NEM SEMPRE É FÁCIL DAR NOME A ESSE ESTRANHO MAL-ESTAR QUE AS
VEZES SENTIMOS EM ALGUM MOMENTO DA VIDA.
Assim me confessaram, em mais de uma
ocasião, pessoas que, por outro lado, buscavam “algo diferente”, uma luz nova,
talvez uma experiência capaz de dar sentido novo a seu viver diário.
Podemos chamar isso de “VAZIO
INTERIOR”. As vezes seria melhor chamá-lo
de “TÉDIO”, cansaço de viver sempre a mesma coisa, sensação de não encontrar o
segredo da vida: estamos nos equivocando em algo essencial e não sabemos exatamente
em quê.
As vezes a crise adquire um tom religioso.
Não sabemos em que crer, nada consegue iluminar-nos por dentro, abandonamos a
religião ingênua de outros tempos, mas não a substituímos por nada melhor.
Então pode crescer em nós uma sensação estranha de culpabilidade: ficamos sem
chave alguma para orientar nossa vida. O que podemos fazer?
A primeira coisa é não ceder à tristeza:
tudo está nos chamando a viver. Dentro desse mal-estar existe algo de suma
importância: nosso desejo de viver algo com mais verdade. O que precisamos é
reorientar nossa vida. Não se trata de corrigir um aspecto ou outro. Isso virá
depois. Agora o importante é ir ao essencial, encontrar uma nova fonte de vida
e de salvação.
É uma sorte então encontrar-nos com a pessoa
de Jesus. Ele nos pode ajudar a conhecer-nos com mais verdade, despertando o
que há de melhor em nós. Ele nos pode levar ao essencial, porque nos convida a
fazer-nos as perguntas que nos aproximam do que é importante.
Nele ouvimos uma chamado a viver a existência
a partir de sua raiz última, que é um Deus “amigo da vida”. Ele nos convida a
reorientar tudo para uma vida mais digna, mais generosa, mais humana. Por isso,
é tão importante, em qualquer momento da vida, responder sinceramente a essa
pergunta de Jesus: “quem dizeis que eu sou?”