quinta-feira, abril 02, 2015

UMA SEMANA ESPECIAL

NEM TODO DIA É SANTO, NEM TODA SEMANA. MAS ESSA É. E ESPECIAL. A SEMANA SANTA. 

Nesta semana, “manteremos o olhar fixo sobre Jesus Cristo: nele encontra plena realização toda a ânsia e anelo do coração humano. 

A alegria do amor, a resposta ao drama da tribulação e do sofrimento, a força do perdão diante da ofensa recebida e a vitória da vida sobre o vazio da morte... 
Nele, morto e ressuscitado para a nossa salvação, encontram plena luz os exemplos de fé que marcaram esses dois mil anos da nossa história da salvação” (Porta Fidei). 
 “A missão, que trouxe Jesus entre nós, atinge o seu cumprimento no mistério pascal. Do alto da cruz, donde atrai todos a Si (Jo 12, 32), antes de ‘entregaro Espírito’, Jesus diz: ‘Tudo está consumado’ (Jo 19, 30). 

No mistério da sua obediência até à morte, e morte de cruz (Fil 2, 8), cumpriu-se a nova e eterna aliança. Na sua carne crucificada, a liberdade de Deus e a liberdade do homem juntaram-se definitivamente num pacto indissolúvel, válido para sempre. 
Também o pecado do homem ficou expiado, uma vez por todas, pelo Filho de Deus (Hb 7, 27; 1 Jo 2, 2; 4, 10)... No mistério pascal, realizou-se verdadeiramente a nossa libertação do mal e da morte” (Bento XVI, Sacramentum Charitatis). 
Do paradoxo da Cruz surge a resposta às nossas interrogações mais inquietantes. Cristo sofre por nós: Ele assume sobre si os sofrimentos de todos e redime-os. 
Cristo sofre conosco, dando-nos a possibilidade de partilhar com Ele os nossos sofrimentos. Juntamente com o de Cristo, o sofrimento humano torna-se meio de salvação. 
Eis por que o crente pode dizer com São Paulo: "Agora alegro-me nos sofrimentos que suporto por vós e completo na minha carne o que falta às tribulações de Cristo, pelo seu
Corpo, que é a Igreja" (Cl 1, 24). 
O sofrimento, aceite com fé, torna-se a porta para entrar no mistério do sofrimento redentor do Senhor. Um sofrimento que já não priva da paz e da felicidade, porque é iluminada pelo esplendor da ressurreição”  (S. João Paulo II).
“‘Humilhou-Se a Si mesmo’ (Fl 2, 8). A humilhação de Jesus. Nesta Semana, a Semana Santa, que nos leva à Páscoa, caminharemos por esta estrada da humilhação de Jesus. E só assim será «santa» também para nós!

 Esta palavra desvenda-nos o estilo de Deus e, consequentemente, o que deve ser do cristão: a humildade. Um estilo que nunca deixará de nos surpreender e pôr em crise: não chegamos jamais a habituar-nos a um Deus humilde!... 
Este é o caminho de Deus, o caminho da humildade. É a estrada de Jesus; não há outra... Há outro caminho, contrário ao caminho de Cristo: o mundanismo. O mundanismo oferece-nos o caminho da vaidade, do orgulho, do sucesso... É o outro caminho...

Durante esta Semana, empreendamos também nós decididamente esta estrada da humildade, com tanto amor por Ele, Nosso Senhor e Salvador.
  Será o amor a guiar-nos e a dar-nos força. E, onde Ele estiver, estaremos também nós (cf. Jo 12, 26)” (Papa Francisco, Homilia do Domingo de Ramos, 29-3-2015).
Dom Fernando Arêas Rifan
Bispo da Administração Apostólica Pessoal São João Maria Vianney

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