“SEDE DISCÍPULOS MEUS, PORQUE SOU MANSO E HUMILDE DE CORAÇÃO, E ENCONTRAREIS DESCANSO PARA VÓS” MT 11, 29.
A HUMILDADE É FONTE DE PAZ, DE FRATERNIDADE E UNIÃO.
Houve quem ficasse surpreso quando, na audiência geral de 29 de maio passado, o Papa Francisco declarou que era pecador: “A Igreja é a grande família dos filhos de Deus. Sem dúvida, ela também tem aspectos humanos; naqueles que a compõem, Pastores e fiéis, existem defeitos, imperfeições e pecados; até o Papa os tem, e tem tantos, mas é bom saber que quando nos damos conta que somos pecadores, encontramos a misericórdia de Deus, que perdoa sempre”.
O Papa Francisco quer nos ensinar a humildade, que começa com a confissão de que somos pecadores. Ele é o vigário de Jesus Cristo na terra. Jesus, sendo Deus santíssimo, tomou sobre si os nossos pecados: “Aquele que não cometeu pecado, Deus o fez pecado por nós, para que nele nós nos tornássemos justiça de Deus (2 Cor 5, 21). Jesus, inocente e puro, quis passar por pecador. Foi assim que ele juntou-se ao povo para receber o batismo de penitência dado por João no rio Jordão. Nós, ao invés, sendo pecadores, queremos passar por santos.
E ficamos indignados quando somos tratados como pecadores! “Se dissermos que não temos pecado, estamos enganando a nós mesmos, e a verdade não está em nós” 1Jo 1, 8
Por isso a Igreja, mãe sábia, na sua sagrada Liturgia, nos ensina sempre a humildade: “Eu, pecador, me confesso... porque pequei muitas vezes..., por minha culpa, minha culpa, minha tão grande culpa”; com muitas súplicas ao perdão e à misericórdia de Deus: “não olheis os nossos pecados, mas a fé que anima a vossa Igreja”.
“Sede discípulos meus, porque sou manso e humilde de coração, e encontrareis descanso para vós” (Mt 11, 29). A humildade é fonte de paz, de fraternidade e união. É o oposto da hipocrisia. E para ser humilde é preciso ser forte, corajoso e valente.
É a temática jesuítica, muito cara ao nosso Papa: “Acusar a si mesmo implica uma valentia pouco comum para abrir a porta a coisas desconhecidas e deixar que os outros vejam além de minha aparência. É renunciar à maquiagem, para que se manifeste a verdade. Na base do acusar a si mesmo, que é um meio, está a opção fundamental pelo anti-individualismo, pelo espírito de família e de Igreja que nos conduz a nos assumirmos, como bons filhos e bons irmãos, para mais tarde podermos vir a ser bons pais.
Houve quem ficasse surpreso quando, na audiência geral de 29 de maio passado, o Papa Francisco declarou que era pecador: “A Igreja é a grande família dos filhos de Deus. Sem dúvida, ela também tem aspectos humanos; naqueles que a compõem, Pastores e fiéis, existem defeitos, imperfeições e pecados; até o Papa os tem, e tem tantos, mas é bom saber que quando nos damos conta que somos pecadores, encontramos a misericórdia de Deus, que perdoa sempre”.
O Papa Francisco quer nos ensinar a humildade, que começa com a confissão de que somos pecadores. Ele é o vigário de Jesus Cristo na terra. Jesus, sendo Deus santíssimo, tomou sobre si os nossos pecados: “Aquele que não cometeu pecado, Deus o fez pecado por nós, para que nele nós nos tornássemos justiça de Deus (2 Cor 5, 21). Jesus, inocente e puro, quis passar por pecador. Foi assim que ele juntou-se ao povo para receber o batismo de penitência dado por João no rio Jordão. Nós, ao invés, sendo pecadores, queremos passar por santos.
E ficamos indignados quando somos tratados como pecadores! “Se dissermos que não temos pecado, estamos enganando a nós mesmos, e a verdade não está em nós” 1Jo 1, 8
Por isso a Igreja, mãe sábia, na sua sagrada Liturgia, nos ensina sempre a humildade: “Eu, pecador, me confesso... porque pequei muitas vezes..., por minha culpa, minha culpa, minha tão grande culpa”; com muitas súplicas ao perdão e à misericórdia de Deus: “não olheis os nossos pecados, mas a fé que anima a vossa Igreja”.
Subliminarmente,
o Papa também quer combater o carreirismo na própria Igreja, o gosto de
aparecer, o desejo de nos substituirmos a Jesus Cristo, o querer, na Liturgia,
por exemplo, se suplantar ao próprio Cristo, fazendo-nos os protagonistas da
ação sagrada.
“Sede discípulos meus, porque sou manso e humilde de coração, e encontrareis descanso para vós” (Mt 11, 29). A humildade é fonte de paz, de fraternidade e união. É o oposto da hipocrisia. E para ser humilde é preciso ser forte, corajoso e valente.
É a temática jesuítica, muito cara ao nosso Papa: “Acusar a si mesmo implica uma valentia pouco comum para abrir a porta a coisas desconhecidas e deixar que os outros vejam além de minha aparência. É renunciar à maquiagem, para que se manifeste a verdade. Na base do acusar a si mesmo, que é um meio, está a opção fundamental pelo anti-individualismo, pelo espírito de família e de Igreja que nos conduz a nos assumirmos, como bons filhos e bons irmãos, para mais tarde podermos vir a ser bons pais.
(Jorge
Mario Bergoglio, S.J., Sobre a acusação de si mesmo).
O
PAPA PECADOR
por
Dom Fernando Arêas Rifan
Bispo
da Administração Apostólica Pessoal São João Maria Vianney