TODAS AS VOCAÇÕES SÃO DADAS POR DEUS E SÃO SUBLIMES.
A GRANDE E PRIMEIRA VOCAÇÃO DO SER HUMANO É A FILIAÇÃO DIVINA: TORNAR-SE EM JESUS CRISTO FILHOS DE DEUS.
A GRANDE E PRIMEIRA VOCAÇÃO DO SER HUMANO É A FILIAÇÃO DIVINA: TORNAR-SE EM JESUS CRISTO FILHOS DE DEUS.
São João Maria Vianney viveu toda a
sua vida dedicada a Deus. Ele repousava de 02 a 04 horas no máximo por noite.
Quando acordava ia a Igreja, rezava diante do Sacrário e depois ia confessar
seus paroquianos. Eram inúmeras as pessoas que vinham se confessar com ele.
Ele
passou a maior parte de sua vida no confessionário. Chegava a ficar 14 horas
confessando os paroquianos. Como era grande o número de pessoas, ele dividiu em
vários os confessionários, um para mulheres outro para homens, outro para doentes,
etc. Ele marcava os horários para cada um.
O Cura d’Ars acreditava no poder da oração e do jejum e na resposta do bom Deus. Ele tinha em sua mente a exortação de São Paulo Apostolo: “Orai sem cessar” (1 Ts 5, 17).
No confessionário, estava sua maior
atuação pelo mistério da Providência Divina. No aconselhamento das pessoas
falava do bom Deus de forma tão amorosa que todos saiam reconfortados. Não
sabia usar palavras bonitas, idéias geniais, buscava termos do quotidiano das
pessoas.
No confessionário viveu intensamente seu apostolado, todo entregue às almas, devorado pela missão, integralmente fiel à vocação. Do confessionário seu nome emergiu e transbordou dos estreitos limites Ars-em-Dombes para aldeias e cidades vizinhas. Os peregrinos que desejavam confessar-se com ele começaram a chegar. Nos últimos tempos de vida eram mais de 200 por dia, mais de 80.000 por ano.
Aos 73 anos de
idade, na terça-feira, 02 de Agosto de 1859, João Maria Batista Vianney recebe
a Unção dos Enfermos. Na quarta-feira, 03 de
Agosto, assina seu testamento, deixando seus bens aos missionários e seu corpo
à Paróquia. Às duas horas do dia 04 de Agosto de 1859, morre
placidamente. Nos dias 04 e 05, trezentos padres mais ou menos e uma
incalculável multidão desfilaram diante do seu Corpo, em prantos, para
despedir. Quando chegou à cidadezinha ninguém veio recebê-lo, quando morreu a
cidade tinha crescido enormemente e multidões de peregrinos o acompanharam à
última morada. wiki.cancaonova.com
“SER PADRE VOCAÇÃO PARA SERVIR”
Por Dom Pedro Carlos Cipollini - Bispo de Amparo
A Igreja, que pela lógica humana receara fazê-lo sacerdote, curvou-se à sua
santidade. João Maria Vianney foi proclamado Venerável pelo papa Pio IX em
1872, beatificado pelo papa São Pio X em 1905, canonizado pelo papa Pio XI em
1925 e pelo mesmo foi declarado padroeiro de todos os párocos do mundo, em
1929. Esse é o Santo Cura d’Ars, cuja memória, celebramos no dia 4 de agosto.
“O Unigênito
Filho de Deus, querendo fazer-nos participantes da sua divindade, assumiu nossa
natureza, para que feito homem, dos homens fizesse deuses” (S. Tomás de Aquino,
in Op. 57, In festo Corporis Christi, lect. 1-4).
Porém Jesus
deixou-nos a Igreja, Povo de Deus que caminha neste mundo; “O Senhor Jesus
iniciou sua Igreja pregando a boa nova do Reino de Deus...” (LG n. 5). Na
Igreja temos vários carismas e vocações, para múltiplas tarefas que constroem
na caridade um novo mundo possível: o Reino de Deus que tem início aqui e se
consuma na eternidade.
Um destes carismas é o serviço sacerdotal. Ser padre é
uma vocação para o serviço. Ser para a comunidade um sinal (sacramento) da
presença de Jesus bom pastor no meio de seu povo.
Este ser sinal
de Jesus Cristo, é uma vocação, é uma tarefa importante e necessária para o
crescimento da Igreja e consequentemente do Reino de Deus, a serviço doa qual
está a Igreja.
Esta missão deve ser assumida com grande humildade,
discernimento e determinação. Ser padre é antes de tudo um serviço de amor
(amoris officium).
Este serviço de amor é uma doação desinteressada que não tem
como objetivo a projeção de si mesmo, nem o lucro pessoal. “Há mais alegria em
dar que em receber” (At 20, 35).
Este serviço do
padre é sinalizado na “caridade pastoral” a qual se caracteriza pelo
conhecimento das ovelhas. Isto não significa conhecer todas as pessoas da
paróquia, mas saber e estar consciente de suas dores, angústias, preocupações e
alegrias.
O bom pastor dá a vida por suas ovelhas, não se preservando, dando
tudo, até mesmo o tempo que sobra. O bom pastor busca as ovelhas desgarradas.
Não se trata, creio eu de ir bater à porta das casas, mas ser uma presença
visível e acessível para todos.
A condição para
isso nós sabemos, esta na intimidade com Jesus Cristo. É Ele que dá força e
sustento em meio às dificuldades e contratempos que sobreveem no exercício do
ministério. Pois não se pode esquecer que a escolha dos apóstolos é para em
primeiro lugar “estar com ele” (cf. Mc 3, 14).
O padre deve ter
sempre presente o que escreveu um grande santo e bispo de Milão no terceiro
século da Igreja: “O clérigo que serve a Igreja de Cristo deve de início
considerar e traduzir o nome que leva e, depois de ter definido esse nome,
esforçar-se por ser o que o título exprime.
A palavra grega kléros significa
parte , porção tirada em sorte: os que levam o nome de clérigos levam-no porque
são a parte do Senhor ou porque tem o Senhor por parte.
Aquele que professa uma
e outra coisa deve mostrar por seu comportamento que possui o Senhor ou que é
possuído por Ele, mas aquele que possui o Senhor e diz com o Profeta: O Senhor
é minha herança, não pode ter nada além do Senhor”(Santo Ambrósio, Epist. 52,5
ad Nepontianum in- P L 22, 531).
Assim, o
significado da palavra clero, que não raro hoje é depreciado, adquire seu
verdadeiro sentido: ser uma pessoa livre para servir somente a Deus, e por
causa dele servir os irmãos.
No início deste
mês de agosto no qual celebramos o padroeiro dos padres, o Santo Cura d´Ars,
rezemos pelos nossos padres. Procuremos ajudá-los a viver esta sublime vocação
a que foram chamados.
ORAÇÃO
Deus
de poder e misericórdia, que tornastes São João Maria Vianney um pároco
admirável por
sua
solicitude pastoral, dai-nos, por sua intercessão e exemplo, conquistar no amor
de Cristo os irmãos
e irmãs para vós e alcançar com eles a glória eterna. Por nosso Senhor Jesus
Cristo, vosso
Filho, na unidade do Espírito Santo.
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