sábado, abril 25, 2015

ASSEMBLÉIA GERAL DA CNBB SE ENCERRA EM APARECIDA


O Arcebispo de Brasília (DF), Dom Sérgio da Rocha, foi eleito 1º membro da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) para a 14ª Assembleia do Sínodo dos Bispos sobre a Família. O Bispo de Camaçari (BA), Dom João Carlos Petrini, foi eleito 2º membro. O Arcebispo de Mariana (MG), Dom Geraldo Lyrio Rocha, foi eleito 3° membro, enquanto foi escolhido como 4° membro o Arcebispo de São Paulo (SP), Cardeal Odilo Pedro Scherer.

O Bispo de Osasco (SP), Dom João Bosco Barbosa de Sousa, recém eleito presidente da Comissão para a Vida e a Família da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), foi escolhido como 1º suplente para a 14ª Assembleia do Sínodo dos Bispos sobre a Família. Como segundo suplente foi escolhido o Bispo auxiliar de Brasília (DF), Dom Leonardo Steiner, reeleito secretário geral da CNBB.
O Sínodo convocado pelo Papa Francisco, irá se realizar de 4 a 25 de outubro, no Vaticano, e terá como tema “A Vocação e a Missão da Família na Igreja e no mundo contemporâneo”.
Aconteceu a votação e aprovação do Santuário de São José de Anchieta como Santuário Nacional. 

Na última coletiva de imprensa dos bispos durante a 53ª Assembleia Geral da CNBB, na tarde de 23, encontraram os jornalistas o Bispo de Campos (RJ), Dom Roberto Francisco Ferrería Paz, o Bispo de Barra do Piraí – Volta Redonda (RJ), Dom Francisco Biasin, e o Bispo auxiliar de São Luís (MA), Dom Esmeraldo Barreto de Farias. Os temas da coletiva: Ano da Paz, ecumenismo e cristãos perseguidos e a mensagem pelos 50 anos do diaconato permanente.
Dom Francisco Biasin falou do Ecumenismo e Cristãos Perseguidos, ressaltou a importância de celebrar os 50 anos do Concílio Ecumênico Vaticano Segundo que trata da unidade cristã.
Falou da necessidade de cultivar um diálogo com outras igrejas, para a abertura de novos caminhos e horizontes. Comentou sobre a realidade dos cristãos perseguidos enfatizando: “eles dão a vida por professarem a fé cristão e vivem uma continua ameaça por conta da politica de extermínio.” Citou o genocídio do povo armênio, fato ocorrido na Turquia no século passado. Destacou a importância dos organismos internacionais deterem a violência e não somente atacar. “Temos de orar pelos perseguidores e nunca cultivar o ódio”.
Dom Esmeraldo Barreto de Farias apresentou aos jornalistas a mensagem pelos 50 anos do diaconato permanente. Ao comentar a mensagem dom Esmeraldo falou da marca fundamental de Jesus que é o servir, tema deste ano na Campanha da Fraternidade.
Agradeceu por todos os homens, que fazem parte do diaconato permanente, sendo cerca de 3 mil diáconos, que recebem a graça de serem sinal de Cristo. 

O Bispo de Campos (RJ), Dom Roberto Francisco Ferrería Paz, inicio seu pronunciamento dizendo que “A paz a gente faz”. Ao falar sobre o Ano da Paz, celebrado neste ano de 2015, falou que estamos vivendo um momento de Paz Agredida, que é a falta da paz e o desejo da paz, a paz anunciada, que é a paz que vem de cristo e a paz restaurada que é a vocação de sermos operadores da paz.
Dom Roberto destacou: “A paz é um processo, um caminho. A missão da igreja é anunciar a paz e realizar o nascimento de Cristo em cada coração.” Explicou a necessidade de refletirmos a falta da paz, situação que acontece nas escolas e na família, reforçou a necessidade de uma aliança entre igreja, escola e família para que a paz seja trabalhada.
“CNBB É UM DOM PRECIOSO DO AMOR DO RESSUSCITADO”, DIZ DOM SÉRGIO DA ROCHA

Neste último dia da 53ª Assembleia Geral (AG) da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), a missa de abertura dos trabalhos foi presidida pelo arcebispo de Brasília (DF) e presidente eleito da entidade, dom Sérgio da Rocha. Em sua homilia, ele agradeceu a Deus pela assembleia, pelas diretrizes, estudos e pronunciamentos que resultaram do encontro episcopal. Para dom Sérgio, a presença de Cristo ressuscitado na reunião do episcopado brasileiro iluminou o episcopado ajudando-os a reafirmar que “a CNBB é um dom precioso de seu amor por nós”.

SOMOS UMA IGREJA QUE VIVE DO ENCONTRO COM O SENHOR RESSUSCITADO.
Voltando-se à liturgia, o presidente eleito da CNBB quis indicar três aspectos da vida e da missão da Igreja de modo que estes conduzam a um “tríplice olhar”: para Cristo, para a Igreja e para o povo.
O olhar para Cristo, segundo dom Sérgio, surge do encontro com o Cristo ressuscitado. “A narrativa da conversão de são Paulo nos faz pensar na presença de Jesus na nossa vida e em nossa Igreja. O Senhor que vem a nós nas diferentes situações e nos surpreende com a sua misericórdia, como aconteceu com São Paulo”, explicou.
O chamado à uma “Igreja de discípulos que vivem do encontro com Cristo, que se alimentam da sua palavra e da Eucaristia” e que são evangelizadores é o fruto desse olhar para Cristo.
Ao olhar para a Igreja, afirma dom Sérgio, os discípulos encontram o discernimento sobre a presença e os apelos do Ressuscitado para enxergar com a luz da fé. “Os olhos de Saulo se abriram com a ajuda da Igreja, representada por Ananias, uma Igreja mãe misericordiosa e acolhedora, de portas abertas capaz de acolher tantos caídos por terra como Saulo - incapazes de ver e caminhar, mas necessitados de mãos estendidas e de coração aberto para levantar-se das trevas, recomeçar a vida e caminhar na luz”, lembrou.

Olhar para Cristo e para a Igreja faz com que os discípulos voltem seu olhar para o povo e para a missão, com responsabilidade, de acordo com o arcebispo de Brasília.
“Nós somos e queremos ser cada vez mais uma Igreja missionária, que compartilha a experiência do encontro com Cristo e a alegria do Evangelho no meio do povo, uma Igreja em saída, conforme a palavra do Santo Padre acolhida e enfatizada nas novas diretrizes pastorais. Como Ananias possamos dizer “aqui estou, Senhor”. Como Paulo possamos sair e ir ao encontro de todos, especialmente dos mais pobres e sofredores”, desejou.
“Assim, irmãos e irmãs, possamos sempre caminhar. Com os olhos fixos no Senhor, cheios de fé e de esperança, com o olhar voltado para nossa Igreja a com gratidão, com os olhos e o coração voltados para o nosso povo e a nossa missão com compaixão e responsabilidade”, concluiu dom Sérgio.

Ao final da celebração, todos os bispos dirigiram-se à imagem de Nossa Senhora Aparecida, disposta no altar da basílica para pedir a bênção no retorno aos trabalhos nas respectivas igrejas particulares.

"É NOSSA TAREFA ACOLHER, ASSIMILAR E INTERPRETAR O CONCÍLIO", AFIRMOU CARDEAL ODILO
Ao falar sobre o Concilio Vaticano II, o arcebispo de São Paulo ressaltou que este foi o maior acontecimento eclesial do século XX.

Para dom Odilo, o Concílio não deve ser lembrado como um fato do passado, como se fosse um momento histórico que vai se distanciando. “Permanece como uma tarefa sempre atual. É nossa constante tarefa acolher, assimilar, interpretar de maneira criativa o Concílio diante  da nova realidade cinquenta anos depois. Não estivemos lá, mas somos herdeiros do Concílio e de sua tarefa confiada à Igreja”, afirmou.
“Somos nós os herdeiros desta bênção”, falou referindo-se ao encerramento das comemorações dos 50 anos do Concílio. “Peçamos ao Espírito Santo que nos ilumine e nos fortaleça para manter viva a esperança que o Concílio trouxe. Que saibamos suscitar abundantes frutos para a vida da Igreja e do mundo”, concluiu.

"SUAS VIDAS SÃO PARA NÓS EXEMPLO QUE PERMANECE", DISSE DOM ORANI EM MISSA DEDICADA AOS BISPOS FALECIDOS
“Quantos nomes e quantas histórias teríamos para escutar sobre esses nossos irmãos. Pelos diversos cantos do Brasil eles foram a presença do Cristo Pastor em meio a várias situações que enfrentaram no dia-a-dia de seu pastoreio.

O arcebispo do Rio de Janeiro recordou os “atuais mártires Cristãos”, mortos por professar sua fé em Jesus, e os bispos falecidos. “Ao trabalhar na obra de Deus, acreditando naquele que o Pai enviou, recordamos com carinho tantos irmãos bispos que assim viveram e por Cristo deram suas vidas”, lembrou.
Na memória dos bispos falecidos, Dom Orani pediu que os exemplos dos que partiram edifiquem os membros do episcopado e que “as semeaduras que lançaram à terra ainda prossigam frutificando para a glória de Deus e o bem da sua Igreja”.

BISPOS FALECIDOS DESDE A ÚLTIMA ASSEMBLEIA GERAL DA CNBB
Irecê (BA) – 08/05/2014
 Itumbiara (GO) - 11/05/2014
Porto Alegre (RS) - 13/05/2014
Itaguaí (RJ) – 11/06/2014
Curitiba (PR) - 26/06/2014
Santo Ângelo (RS) – 06/07/2014
 Eparquia de Nossa Senhora do Paraíso em São Paulo 
dos Greco-Melquitas (SP) - 26-07/2014
 Uberaba (MG) – 03/08/2014
Cascavel (PR) – 11/08/2014
 Roraima (RR) – 14/09/2014
Campos (RS) – 15/10/2014
Dourados (MS) – 01/11/2014
 Paranaguá (PR) – 04/12/2014
 Porto Velho (RO) – 29/01/2015
 Paranaguá (PR) – 09/04/2015
Caetité (BA) – 13/04/2015

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