domingo, junho 28, 2015

SOLENIDADE DE SÃO PEDRO E SÃO PAULO, DIA DO PAPA E ANIVERSÁRIO DE 101 ANOS DA IGREJA SÃO CONRADO


Pedro disse com acerto: “Senhor, tu sabes tudo; tu sabes que te amo”; Paulo exclamou com verdade: “Para mim, viver é Cristo. Minha vida presente na carne, eu a vivo na fé do Filho de Deus, que me amou e se entregou por mim”.
Dois homens, um amor apaixonado: Jesus Cristo! Duas vidas, um só ideal: anunciar Jesus Cristo!
HOMILIA DE PADRE MARCOS BELIZÁRIO
O primeiro olhar que dirigimos para São Pedro e São Paulo diz respeito ao modo de serem cristãos; o jeito como viveram sua fé cristã. 
 Estamos tão acostumados a olhar para os santos com um olhar vertical, de baixo para cima, que perdemos aquilo que é mais importante: o exemplo de suas vidas. 
Os santos e santas, diz a doutrina da Igreja, são exemplares na vivência da fé cristã. Por isso, convido todos a olhar para Pedro e Paulo de modo horizontal, como quem olha cara a cara, na mesma altura dos olhos, como nos olhamos em nossos encontros. 
É preciso considerar, por exemplo, que eles são pessoas humanas como nós e só foram declarados santos porque viveram o Evangelho de modo radical, até as últimas conseqüências. Aprender de Pedro, por exemplo, o amor para com Cristo, a ponto de nada impedi-lo de evangelizar, nem mesmo as ameaças de morte.
 Aprender de Paulo a dedicação ao Evangelho, a ponto de oferecer sua vida como um sacrifício agradável a Deus. Se eles, pessoas humanas como nós, se uniram tanto a Jesus, também nós, que somos pessoas humanas como eles, podemos viver a mesma união para alcançar a mesma santidade que eles alcançaram.
O segundo olhar que convido a dirigir é para o chamado “poder das chaves". Este poder deriva da entrega das chaves do Reino a Pedro. 
Jesus entrega as chaves do Reino a Pedro dizendo: “Tudo que ligar na terra, será ligado no céu e tudo que desligar na terra, será desligado no céu.” 
Entendemos bem que se trata de um poder de ligar e de desligar; o acento está em ligar e desligar, não no abrir e no fechar, que é, na prática a função de uma chave. Mas, devido à função das chaves de abrir e fechar, em muitos momentos da história prevaleceu o poder de proibir (fechar). 
Criou-se assim a imagem de uma Igreja proibidora. Essa prática tem colaborado para se criar uma concepção (em alguns casos um preconceito) de Igreja retrograda.
  São pessoas e ideologias que vêem a Igreja como aquela que fecha (impede) novas possibilidades e novos modos de viver na sociedade. A função das chaves precisa ser reconsiderada na Igreja em vista da proteção do rebanho. Mas, na prática, como isso acontece?
O contexto celebrativo que estamos propondo favorece compreender o poder das chaves de modo positivo, não como alguém que fecha possibilidades, mas abre condições para novos caminhos e novas experiências de vida. 
Em todas as leituras aparece, direta ou indiretamente, uma chave para libertar quem vive na prisão. Pedro é libertado da prisão com uma chave da intervenção divina e, Paulo, é libertado com a chave da fé e da esperança. 
Paulo, por exemplo, tinha tudo para se ansiar, para entrar em estado de desespero e maldizer sua conversão, já que estava na cadeia unicamente por causa de Jesus e do Evangelho. A chave da fé e da esperança, contudo, ofereceram um novo modo de considerar sua morte, privilegiando sua vida a ser oferecida em sacrifício a Deus. 
São duas considerações muito simples que nos ajudam compreender como existem chaves que fecham vidas e existem chaves que abrem portas para se viver livre, de modo libertado e totalmente voltado a favor da vida livre. 
Esta é a principal função das chaves, no ministério petrino, em todos os tempos e, principalmente, para os nossos dias. Usar chaves para libertar e jamais para fechar a vida; para aprisionar vidas.
PEDRO DISSE A JESUS: “TU ÉS O CRISTO, FILHO DO DEUS VIVO”. JESUS LHE RESPONDEU: “TU ÉS PEDRO E SOBRE ESTA PEDRA EDIFICAREI A MINHA IGREJA”.
Nesta solenidade de São Pedro e São Paulo, em que também celebramos o dia do Papa, somos convidados a rezar pelo Santo Padre, o Papa Francisco. Cada vez mais, multidões vêm ao seu encontro nas audiências das quartas-feiras e no Angelus dos domingos. Que Deus o proteja, assim como a Bento XVI.

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IDEOLOGIA DE GÊNERO - "“HOMEM E MULHER DEUS OS CRIOU” (GN 1,27)


NOTA SOBRE
IDEOLOGIA DE GÊNERO

“Homem e mulher Deus os criou”
(Gn 1,27)

      Nós, bispos do Regional Leste 1 da CNBB, que abrange todo o Estado do Rio de Janeiro, manifestamos nossa profunda preocupação em face das tentativas de se implantar a ideologia de gênero em nosso país. A ideologia de gênero é a afirmação de que não se nasce homem ou mulher, mas a opção acontece posteriormente, a partir da livre escolha de cada indivíduo.

Por isso, alertamos para os esforços empreendidos a fim de que esta ideologia passe a fazer parte do sistema educacional. Embora não tenham alcançado êxito em nível nacional, observa-se agora nova tentativa de implantação da mesma ideologia em nível municipal.

Afirmamos que a sexualidade humana não é apenas uma questão de escolha, mas de reconhecimento de uma realidade com a qual já nascemos e com a qual somos chamados a viver. Reafirmamos a importância do sexo biológico e chamamos a atenção para os riscos de se considerar as questões a ele relacionadas como apenas de escolha ou de condicionamento histórico-cultural.

 A sexualidade humana compreende cinco aspectos: biológico, afetivo, psicológico, espiritual e social. A negação do aspecto biológico e a ênfase apenas no aspecto afetivo são bastante reducionistas para a pessoa humana, desde a infância, sendo prejudicial à família e à sociedade.

Ratificamos a importância da diferença entre homem e mulher e recordamos que tal diversidade existe para a reciprocidade, não para o antagonismo ou a competição.
  Afirmamos igualmente que a sexualidade nos foi dada para o encontro interpessoal entre homem e mulher, fundado no amor e no compromisso por uma vida a dois, no respeito e na edificação da família.

      Por isso, queremos alertar para o desfoque que vem sendo gradativamente dado a conceitos fundamentais, entre eles, pessoa humana, sexualidade e família. Nestes casos, identificamos um ardiloso processo desconstrutor da identidade brasileira e desrespeitador da pessoa humana.
      A escola, como extensão da família, é o lugar onde se aprendem os valores humanos mais profundos. Mutila-se o processo educativo quando se restringe a formação aos dados apenas técnicos e quando se impõem modelos de pessoa humana e de sociedade que não respeitam a diferença e a relacionalidade desejadas pelo Criador.

      Por tudo isso, solicitamos que se rejeitem os fundamentos a partir dos quais estão sendo elaborados os planos municipais de educação, especificamente no que diz respeito à ideologia de gênero. Também solicitamos aos nossos vereadores que não permitam que tal ideologia seja referendada nos planos de educação de seus respectivos municípios.

Solicitamos, por fim, aos católicos que, em consciência, acompanhem mais de perto a ação legislativa daqueles a quem, pelo voto, deram o mandato de os representar e avaliem, diante de Deus, se eles efetivamente podem ser considerados seus representantes.

Como bispos da Igreja Católica, temos consciência de que não estamos falando apenas para os católicos, pois as questões aqui relacionadas dizem respeito a todas as pessoas, independentemente do credo que professem e de não professarem credo algum. A Igreja não julga quem quer que seja. O julgamento pertence a Deus e a Ele também nós, pastores, nos submetemos. No entanto, por não querermos pecar por omissão, sentimo-nos no dever de alertar. 

Temos plena consciência de que não estamos falando para um mundo que não mais existe nem para um tempo que já passou. Ao contrário, falamos para hoje, falamos para nós mesmos e falamos para todos os que buscam um mundo coerente com a vontade de Deus e com os sonhos de paz, justiça, respeito e comunhão, sonhos que o próprio Deus semeou em cada um de nós.

Rio de Janeiro, 26 de junho de 2015.

Orani João Cardeal Tempesta, O.Cist.
Arcebispo Metropolitano de São Sebastião do Rio de Janeiro
Presidente do Conselho Episcopal Regional Leste 1/CNBB

Dom Luciano Bergamin, CRL
Bispo de Nova Iguaçu
Vice-Presidente do Conselho Episcopal Regional Leste 1/CNBB

Dom José Francisco Rezende Dias
Arcebispo de Niterói
Secretário do Conselho Episcopal Regional Leste 1/CNBB



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sábado, junho 27, 2015

101 ANOS DA IGREJA DE SÃO CONRADO - 27/06/2015

 

101 ANOS DA IGREJA DE SÃO CONRADO E
DIA CONSAGRADO A NOSSA SENHORA DO PERPÉTUO SOCORRO
  
Amados irmãos e irmãs em Nosso Senhor Jesus Cristo estamos vivendo hoje um momento festivo entre comemorações importantes: em 2014 celebramos com júbilo os 100 anos da benção da pedra fundamental da Igreja de São Conrado, no ano que vem, em 29 de junho de 2016 estaremos celebrando os 100 anos da primeira missa celebrada na nossa mesma igreja, pressupondo que naquele ano com a celebração da primeira missa estava já erguida e pronta a igreja, hoje matriz de nosso bairro.
Desde 27 de junho de 2014 recebemos inúmeras graças, porém a maior de todas sem dúvida foi o recebimento da relíquia, parte dos restos mortais de São Conrado de Konstanz, em 22 de novembro de 2014, durante a Celebração Eucarística presidida pelo então Bispo-Auxiliar do Rio de Janeiro, Dom Edson de Castro Homem. 

Nossa gratidão a Dom Markus, Bispo de St Gallen que nos doou a relíquia. Ainda em clima festivo a imagem de São Conrado está sendo restaurada e em breve será reconduzida, re-intronizada no presbitério da Igreja.
No entanto, a festa que sempre permanece é aquela que nos coloca a serviço de Deus. Estamos em tempo missionário, tempo de Missão Popular e a mesma deverá começar em agosto com a visita do pároco e outros ministros a todos os moradores do bairro. 

Quero muito contar com sua ajuda, vivemos tempos turbulentos, diria mesmo: tempos confusos, cremos porém que o mandato de Cristo: “ide anunciai e ensinai a TODOS”, não só faz parte da nossa identidade cristã como também do nosso “Ágape” celebrativo,
 o amor que nos une nos faz também “desatar o nó” do desespero, da insegurança, da indiferença, do desamor, criando a REDE que une, retém e conserva toda nossa vida unida, e assim levaremos a Boa Nova a muitos que ainda permanecem encolhidos na dor e na fragilidade.
2015, não é menos importante do que a moldura que nos envolve, neste ano queremos confirmar a nossa fé na certeza de que nos mantermos no caminho certo, crescendo, criando novas pastorais, aumentando as turmas de catequese, confirmando a profundidade da Palavra de Deus por meio do Seminário de Vida no Espírito, o Terço da Mulheres em Vila Canoa, acolhendo pessoas a muito afastadas da Igreja de Cristo.

Aumentando o tempo de nossa oração, de nossas celebrações, aumentaremos a nossa fé, nossa esperança e nosso amor. Apoiados pela força do Espírito Santo que sempre nos renova a face, o rosto, enfim toda a Terra.
Que a Virgem Maria, Mãe do Perpétuo Socorro, nos segure no seu colo de Mãe com mão firme e segura no caminho da Salvação e da Paz.

Parabéns a todos nós católicos da Matriz de São Conrado nos 101 anos de caminhada rumo ao Céu.
  
Rio de Janeiro, 27 de junho de 2015
Padre Marcos Belizário Ferreira
Pároco


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quinta-feira, junho 25, 2015

ADORAI JESUS SOBRE O TRONO DE VOSSO CORAÇÃO


A Igreja nos ensina que após receber a Sagrada Hóstia, presença real de Jesus (corpo, sangue, alma e divindade), Ele está substancialmente presente em nós até que nosso organismo consuma as espécies do trigo; isto pode levar cerca de 15 minutos. Depois disso, Jesus passa a estar em nossa alma pela ação do Espírito Santo e de Sua graça.

O grande São Pedro Julião Eymard, em seu livro "Flores da Eucaristia" (Ed. Palavra Viva, Sede Santos!, Distribuidora Loyola, pgs 131-135), nos ensina a importância da Ação de Graças. Transcrevo aqui alguns de seus ensinamentos para a sua meditação:

“O momento mais solene de vossa vida é o da Ação de Graças, em que possuis o Rei da Terra e do Céu, vosso Salvador e Juiz, disposto a vos conceder tudo o que Lhe pedirdes”.

“A Ação de Graças é de imprescindível necessidade, a fim de evitar que a Santa Comunhão degenere num simples hábito piedoso.”

“Nosso Senhor permanece pouco tempo em nossos corações, após a Santa Comunhão, porém os efeitos de Sua Presença se prolongam. As santas espécies são como que um invólucro, o qual se rompe e desaparece para que o remédio produza seus salutares efeitos no organismo. A alma se torna então como um vaso que recebeu um perfume precioso.”

“Consagrai à Ação de Graças meia hora se for possível, ou, pelo menos, um rigoroso quarto de hora (15 minutos). Dareis prova de não ter coração e de não saber apreciar devidamente o que é a Comunhão, se, após haver recebido Nosso Senhor, nada sentísseis e não Lhe soubésseis agradecer.”
“Deixai, se quiserdes, que a Santa Hóstia permaneça um momento sobre a vossa língua a fim de que Jesus, verdade e santidade, a purifique e santifique. Introduza-a depois em vosso peito, no trono do vosso coração, e, adorando em silêncio, começai a Ação de Graças” (pg. 131). 

“Adorai Jesus sobre o trono de vosso coração, apoiando-vos sobre o Dele, ardente de amor. Exaltai-Lhe o poder… proclamai-o Senhor vosso, confessai–vos ser feliz servo, disposto a tudo para Lhe dar prazer.”

“Agradecei-Lhe a honra que vos fez, o amor que vos testemunhou, e o muito que vos deu nesta Comunhão! Louvai a Sua bondade e o seu amor para convosco, que sois tão pobre, tão imperfeito, tão infiel! Convidai os anjos, os santos, a Imaculada Mãe de Deus para louvá-Lo e agradecer-Lhe por vós. Uni-vos às ações de graças amantes e perfeitas da Santíssima Virgem.”

“Agradeçamos por meio de Maria, pois quando um filho pequeno recebe alguma coisa cabe à mãe agradecer por ele. A Ação de Graças identificada com a de Maria Santíssima será perfeita e bem aceita pelo Coração de Jesus.”

“Na Ação de Graças de Comunhão, chorai os vossos pecados aos pés de Jesus com Madalena (Jo 12,3), prometei-lhe fidelidade e amor, fazei-Lhe o sacrifício de vossas ações desregradas, de vossa tibieza, de vossa indolência em empreender o que vos custa. Pedi-Lhe a graça de não mais O ofender, professar-Lhe que preferis a morte ao pecado.”
“Pedi tudo o que quiserdes; é o momento da graça, e Jesus está disposto a vos dar o próprio Reino. É um prazer que Lhe proporcionamos, oferecer-Lhe ocasião de distribuir seus benefícios.”

“Pedi-lhe o reinado da santidade em vós, em vossos irmãos, e que a sua caridade abrase todos os corações.”

Na Ação de Graças podemos e devemos orar pela Igreja, pelas necessidades, intenções e saúde do Papa e de nossos bispos, sacerdotes, diáconos, consagrados, coordenadores de comunidades, missionários, catequistas, vocações sacerdotais e religiosas, etc.

É o momento privilegiado para pedir a Jesus, pelo Seu Sacrifício, o sufrágio das almas do Purgatório (dizendo-Lhe os nomes), de pedir por cada pessoa de nossa família e de todos os que se recomendaram às nossas orações e por todos aqueles por quem somos mais obrigados a rezar. E supliquemos a Jesus todas as graças necessárias para podermos cumprir bem a missão que Ele nos deu nesse mundo, seja familiar, profissional ou apostólica. É também o momento de nossa cura interior, pelo Sangue de Jesus.

Não nos esqueçamos nunca do que Ele disse: “Permanecei em Mim e Eu permanecerei em vós. O ramo não pode dar fruto por si mesmo se não permanecer na videira” (Jo 15, 1-6). 

Professor Felipe de Aquino
www.aleteia.org

quarta-feira, junho 24, 2015

JOÃO BATISTA PRECURSOR DO MESSIAS


Hoje celebramos a festa de São João Batista, um dos santos “juninos”, ao lado de Santo Antônio (dia 13) e São Pedro (dia 29). Vale recordar ainda hoje, para nossa edificação, o exemplo daquele de quem Jesus disse: “Entre todos os nascidos de mulher não surgiu quem fosse maior que João Batista” (Mt 11,11).

João Batista, assim cognominado pelo batismo que administrava, foi o precursor de Jesus, aquele que o apresentou ao povo de Israel. Filho de Zacarias e Isabel, foi santificado ainda no seio materno quando da visita de Nossa Senhora, já grávida do Menino Jesus. 

Por isso a Igreja festeja, no dia 24, o seu nascimento, ao contrário de todos os outros santos, dos quais ela só comemora a morte, ou seja, seu nascimento para o Céu.
Desde criança, retirou-se para o deserto para fazer penitência e se preparar para sua futura missão. 

Alguns acham que ele teria vivido entre os Essênios, comunidade monacal do deserto vizinho ao Mar Morto. Ministrava ao povo o batismo de penitência, ao qual Jesus também acorreu, por humildade. 

Sua pregação era: “Convertei-vos, pois o reino dos Céus está próximo... Produzi fruto que mostre vossa conversão... Eu vos batizo com água, para a conversão. Mas aquele que vem depois de mim é mais forte do que eu. Eu não sou digno nem de levar suas sandálias. Ele vos batizará com o Espírito Santo e com fogo” (Mt 3, 2, 8, 11).

Jesus, no começo do seu ministério público, quis também, por humildade, misturando-se aos pecadores, ser batizado por João. João quis recusar, dizendo: “Eu é que preciso ser batizado por ti, e tu vens a mim?... 

Depois de ser batizado, Jesus saiu logo da água e o céu se abriu. E ele viu o Espírito de Deus descer, como uma pomba e vir sobre ele. E do céu veio uma voz que dizia: ‘Este é o meu filho amado; nele está o meu agrado’” (Mt 3, 14, 16-17).
São João Batista era o homem da verdade, sem acepção de pessoas. Por isso admoestava o Rei Herodes contra o seu pecado de infidelidade conjugal e incesto, o que atraiu a ira da amante do rei, Herodíades, que instigou o rei a metê-lo no cárcere. 

No dia do aniversário de Herodes, a filha de Herodíades, Salomé, dançou na frente dos convivas, o que levou o rei, meio embriagado, a prometer-lhe como prêmio qualquer coisa que pedisse. 

A filha perguntou à mãe, que não perdeu a oportunidade de vingar-se daquele que invectivava seu pecado. Fez a filha pedir ao rei a cabeça de João Batista. João foi decapitado na prisão, merecendo o elogio de Jesus, por ser um homem firme e não uma cana agitada pelo vento.

Assim, a virtude que mais sobressai em João Batista, além da sua humildade e penitência, é a firmeza de caráter, tão rara hoje em dia, quando muitos pensam ser virtude o saber “dançar conforme a música”, ser uma cana que pende de acordo com o vento das opiniões, o pautar a vida pelo que dizem ou acham e não pela consciência reta, voz de Deus em nosso coração.

 João Batista foi fiel imitador de Jesus Cristo, caminho, verdade e vida, que, como disse o poeta João de Deus, “morreu para mostrar que a gente pela verdade se deve deixar matar”.

É o único santo, além de Nossa Senhora, em que se festeja o nascimento, porque a Igreja vê nele a preanunciação do Natal de Cristo.
Ele morreu degolado no governo do rei Herodes Antipas, por defender a moralidade e os bons costumes. 

O seu martírio é celebrado em 29 de agosto, com outra veneração litúrgica.
São João Batista é um dos santos mais populares em todo o mundo cristão.

ORAÇÃO
Ó Deus, que suscitastes São João Batista, a fim de preparar para o Senhor um povo
perfeito, concedei à vossa Igreja as alegrias espirituais e dirigi nossos passos no
caminho da salvação e da paz.
Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Dom Fernando Arêas Rifan

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VISITA PASTORAL DO PAPA FRANCISCO A TURIM


“O amor de Deus é estável e seguro. O Senhor vai ao encontro do homem e lhe oferece a rocha do seu amor, à qual cada um pode ancorar”, afirmou o Papa Francisco

Após encontrar-se com os trabalhadores e rezar diante do Santo Sudário, o Papa Francisco celebrou a Missa neste domingo, 21, na presença de cerca de 50 mil fiéis e numerosos bispos, sacerdotes, religiosos e religiosas, sobretudo salesianos Em sua homilia, o Papa partiu da liturgia do dia, cujas leituras mostram como é grande o amor de Deus: “é um amor fiel, um amor que recria tudo, um amor estável e seguro”.
“Jesus nos ama sempre, até o fim, sem limites e sem medida. Ele ama a todos. A fidelidade de Jesus não se rende, nem mesmo diante da nossa infidelidade. Jesus permanece fiel, mesmo quando erramos e nos espera para nos perdoar: Ele é o rosto do Pai misericordioso. Eis o amor fiel!”, disse o Papa.

Em seguida, o Santo Padre ressaltou  que reconhecer as próprias limitações, as próprias fraquezas, é a porta para perdão de Jesus, ao seu amor, que renova em profundidade e recria.
“A salvação pode entrar no coração se nos abrirmos à verdade e reconhecermos os nossos erros, os nossos pecados; desta forma, fazemos uma bela experiência daquele que veio, não para os sãos, mas para os enfermos; não para os justos, mas para os pecadores; experimentamos a sua paciência, a sua ternura, o seu desejo de salvar a todos”, disse.
Na visita a Turim, o Papa Francisco “voltou para casa” e pôde encontrar alguns de seus familiares, cerca de 30 pessoas. Ele teve um almoço privado com seis primos e outros membros da família.
Francisco, embora argentino, é filho de imigrantes italianos. Segundo uma nota do Vaticano, a visita à cidade italiana foi para o Papa um regresso à casa, a um lugar onde ele sempre ia quanto viajava de Buenos Aires para a Itália.
Antes do almoço, o Papa celebrou a Santa Missa, também de forma privada, na sede da arquidiocese de Turim. Segundo a sala de imprensa da Santa Sé, o Papa ficou feliz e satisfeito pelo acolhimento recebido nesta viagem, iniciada no domingo, 21, e que levou centenas de milhares de pessoas às ruas de Turim, um número muito acima das suas expectativas.
A mesma nota informa ainda que o Papa também visitou a igreja de Santa Teresa, onde se casaram os seus avós paternos, Giovanni Bergoglio e Rosa Vassallo, em 1907, e onde foi batizado o seu pai Mario, no ano seguinte.
“A poucos meses do Sínodo o Papa quis cumprir este gesto para ‘sublinhar o valor da família’”, informa a nota do Vaticano.
Francisco rezou de forma particular pelas famílias e pelo bom resultado do Sínodo e beijou a pia batismal onde o seu pai foi batizado.
O Pontífice ingressou na Basílica de Nossa Senhora Auxiliadora, onde foi recebido por centenas de religiosos salesianos e religiosas Filhas de Maria Auxiliadora.
 Num instante de silêncio, rezou diante do túmulo de Dom Bosco, fundador da Família Salesiana. Ali, depôs flores brancas. Depois, rezou em frente ao quadro de Nossa Senhora Auxiliadora, idealizado pelo próprio fundador dos salesianos.
Os Santos e as Santas de Turim ensinam-nos que cada renovação, mesmo aquela da Igreja, passa através da nossa conversão pessoal, através daquela abertura do coração que acolhe e reconhece as surpresas de Deus, impulsionado pelo amor maior (cf. 2 Cor 5 , 14), que nos faz amigos também das pessoas, em sofrimento e marginalizadas.
Queridos jovens, juntamente com estes irmãos e irmãs maiores que são os santos, na família da Igreja, temos uma Mãe, não nos esqueçamos! Desejo que confieis plenamente nesta terna Mãe que indicou a presença do '' amor maior "precisamente no meio dos jovens, nesta festa de núpcias. A Nossa Senhora "é a amiga sempre atenta, para que não venha a faltar o vinho na nossa vida" (ibid., N. Evangelii Gaudium, 286). Rezemos para que não nos deixe faltar o vinho da alegria!

Obrigado a todos! Deus abençoe todos vós. E, por favor, rezai por mim.

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