Após uma longa batalha contra problemas de saúde, que em seus últimos
dias o privaram até de falar, o polonês Karol Wojtyla morre naquele sábado, 2 de abril de 2005.
O velório de João Paulo II entrou para a história por ser o maior encontro único de chefes de Estado. Quatro reis, cinco rainhas e pelo menos 70 presidentes e primeiros-ministros, além de 14 líderes de outras religiões, compareceram ao Vaticano.
Desde o funeral, os peregrinos começaram a aclamar
João Paulo II "santo súbito".
A campanha
ganhou tamanha dimensão mundial que fez com que Wojtyla fosse beatificado em
tempo recorde.
No dia 1 de maio de 2011, novamente uma multidão lotava a praça
São Pedro para proclamar João Paulo II beato, em uma cerimônia conduzida pelo
papa Bento XVI, que foi o responsável por acelerar o processo canônico devido
ao clamor popular.
Em 27 de abril de 2014, foi a vez de Francisco conduzir a celebração que santificou o Papa polonês. Em suas poucas aparições desde que renunciou à liderança da Igreja, Bento XVI também compareceu ao ato.
No último
domingo (29), Francisco fez questão de recordar seu antecessor na tradicional
missa de Ramos.
Dirigindo-se aos jovens e evocando a relação de João Paulo II com os adolescentes, Francisco convidou os fiéis a participarem da Jornada Mundial da Juventude de 2016, que será realizada em Cracóvia, na Polônia, em homenagem a Wojtyla.
Um papa do mundo Karol Woytila foi eleito papa a 16 de outubro de 1978 e fez, no decurso de quase 27 anos de pontificado - o terceiro mais longo da história da Igreja Católica - mais viagens, canonizações e beatificações do que qualquer outro dos antecessores.
O papa polaco foi quem procedeu a mais
canonizações (488) e beatificações (1.345) da história da Igreja Católica.
João
Paulo II foi ainda quem mais bispos e cardeais ordenou (231 cardeais em nove
consistórios), entre eles o então arcebispo de Buenos Aires Jorge Mario
Bergoglio, atualmente papa Francisco, a 21 de fevereiro de 2001.
O polaco Karol
Woytila, um dos papas mais poliglotas de sempre - falava praticamente todas as
línguas ocidentais e uma grande parte das do leste, bem como latim e grego -
foi também o chefe da Igreja Católica mais viajado.
Zenit.org
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