"Festejamos, hoje, a Cidade do Céu, a Jerusalém do Alto, nossa mãe, onde
nossos irmãos, os santos, vos cercam e cantam eternamente o vosso louvor.
Para essa cidade caminhamos, pressurosos, peregrinando na penumbra da
fé. Contemplamos, alegres, na vossa luz tantos membros da Igreja, que nos dais
como exemplo e intercessão".
Evangelho (Mt 5,1-12a): Naquele
tempo, Vendo as multidões, Jesus subiu à montanha e sentou-se. Os discípulos
aproximaram-se, e ele começou a ensinar: Felizes os pobres no espírito, porque
deles é o Reino dos Céus. Felizes os que choram, porque serão consolados.
Felizes os mansos, porque receberão a terra em herança. Felizes os que têm fome
e sede da justiça, porque serão saciados.
Felizes os misericordiosos, porque
alcançarão misericórdia. Felizes os puros de coração, porque verão a Deus.
Felizes os que promovem a paz, porque serão chamados filhos de Deus. Felizes os
que são perseguidos por causa da justiça, porque deles é o Reino dos Céus.
Felizes sois vós, quando vos injuriarem e perseguirem e, mentindo, disserem
todo mal contra vós por causa de mim. Alegrai-vos e exultai, porque é grande a
vossa recompensa nos céus. Pois foi deste modo que perseguiram os profetas que
vieram antes de vós.
Homilia de Padre Marcos Belizário Ferreira
Quem lê com atenção o texto de São Mateus vê que as bem-aventuranças
são, no fundo, uma anterior biografia escondida de Jesus, um retrato da sua
figura. Ele, que não tem onde reclinar a cabeça , é o verdadeiro pobre; Ele, que
de si pode dizer: vinde a mim, porque Eu sou manso e humilde de coração, é o
verdadeiro manso; Ele é quem é puro de coração e, por isso, vê permanentemente
Deus.
Ele é o construtor da paz, aquele que sofre por causa de Deus: nas
bem-aventuranças aparece o mistério de Cristo. E elas nos chamam para a
comunhão com Cristo. Mas precisamente por causa do seu caráter cristológico
escondido, as bem-aventuranças são também instruções para a Igreja, que nelas
deve reconhecer o seu modelo – instruções para o seguimento, que toca a cada um
individualmente, ainda que segundo a pluralidade das vocações, de diferentes
modos.
“Pobres em espírito”: homens e mulheres que não brilham com as suas
capacidades. Não se apresentam diante de Deus como uma espécie de parceiros de
negócios em pé de igualdade, que elevam os seus atos à pretensão de uma
recompensa correspondente. São homens e mulheres que se sabem também
interiormente pobres, que amam, que simplesmente querem deixar-se oferecer por
Deus e precisamente assim viver em interior concordância com a Palavra de Deus. CIC
"O Batismo faz de
nós membros do corpo de Cristo. "Desde então [...], somos nós membros uns dos
outros." (Ef 4, 25). O Batismo incorpora na Igreja. Das fontes batismais nasce
o único povo de Deus da Nova Aliança, que ultrapassa todos os limites naturais
ou humanos das nações, das culturas, das raças e dos sexos: "Por isso é que
todos nós fomos batizados num só Espírito, para formarmos um só corpo" (1 Cor 12,
13)". Papa Emérito Bento XVI
No Novo Testamento, Jesus, o Santo de Deus, assume nossa realidade
humana. N’Ele, Deus se torna nosso próximo, nosso companheiro de viagem. Desde então,
ser santo, mais do que ser separado, é estar unido a Ele, como os ramos estão
unidos à videira.
Oração
Pai Santo, por vosso amor nos chamais à santidade. Reconhecemos que, sem
a vossa graça, nunca chagaremos a ser santos. Olhando nossa fraqueza e olhando
o mundo que nos cerca, nós vos pedimos que envieis sobre nós o vosso Espírito
para que, por Ele fortalecidos, alcancemos a meta que para todo ser humano
desejais.