Quase na divisa com o Líbano, o monte Carmelo, com 600 metros de
altitude, situa-se na terra de Israel. “Carmo”, em
hebraico, significa “vinha” e “El” significa “Senhor”, donde Carmelo significa
a vinha do Senhor. Ali se refugiou o profeta Elias, que lá realizou grandes
prodígios, e depois o seu sucessor, Eliseu.
Eles reuniram no monte Carmelo os
seus discípulos e com eles viviam em ermidas. Na
pequena nuvem portadora da chuva após a grande seca, Elias viu simbolicamente
Maria, a futura mãe do Messias esperado.
Assim, Maria foi venerada profeticamente por esses eremitas e, depois da vinda de Cristo, por seus sucessores cristãos, como Nossa Senhora do Monte Carmelo
No século XII, os muçulmanos conquistaram a Terra Santa e começaram a
perseguir os cristãos, entre eles os eremitas do Monte Carmelo, muitos dos
quais fugiram para a Europa.
No ano 1241, o Barão de Grey da
Inglaterra retornava das Cruzadas com os exércitos cristãos, convocados para
defender e proteger contra os muçulmanos os peregrinos dos Lugares Santos, e
trouxe consigo um grupo de religiosos do Monte Carmelo, doando-lhes uma casa no
povoado de Aylesford.
Juntou-se a eles um eremita chamado Simão Stock, inglês
de família ilustre do condado de Kent. De tal modo se
distinguiu na vida religiosa, que os Carmelitas o elegeram como Superior Geral
da Ordem, que já se espalhara pela Europa.
No dia 16 de julho de 1251, no seu convento de Cambridge, na
Inglaterra, rezava insistentemente o santo para que Nossa Senhora lhe desse um
sinal do seu maternal carinho para com a Ordem do Carmo, por ela tão amada, mas
então muito perseguida. A Virgem Santíssima ouviu essas preces
fervorosas de São Simão Stock, dando-lhe, como prova do seu carinho e de seu
amor por aquela Ordem, o Escapulário marrom, como veste de proteção,
fazendo-lhe a célebre e consoladora promessa: “Recebe, meu filho, este
Escapulário da tua Ordem, que será o penhor do privilégio que eu alcancei para
ti e para todos os filhos do Carmo. Todo aquele que morrer com este Escapulário
será preservado do fogo eterno.
É, pois, um sinal de salvação, uma defesa nos
perigos e um penhor da minha especial proteção”. O Papa Pio XII, na carta
dirigida a todos os carmelitas, em 11 de fevereiro de 1950, escreveu que entre
as manifestações da devoção à Santíssima Virgem “devemos colocar em primeiro
lugar a devoção do Escapulário de Nossa Senhora do Carmo que, pela sua
simplicidade, ao alcance de todos, e pelos abundantes frutos de santificação,
se encontra extensamente divulgada entre os fiéis cristãos”.
Mas faz uma
advertência sobre sua eficácia, para que não seja usado como superstição: “O
sagrado Escapulário, como veste mariana, é penhor e sinal da proteção de Deus;
mas não julgue quem o usar poder conseguir a vida eterna, abandonando-se à
indolência e à preguiça espiritual”.
Dom Fernando
Rifan
Bispo da
Administração Apostólica
Pessoal São João
Maria Vianney
Oração a Nossa
Senhora do Carmo
Ó bendita e imaculada Virgem Maria, honra e esplendor do Carmelo! Vós que olhais com especial bondade para quem traz o vosso bendito escapulário, olhai para mim benignamente e cobri-me com o manto da vossa maternal proteção.
Fortificai minha fraqueza com o vosso poder, iluminai as trevas do meu espírito com a vossa sabedoria, aumentai em mim a fé, a esperança e a caridade.
Ó bendita e imaculada Virgem Maria, honra e esplendor do Carmelo! Vós que olhais com especial bondade para quem traz o vosso bendito escapulário, olhai para mim benignamente e cobri-me com o manto da vossa maternal proteção.
Fortificai minha fraqueza com o vosso poder, iluminai as trevas do meu espírito com a vossa sabedoria, aumentai em mim a fé, a esperança e a caridade.
Ornai
minha alma com a graça e as virtudes que a tornem agradável ao vosso divino
Filho. Assisti-me durante a vida, consolai-me na hora da morte com a vossa
amável presença e apresentai-me à Santíssima Trindade como vosso filho e servo
dedicado; e lá do céu, eu quero louvar-vos e bendizer-vos por toda a
eternidade. Amém!
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