A IGREJA DE SÃO CONRADO FOI EDIFICADA E OFERECIDA AOS MORADORES DA PRAIA DA GÁVEA (BAIRRO DE SÃO CONRADO) PELO COMENDADOR CONRADO JACOB DE NIEMEYER. A PEDRA FUNDAMENTAL FOI COLOCADA EM 27 DE JUNHO DE 1914 E A PRIMEIRA MISSA CELEBRADA EM 29 DE JUNHO DE 1916.
O nome do bairro tem origem na Igreja de São Conrado,
construída no início do século XX, pelo Comendador Conrado Jacob Niemeyer,
proprietário das terras nas redondezas. E São Conrado de Constance foi adotado
como padroeiro.
ABAIXO ALGUMAS IMAGENS ANTIGAS QUE CONTAM A HISTÓRIA
DA IGREJA E DO CRESCIMENTO DO BAIRRO DE SÃO CONRADO
São Conrado era um distante arrebalde, deserto, à sombra da imensa Pedra da Gávea, com sua longa praia, de acesso fechado pela mata. Desde 1767, a atual Estrada da Gávea, ainda de terra, servia de acesso à região.
A região,espremida entre o mar e o Morro do
Cochrane, pertencia à Fazenda São José da Lagoinha da Gávea, também conhecida
como Morgadio de Asseca, propriedade dos herdeiros de Salvador Corrêa de Sá e
Benevides, nos meados do Século XVIII.
Sua sede foi comprada, em 1932, por Osvaldo
Riso, se transformando na atual Villa Riso, centro de visitação com eventos
culturais e exposições de artes.
No início do século XX, o Comendador Conrado
Jacob Niemeyer possuía grande fazenda na baixada e nela ergueu uma pequena
igreja, em 1916, em devoção a São Conrado, origem do nome do bairro.
Niemeyer também concluiu a belíssima Avenida
Niemeyer - doada a Prefeitura, em 1916 – e melhorou a Estrada da Gávea, que
ganhou esse nome em 1917, após incorporar parte da Rua Marquês de São Vicente.
Em 1919, a Avenida Niemeyer seria alargada por
Paulo de Frontin. Já a Estrada da Gávea, com suas curvas sinuosas, fazia o
chamado “Trampolim do Diabo” e, entre 1933 e 1952, serviu às corridas
automobilísticas do “Circuito da Gávea”.
Em 1921, integrantes da empresa Tramway criaram
o Gávea Golf & Country Club, abrangendo grande área verde e a chamada “Casa
Azul”, sede de antigo engenho.
Em 1930, surgia o primeiro loteamento do bairro,
que deu origem à Rua Capuri. Nos anos 1940 e 1950, o Largo de São Conrado era
bastante freqüentado e ali viria a se instalar o popular “Bar Bem”.
Novos loteamentos surgiam, como o Jardim Gávea e
o loteamento da Rua Iposeira e, em 1949, foi inaugurada a Estrada da Canoa, com
seu belo mirante no Viaduto Berta Leitchic.
Depois, nos anos 1980 – a época das danceterias
-, as Boites Zoom e Circus passaram a atrair uma parte da juventude carioca.
Dois fatores influenciaram profundamente o
processo de ocupação do bairro: a inauguração do Túnel Dois Irmãos (atual Zuzu
Angel), em 1971, e seu prolongamento, a Auto Estrada Lagoa-Barra, que
transformou São Conrado em bairro de passagem.
Surgiram os grandes condomínios de prédios
altos, foram construídos os hotéis Nacional e Intercontinental e a orla
marítima foi urbanizada.
A ocupação de classe média alta se refletia no sofisticado
Shopping São Conrado Fashion Mall (1982), em contraste com a Favela da Rocinha,
cuja origem se deu na década de 1930, com barracos esparsos e lavouras. A
partir das décadas de 1970 e 1980, a Rocinha passou a ter um expansão
acelerada, se transformando em uma das maiores favelas da cidade, com comércio
expressivo, serviços e mais de 2500 empresas.
No início dos anos de 1990, foi desmembrada dos
bairros vizinhos, para se tornar o bairro e a XVII Região Administrativa da
Rocinha. São Conrado é emoldurado pelo verde intenso das florestas do Parque
Nacional da Tijuca, no Morro do Cochrane (718 metros de altitude), e pelo
espetacular maciço rochoso formado pela Pedra da Gávea, com 844 metros de
altitude, pela Pedra Bonita e pela Agulhinha da Gávea, todas acessíveis por
trilhas.
No Morro da Pedra Bonita, localiza- se a Rampa
Maurício Klabin, a 524 m de altitude, utilizada como decolagem dos pilotos de
asas-delta e parapentes, rumo a Praia do Pepino (de São Conrado).
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