Cristo vencedor da morte nos estende a sua mão, animando-nos
a sair da nossa prostração, indiferença e falta de fé. Hoje trazemos a esta Eucaristia
todos os que choram e necessitam de compaixão.
Cedo ou tarde chega a crise que rompe nossa
segurança. Vivíamos tranquilos, sem problemas nem preocupações. Tudo parece
assegurado para sempre. De repente uma doença grave, a morte de um ente
querido, a crise conjugal... Por que não há felicidade duradoura? Uma coisa é
clara: meus desejos não têm limites, mas eu sou frágil e limitado, No fundo,
não estou desejando algo que supera tudo o que conheço?
São muitas as pessoas que experimentam algo
disto mais de uma vez na vida, embora depois não falem disso nem saibam como
explicá-lo aos outros. Mas estas crises acontecem e são importantes, porque
criam um espaço para fazer-nos perguntas, libertar-nos de enganos e arraigar
melhor nossa vida no essencial.
Jesus nos é apresentado como fonte de
esperança no meio das crises. No relato de Lucas se nos diz que Jesus se
encontra com um cortejo fúnebre nas imediações de Naim. Seu olhos se fixam numa
mulher dilacerada pela desgraça: uma viúva só e desamparada que acaba de perder
seu único filho. Jesus lhe diz apenas duas palavras: “NÃO CHORES”. Sempre é
possível a esperança. Inclusive diante da morte.
QUE TRANSFORMAÇÃO QUANDO A PESSOA DESCOBRE
QUE A ÚNICA COISA QUE INTERESSA A DEUS SOMOS NÓS: QUE ELE NÃO PENSA EM SI
MESMO, MAS EM NOSSO BEM, QUE A ÚNICA COISA QUE LHE DÁ GLÓRIA É NOSSA VIDA
VIVIDA EM PLENITUDE!
No evangelho de hoje Lucas nos descreve um
enterro na pequena aldeia de Naim. Ao ver a mãe viúva que perdeu seu filho
único, Jesus se comove e lhe diz:
“Não chores”. Ao comprovar a intervenção vivificadora de Jesus e ver o jovem cheio de vida, as pessoas, que captam o que aconteceu, exclamam: “Deus visitou seu povo”. Deus não quer que o ser humano chore.
“Não chores”. Ao comprovar a intervenção vivificadora de Jesus e ver o jovem cheio de vida, as pessoas, que captam o que aconteceu, exclamam: “Deus visitou seu povo”. Deus não quer que o ser humano chore.
Alguém me disse em certa ocasião: “Que bom
se Deus fosse como você apresenta, mas será Ele assim?” Não, Deus não é como eu
procuro apresentá-lo. Deus é sempre maior e melhor do que tudo o que nós seres
humanos possamos balbuciar. Só o conheceremos quando nos encontrarmos com Ele
após a morte.