar Maria em Pentecostes, com os apóstolos na vinda do Espírito Santo”. Dom Roque conclui com a Oração da Ave Maria.
MARIA: PEREGRINA NA FÉ
Maria é a máxima realização da existência cristã. Através de sua fé (Lc 1,45) e obediência à vontade de Deus (Lc 1,38), assim como por sua constante meditação da Palavra e das ações de Jesus (Lc 2,19.51), é a discípula mais perfeita do Senhor.
Interlocutora do Pai no projeto de enviar o verbo ao mundo para a salvação humana, com sua fé, Maria é o primeiro membro da comunidade dos crentes em Cristo e também a colaboradora no renascimento espiritual dos discípulos.
Sua figura de mulher livre e forte emerge do Evangelho, conscientemente orientada para o verdadeiro seguimento de Cristo.
Ela viveu toda a peregrinação da fé como mãe de Cristo e dos discípulos, na incompreensão e na busca constante do projeto do Pai.

MARIA: MÃE DA IGREJA
Com Maria, chega o cumprimento da esperança dos pobres e do desejo de salvação.
- A Virgem de Nazaré teve uma missão única na história da salvação: concebeu, educou e acompanhou seu filho até a cruz.
- Desde a cruz Jesus Cristo confiou a seus discípulos, representados por João, o dom da maternidade de Maria, que nasce diretamente da hora pascal de Cristo (Jo 19,27).
- Perseverando junto aos apóstolos à espera do Espírito (cf. At 1,13-14), ela cooperou com o nascimento da Igreja missionária, imprimindo-lhe um selo mariano que a identifica profundamente.
- Como mãe, fortalece os vínculos fraternos entre todos, estimula a reconciliação e o perdão e ajuda os discípulos de Jesus Cristo a experimentarem como uma família, a família de Deus.
- Em Maria, encontramo-nos com Cristo, o Pai, o Espírito Santo e os irmãos
MARIA E A IGREJA MATERNA
Como na família humana, a Igreja-família é gerada ao redor de uma mãe, que confere “alma” e ternura à convivência familiar. Maria, Mãe da Igreja, além de modelo e paradigma da humanidade, é artífice de comunhão. 
Um dos eventos fundamentais da Igreja é quando o “sim” brotou de Maria. Ela atrai multidões à comunhão com Jesus e sua Igreja, como nos santuários marianos. Por isso, como Maria, a Igreja é mãe. Esta visão mariana da Igreja é o melhor remédio para uma Igreja meramente funcional ou burocrática.
MARIA E A PALAVRA ENCARNADA
Maria, que “conservava todas estas recordações e meditava em seu coração” (Lc 2,19.51), ensina-nos o primado da escuta da Palavra na vida do discípulo e missionário.
O Magnificat está tecido pelos fios da Sagrada Escritura. Em Maria, a Palavra de Deus se encontra em sua casa, de onde sai e entra com naturalidade. Ela fala e pensa com a Palavra de Deus; a Palavra de Deus se faz a sua palavra e sua palavra nasce da Palavra de Deus.
Seus pensamentos estão em sintonia com os pensamentos de Deus, seu querer é um querer junto com Deus. Estando intimamente penetrada pela Palavra de Deus, ela chega a ser mãe da Palavra encarnada (JP2).
O ROSÁRIO
Esta familiaridade com o mistério de Jesus é facilitada pela reza do Rosário, onde: “o povo cristão aprende de Maria a contemplar a beleza do rosto de Cristo e a experimentar a profundidade de seu amor. Mediante o Rosário, o cristão obtém abundantes graças, como recebendo-as das próprias mãos da mãe do Redentor”.
Documento de Aparecida

"IRMÃ DULCE": 5 RAZÕES QUE TE FARÃO AMAR ESSE FILME



Essa é a pergunta que atravessa como um punhal o coração de cada expectador do filme “Irmã Dulce”, que está em cartaz nos cinemas
O filme é inspirado em fatos reais da vida da pequena freira baiana, que viveu e morreu com fama de santidade. 

Nascida em uma família de classe média, Irmã Dulce passou boa parte da infância ajudando os mais pobres, e depois consumiu-se de amor por eles em 60 anos de vida religiosa.

O roteiro é simples e a história de irmã Dulce não é contada em seus mínimos detalhes – nem poderia ser, dado o tamanho de sua obra. Mas os pontos fortes do filme brilham muito mais do que os pontos fracos.
5 motivos pelos quais você vai amar ver esse filme!

1. O filme comunica os elementos da fé católica com integridade mas, muitos filmes que abordam temas relacionados ao universo católico por vezes acabam saindo do foco sendo comuns as distorções sobre a doutrina e as tradições católicas. Mas “Irmã Dulce”, nesse quesito, é notal 10!

A personagem da santa é apresentada como uma autêntica freira católica – uma mulher feliz em sua vocação, profundamente orante e submissa às leis da Igreja. Muito mais do que uma mera “agente social”, Irmã Dulce é retratada como uma mulher que realiza intensamente a sua maternidade.
2. O filme é respeitoso com a Igreja
O filme não esconde – e nem deveria esconder – que Irmã Dulce teve que lutar contra a incompreensão de seus superiores. A missão à qual a santa é impelida por Jesus a realizar (que inclui o socorro aos desvalidos até no meio da madrugada, se necessário) entra em conflito com as regras de sua congregação, que possui normas e horários rígidos.

 A Igreja, afinal, não está aí há mais de 2 mil anos há toa: em tudo há disciplina e ordem.
Essa realidade é contrabalanceada, porém, por uma tolerante flexibilidade, que em três ocasiões permite que a disciplina se relativize para dar apoio às obras de Irmã Dulce. O justo rigor e o justo amor, assim, se harmonizam sempre no seio da Santa Igreja.
3. O filme é bem-humorado
O gênero do filme é certamente o melodrama. Mas isso não impede que o bom humor de Irmã Dulce (muito sutil e elegante) delicie o espectador em várias cenas.
4. O filme é emocionante na medida certa
Não há pieguice no filme. O enredo se desenrola de forma a despertar uma emoção franca, impossível de deter pela própria realidade dos fatos.

Sim, são muitas cenas de pobreza, humilhações e dificuldades, mas ninguém deixa a sala do cinema triste: o espectador fica com a encantadora sensação de que essa vida vale a pena ser vivida, especialmente se for uma vida doada e compartilhada com amor.
5. O filme evangeliza
A centralidade da mensagem evangélica – amar o próximo como a nós mesmos – é comunicada com louvor. Ali estão mostrados os frutos de uma vida radicalmente entregue a Cristo, na castidade, renúncia, humildade, perseverança e fé.
O que você está esperando???

Texto: blog “O Catequista”
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CONGRESSO INTERNACIONAL DA PASTORAL NAS GRANDES CIDADES


Este o fulcro das palavras dirigidas pelo Papa Francisco aos 25 cardeais e bispos que participaram na segunda fase do Congresso internacional da pastoral nas grandes cidades, realizado nos dias passados em Barcelona e que teve a sua conclusão na Basílica da Sagrada Família, obra do grande arquiteto António Gaudí.

O Congresso foi dividido em duas partes, uma realizada de 22 a 24 de Maio e em que tomaram parte peritos em sociologia, pastoral e teologia e outra nos dias 24 e 25 do corrente mês em que participou um importante número de cardeais e arcebispos provenientes de grandes cidades dos cinco continentes e que foram recebidos esta quinta-feira em audiência pelo Papa.

E ao receber hoje os acima referidos cardeais e arcebispos, o Papa Francisco solicitou uma mudança da mentalidade pastoral a fim de “aumentar a nossa capacidade de dialogar com as diversas culturas”, “valorizar” a religiosidade dos povos, partilhando pão e Evangelho com os mais pobres.

Traçando um quadro dos aglomerados urbanos de hoje, o Papa mostrou como é necessário “reposicionar os nossos pensamentos e as nossas atitudes por forma a não “permanecer desorientados”, confundindo também “o povo de Deus”. A proposta do Papa é, portanto, a de “uma verdadeira transformação eclesial em chave missionária: “Uma mudança de mentalidade: do receber ao sair, do esperar que venham ter conosco ao ir procurá-los. Para mim esta é a chave! Sair para encontrar Deus que habita na cidade e nos pobres. 
Sair para se encontrar com eles, para ouvir, abençoar, para caminhar com as gentes. E facilitar o encontro com o Senhor. Tornar acessível o sacramento do Batismo. Igrejas abertas. Secretarias com horários para pessoas que trabalham. Catequeses que se adaptam, no conteúdo e nos horários, às cidades”.

A Igreja – recordou o Papa – Tem “uma prática pastoral secular” em que “era a única referente da cultura” e “sentiu, portanto, a responsabilidade de delinear, e de impôr, não só as formas culturais, mas também valores”. Mas o Papa fez notar que já não estamos nessa época: “Já passou. Já não estamos na cristandade. Hoje já não somos os únicos que produzem cultura, nem os primeiros, nem os mais ouvidos. Temos, portanto, necessidade de uma mudança de mentalidade  pastoral, mas não de uma “pastoral relativista” que querendo estar na “cozinha cultural” perde o horizonte evangélico, deixando o homem confiado a si mesmo e emancipado da mão de Deus”.

Com este comportamento, não se teria “verdadeiro interesse pelo homem”; esconder-se-lhe-ia “Jesus e a verdade sobre o próprio homem”: “É necessário ter a coragem de fazer uma pastoral evangelizadora audaz e sem temor, porque o homem, a mulher, a família e os vários grupos que habitam a cidade esperam de nós (e têm necessidade dela para a sua vida), a Boa Nova que é Jesus e o seu Evangelho.
Muitas vezes ouço dizer que se tem vergonha de expor-se. Devemos trabalhar no sentido de não ter vergonha ou recuo no anunciar Jesus.”

Um diálogo pastoral sem relativismo, explicou o Papa, é aquele que não negocia a própria identidade cristã, mas que deseja chegar ao coração do outro, dos outros diferentes de nós e ali semear o Evangelho”. Sem recusar, portanto, “o contributo das diversas ciências para conhecer o fenômeno urbano”, é preciso descobrir “o fundamento das culturas, sedentas de Deus, na sua profundidade”, conhecendo “os imigrados e as cidades invisíveis, isto é os grupos e os territórios humanos que se identificam nos seus símbolos, linguagens, ritos e formas para contar a vida”.
Por outro lado, recordou o Papa, “Deus habita na cidade”: é preciso ir procurá-lo e parar “lá onde Ele está a agir”. O convite é, portanto, no sentido de  “descobrir, na religiosidade dos nossos povos, o autentico substrato religioso, que em muitos casos é cristão e católico”

Mesmo nas expressões de “religiosidade natural” é, portanto, possível começar “o diálogo evangelizador” tal como já aconteceu na Igreja que está na América Latina e nas Caraíbas, que, desde há alguns decênios “deu-se conta da força religiosa, que vem sobretudo das maiorias pobres”: “Deus continua a falar-nos hoje, como sempre fez, através dos pobres, do “resto”. De forma geral, as grandes cidades são hoje habitadas por numerosos migrantes e pobres, que provêm das zonas rurais, ou doutros continentes, com outras culturas”.
A realidade da cidade de que não se pode, portanto, prescindir, é a dos pobres, dos excluídos, dos descartados:
“A Igreja não pode ignorar o seu grito, nem entrar no jogo dos sistemas injustos, mesquinhos e interessados que procuram torná-los invisíveis. Tantos pobres, vítimas de antigas e novas pobrezas.

Há novas pobrezas! Pobrezas estruturais e endêmicas que estão a excluir gerações de famílias. Pobrezas econômicas, sociais, morais e espirituais. Pobrezas que marginalizam e descartam pessoas, filhos de Deus. Na cidade, o futuro dos pobres é mais pobre”.

O convite do Papa Francisco – inspirando-se nos ensinos de Bento XVI – é a de “aprender a suscitar a fé”, através da catequese e não só, voltando a suscitar “a curiosidade e o interesse por Jesus Cristo”, mediante uma Igreja samaritana: na pastoral urbana, a qualidade será dada pela capacidade de testemunho que saberá dar, juntamente com cada cristão: “Com o testemunho podemos incidir nos núcleos mais profundos, lá onde nasce a cultura. Através do testemunho, a Igreja semeia o grão de mostarda, mas fá-lo no próprio coração das culturas que se estão a gerar nas cidades”.

Um testemunho concreto de misericórdia e ternura “que procura estar presente nas periferias existenciais e pobres”, poderá ajudar os cristãos no “construir uma cidade na justiça, na tolerância, e na paz”: para além de ser através duma colaboração com “irmãos de outras Igrejas e comunidades eclesiais” e da pastoral ecumênica caritativa, isto será também mediante o empenho das Caritas e de outras organizações sociais da Igreja, dos mesmos pobres e dos leigos.

“Também a liberdade do leigo. Porque o que nos torna prisioneiros, que não faz abrir as portas de par em par, é uma “a doença do clericalismo”.
(DA con GA)

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quinta-feira, novembro 27, 2014

NOSSA SENHORA DAS GRAÇAS DA MEDALHA MILAGROSA


“...uma Senhora de mediana estatura, de rosto muito belo e formoso... Estava de pé, com um vestido de seda, cor de branco-aurora. Cobria-lhe a cabeça um véu azul, que descia até os pés... As mãos estenderam-se para a terra, enchendo-se de anéis cobertos de pedras preciosas. 
A Santíssima Virgem disse-me: ‘Eis o símbolo das Graças que derramo sobre todas as pessoas que me pedem ...’ Formou-se então, em volta de Nossa Senhora, um quadro oval, em que se liam, em letras de ouro, estas palavras: ‘Ó Maria concebida sem pecado, rogai por nós, que recorremos a Vós’”.
Depois disso o quadro que eu via virou-se, e eu vi no seu reverso: a letra M, tendo uma cruz na parte de cima, com um traço na base. Por baixo: o Sagrado Coração de Jesus e o Sagrado Coração de Maria. 
O de Jesus, cercado por uma coroa de espinhos em chamas, e o de Maria também em chamas e atravessado por uma espada, cercado de doze estrelas. 
Ao mesmo tempo, ouvi distintamente a voz da Senhora, a dizer-me: ‘Manda, manda cunhar uma medalha por este modelo. As pessoas que a trouxeram, com devoção, hão de receber muitas graças”. 
 Zac 2, 14-17 - Leitura da Profecia de Ezequiel  
Exulta e alegra-te, filha de Sião, porque Eu venho habitar no meio de ti - oráculo do Senhor. Nesse dia, muitas nações hão-de aderir ao Senhor; elas serão o meu povo e Eu habitarei no meio de ti.
Então reconhecerás que o Senhor do Universo me enviou as ti. O Senhor voltará a possuir Judá, como sua herança na terra santa, e Jerusalém será de novo a cidade escolhida. Cala-se toda a criatura diante do Senhor, porque Ele Se levantou da sua santa morada.
 Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João - Jo 2, 1-11
"Naquele tempo,  realizou-se um casamento em Caná da Galileia e estava lá a Mãe de Jesus.
Jesus e seus discípulos foram também convidados para o casamento. A certa altura faltou o vinho.
Então a Mãe de Jesus disse-lhe: “Não tem vinho”.
Jesus respondeu-Lhe: “Mulher que temos nós com isso? Ainda não chegou a minha hora”.
Sua Mãe disse ao serventes: “Fazei tudo o que Ele vos disser” Havia ali seis talhas de pedra, destinadas à purificação dos Judeus, e cada uma levava duas ou três medidas. Disse-lhes Jesus: “Enchei essas talhas de água”. Eles encheram-nas até acima. Depois disse-lhes: “Tirai agora e levai ao chefe de mesa”. E eles levaram.
Quando o chefe de mesa provou a água transformada em vinho, -  ele  não sabia de onde viera, pois só os serventes, que tinham, tirado a água, sabiam – chamou o noivo e disse-lhe:
“Toda a gente serve primeiro o vinho bom e, depois de os convidados terem bebido bem, serve o inferior. Mas tu guardaste o vinho bom até agora”. Foi assim que em Caná da Galiléia, Jesus deu início aos seus milagres. Manifestou a sua glória e os discípulos acreditaram n’Ele".
Em 27 de novembro de 1830, em Paris, na França;   Nossa Senhora apareceu a uma das Irmãs da Caridade de São Vicente de Paulo, à humilde noviça Santa Catarina Labouré. Ela descreve como lhe foi revelada a Medalha da Imaculada Conceição: A Virgem apareceu sobre um globo, pisando uma serpente e segurando nas mãos um globo menor, oferecendo-o à Deus, num gesto de súplica.
Enquanto A contemplava, Catarina ouviu uma voz que lhe disse: "Este globo que vês representa o mundo inteiro e especialmente a França, e cada pessoa em particular. Os raios são o símbolo das Graças que derramo sobre as pessoas que Me as pedem. Os raios mais espessos correspondem às graças que as pessoas se recordam de pedir. Os raios mais delgados correspondem às graças que as pessoas não se lembram de pedir".
Ó Imaculada Virgem, Mãe de Deus e nossa Mãe, ao contemplar-vos de braços abertos derramando graças sobre os que vo-las pedem, cheios de confiança na vossa poderosa intercessão, inúmeras vezes manifestada pela Medalha Milagrosa, embora reconhecendo a nossa indignidade por causa de nossas inúmeras culpas, acercamo-nos de vossos pés para vos expor, durante esta oração, as nossas mais prementes necessidades (pedir a graça desejada).
Concedei, pois, ó Virgem da Medalha Milagrosa, este favor que confiantes vos solicitamos, para maior glória de Deus, engrandecimento do vosso nome, e o bem de nossas almas.
E para melhor servirmos ao vosso Divino Filho, inspirai-nos profundo ódio ao pecado e dai-nos coragem de nos afirmar sempre verdadeiros cristãos. Amém.

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