NESTE DIA, CELEBRAMOS A MEMÓRIA DESTES GRANDES MÁRTIRES QUE NA ÁFRICA TESTEMUNHARAM O NOME DE JESUS.
Entre os anos 1885 e 1887, muitos cristãos foram condenados à morte, em
Uganda, por ordem do rei Mwanga, em ódio da religião.
A entrada da evangelização na África, sofreu muito pelas invasões dos
homens brancos, por isso os missionários tinham que ser homens verdadeiramente
de Deus, ou seja, de caridade, pois facilmente eram confundidos como
colonizadores.
Depois da entrada dos padres que fizeram um lindo trabalho de
evangelização que atingiu Carlos Lwanga e outros, o rei se revoltou e decretou
pena de morte para os que rezassem.
Carlos Lwanga era chefe dos
pajens, que serviam na corte, alguns deles exerciam cargos no próprio palácio
real, outros estavam a serviço do próprio rei.
Entre eles distinguem-se Carlos Lwanga e seus vinte e um companheiros,
pela sua inquebrantável adesão à fé católica.
São Carlos, depois de muito se preparar junto com seus companheiros,
apresentou-se diante do rei com o firme propósito de não negar a fé, por isso
foi queimado vivo diante de todos.
Seguindo o irmão na fé, nenhum deles renegou, uns foram decapitados e
outros queimados vivos, por não terem consentido nos desejos impuros do rei até
que em 1887 o último deles morreu afogado, como parte dos corajosos mártires de
Uganda, na África.
A GLÓRIA DOS MÁRTIRES, SINAL DE NOVA VIDA
“Estes mártires africanos acrescentam ao rol dos vencedores, chamado
Martirológio, uma página ao mesmo tempo trágica e grandiosa. É uma
página verdadeiramente digna de figurar ao lado das célebres narrações da
antiga África.
No tempo em que vivemos, por causa da pouca fé, julgávamos que
nunca mais elas viriam a ter semelhante continuação.
Quem poderia imaginar, por exemplo, que àquelas Atas tão comovedoras dos
mártires de Cíli, dos mártires de Cartago, dos mártires “Massa Candida” de
Ótica comemorados por Santo Agostinho e Prudêncio, dos mártires do Egito tão
louvados por São João Crisóstomo, dos mártires da perseguição dos vândalos,
viriam em nossos tempos juntar-se novas páginas de história não menos valorosas
nem menos brilhantes?
Quem teria podido pressentir que, às grandes figuras históricas dos
santos mártires e confessores africanos bem conhecidos, como Cipriano,
Felicidade e Perpétua e o grande Agostinho, haveríamos de um dia associar
Carlos Lwanga, Matias Mulimba Kalemba, nomes tão caros para nós, e os seus
vinte companheiros?
E não querendo também esquecer os outros que,
professando a religião anglicana, sofreram a morte pelo nome de Cristo. Estes
mártires africanos dão, sem dúvida, início a uma nova era. Oxalá não seja ela
de perseguições e lutas religiosas, mas de renovação cristã e cívica!
Na realidade, a África, orvalhada pelo sangue destes mártires, os
primeiros desta nova era (e queira Deus que sejam os últimos – tão grande e
precioso é o seu holocausto!), a África, agora sim, renasce livre e
independente.
O ato criminoso que os vitimou é tão cruel e significativo, que
apresenta fatores suficientes e claros para a formação moral de um povo novo e
para a fundação de uma nova tradição espiritual.
E também para exprimirem e
promoverem a passagem de uma cultura simples e rudimentar – não desprovida de
magníficos valores humanos, mas contaminada e enfraquecida, como se fosse
escrava de si mesma – a uma civilização aberta às mais altas manifestações da
inteligência humana e às mais elevadas formas de vida social”.
Da Homilia do
papa Paulo VI, pronunciada na canonização dos mártires de Uganda
(AAS56
[1964],905-906) (Séc. XX)
ORAÇÃO
Ó Deus, que
fizestes do sangue dos mártires semente de novos cristãos, concedei que o campo
da vossa Igreja, regado pelo sangue de São Carlos e seus companheiros, produza
sempre abundante colheita. Por nosso Senhor Jesus
Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. Amém!
SÃO CARLOS LWANGA E COMPANHEIROS, ROGAI POR NÓS!
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