domingo, setembro 29, 2013

“DEVEMOS ESTAR ORGULHOSOS DE SEGUIR E SERVIR A CRISTO E AOS POBRES” PAPA FRANCISCO 27/07/2013


Significa retornar à fonte da nossa chamada. No início de nosso caminho vocacional, há uma eleição divina. Fomos chamados por Deus, e chamados para permanecer com Jesus (cf. Mc 3, 14), unidos a Ele de um modo tão profundo que nos permite dizer com São Paulo: ‘Eu vivo, mas não eu, é Cristo que vive em mim’ (Gal 2, 20). 

Este viver em Cristo configura realmente tudo aquilo que somos e fazemos. E esta ‘vida em Cristo’ é justamente o que garante a nossa eficácia apostólica, a fecundidade do nosso serviço.

“EU VOS DESIGNEI PARA IRDES E PARA QUE PRODUZAIS FRUTO E O VOSSO FRUTO PERMANEÇA” (JO 15,16).

Não é a criatividade pastoral, não são as reuniões ou planejamentos que garantem os frutos, mas ser fiel a Jesus, que nos diz com insistência: ‘Permanecei em mim, e eu permanecerei em vós’ (Jo 15, 4).

E nós sabemos bem o que isso significa: Contemplá-lo, adorá-lo e abraçá-lo, particularmente através da nossa fidelidade à vida de oração, do nosso encontro diário com Ele presente na Eucaristia e nas pessoas mais necessitadas. O ‘permanecer’ com Cristo não é se isolar, mas é um permanecer para ir ao encontro dos demais.
ENCONTRO DOS MINISTROS EXTRAORDINÁRIOS DA SAGRADA COMUNHÃO NA COMUNIDADE DE VILA CANOAS EM SÃO CONRADO - RJ

O PAPA AFIRMOU QUE É NOS NÚCLEOS MAIS POBRES QUE É PRECISO BUSCAR CRISTO.

Devemos estar muito orgulhosas da nossa vocação, que nos dá a oportunidade de servir Cristo nos pobres. "É nas favelas, nas comunidades carentes, onde é preciso ir buscar e servir a Cristo. Devemos ir a eles como o sacerdote se aproxima do altar: com alegria", declarou.

Jesus, Bom Pastor, é o nosso verdadeiro tesouro; procuremos fixar sempre mais n’Ele o nosso coração (cf. Lc 12, 34).

“CHAMADOS PARA ANUNCIAR O EVANGELHO”.
“Queridos bispos e sacerdotes, muitos de vocês, senão todos, vieram acompanhar seus jovens à Jornada Mundial. Eles também ouviram as palavras do mandato de Jesus: ‘Ide e fazei discípulos entre todas as nações’ (cf. Mt 28,19). 

É nosso compromisso ajudá-los a fazer arder, no seu coração, o desejo de serem discípulos missionários de Jesus. 

Ajudemos os jovens a perceberem que ser discípulo missionário é uma consequência de ser batizado, é parte essencial do ser cristão, e que o primeiro lugar onde evangelizar é a própria casa, o ambiente de estudo ou de trabalho, a família e os amigos.
NÃO PODEMOS FICAR ENCERRADOS NA PARÓQUIA, NAS NOSSAS COMUNIDADES, QUANDO HÁ TANTA GENTE ESPERANDO O EVANGELHO!

Não se trata simplesmente de abrir a porta para acolher, mas de sair pela porta fora para procurar e encontrar. 

Decididamente pensemos a pastoral a partir da periferia, daqueles que estão mais afastados, daqueles que habitualmente não freqüentam a paróquia. Também eles são convidados para a Mesa do Senhor.

O QUE NOS GUIA É A CERTEZA HUMILDE E FELIZ DE QUEM FOI ENCONTRADO, ALCANÇADO E TRANSFORMADO PELA VERDADE QUE É CRISTO, E NÃO PODE DEIXAR DE ANUNCIÁ-LA.

EM MUITOS AMBIENTES, INFELIZMENTE, GANHOU ESPAÇO A CULTURA DA EXCLUSÃO, A ‘CULTURA DO DESCARTÁVEL’. 

Não há lugar para o idoso, nem para o filho indesejado; não há tempo para se deter com o pobre caído à margem da estrada. Às vezes parece que, para alguns, as relações humanas sejam regidas por dois “dogmas” modernos: eficiência e pragmatismo. 

Queridos Bispos, sacerdotes, religiosos e também vocês, seminaristas, que se preparam para o ministério, tenham a coragem de ir contra a corrente. Não renunciemos a este dom de Deus: a única família dos seus filhos. 

O ENCONTRO E O ACOLHIMENTO DE TODOS, A SOLIDARIEDADE E A FRATERNIDADE SÃO OS ELEMENTOS QUE TORNAM A NOSSA CIVILIZAÇÃO VERDADEIRAMENTE HUMANA.
TEMOS DE SER SERVIDORES DA COMUNHÃO E DA CULTURA DO ENCONTRO.

Permitam-me dizer: deveríamos ser quase obsessivos neste aspecto! Não queremos ser presunçosos, impondo as ‘nossas verdades’. 

O que nos guia é a certeza humilde e feliz de quem foi encontrado, alcançado e transformado pela Verdade que é Cristo, e não pode deixar de anunciá-la (cf. Lc 24, 13-35).

Queridos irmãos e irmãs, fomos chamados por Deus, chamados para anunciar o Evangelho e promover corajosamente a cultura do encontro. 

A Virgem Maria seja o nosso modelo. Na sua vida, Ela deu ‘exemplo daquele afeto maternal de que devem estar animados todos quantos cooperam na missão apostólica que a Igreja, tem de regenerar os homens’.

 Seja Ela a Estrela que guia com segurança nossos passos ao encontro do Senhor. Amém.


Homilia do Santo Padre na Catedral de São Sebastião do Rio De Janeiro, dia 27 de Julho de 2013

Santa Missa com os
Bispos, Sacerdotes, Religiosos e Seminaristas
Visita Apostólica do Papa Francisco ao Brasil
por ocasião da XXVIII Jornada Mundial da Juventude.



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