“Hoje rezamos
por todos os pais vivos e falecidos e pedimos que Deus possa recompensar a
todos, iluminar, fortalecer e encorajar. E que com os pais vivos possamos viver
a dimensão da paternidade da responsabilidade, do diálogo e do carinho dentro
da própria família.
E Hoje também
celebramos os 23 anos de Ordenação Sacerdotal de Padre Marcos, alegrando-nos
com ele por esse dom.
Celebrar o aniversário de ordenação é uma oportunidade para agradecer,
para louvar e bendizer a Deus, e para renovar o compromisso de fidelidade ao
Senhor que Ele chama e também nos dá a graça de permanecer fiéis no caminho
sacerdotal”. Dom José Francisco Rezende
“CORAGEM , SOU EU, NÃO TENHAIS MEDO!”
XIX DOMINGO DO TEMPO COMUM
Os discípulos estão sós. Desta vez Jesus não os acompanha. A barca deles
está “bem longe da terra”, muito distante dele, e um “vento contrário” os
impede de voltar. Sós e com medo da tempestade, o que podem eles fazer sem
Jesus?
A situação da barca é desesperadora. Mateus fala das trevas de “noite”,
da “força do vento” e do perigo de “afundar nas águas”. Com esta linguagem
bíblica, conhecida por seus leitores, vai descrevendo a situação daquelas
comunidades cristãs ameaçadas de fora pela hostilidade, e tentadas de dentro
pelo medo e pela pouca fé.
Não é esta também a nossa situação hoje?
Entre 3 e 6 horas da madrugada “Jesus se aproxima deles andando sobre as
águas”, mas os discípulos são incapazes de reconhecê-lo. O
medo os faz ver nele “um fantasma”.
Os medos são os
maiores obstáculos para reconhecer, amar e seguir a Jesus como Filho de Deus
que nos acompanha e salva na crise.
Jesus lhes diz as palavras que eles precisam ouvir: “Coragem, sou Eu,
não tenhais medo!”
Quer transmitir-lhes sua força, sua segurança e sua
confiança absoluta no Pai. Pedro é o primeiro a reagir. Seu modo de agir, como
quase sempre, é o modelo de entrega confiante e exemplo de medo e fraqueza. Caminha
seguro sobre as águas, depois “fica tomado de medo”; vai confiante até Jesus,
depois esquece sua Palavra, sente a força do vento e começa a “afundar”.
No fundo dos nosso medos existe quase sempre medo de Jesus, pouca fé
nele, resistência a seguir seus passos. Ele mesmo nos ajuda a descobri-lo: “Que
pouca fé! Por que duvidais tanto?”
Assim vivem não poucos crentes o momento atual. Não há segurança
nem certezas religiosas; tudo obscuro e duvidoso. A religião está sujeita a
todo tipo de acusações e suspeitas.
Surge em algumas
pessoas a pergunta: não será a religião um sonho irreal, um mito ingênuo votado
a desaparecer? Este é o grito dos discípulos ao vislumbrar Jesus no
meio da tempestade: “É um fantasma”. A reação de Jesus é imediata: “Coragem, sou EU, não tenhais medo!” Animado
por essas palavras, Pedro faz um pedido inaudito a Jesus: “Senhor, se és TU,
manda-me andar sobre as águas até junto de TI.”
Pedro não sabe se Jesus é um
fantasma ou alguém real, mas quer comprovar que pode chegar até Ele andando, não
sobre a terra firme, mas sobre a água, não apoiando-se em argumentos seguros
mas na fragilidade da fé. É assim que o
crente vive sua adesão a Cristo em momentos de crise e obscuridade. Não sabemos se Cristo é um fantasma ou alguém vivo e real, ressuscitado
pelo Pai para nossa salvação.
Não temos argumentos científicos para comprová-lo,
mas sabemos por experiência que se pode caminhar pela vida sustentados pela fé
nele e em sua palavra.
“Senhor salva-me”. Muitas vezes a fé é um grito, uma invocação, um apelo a Deus: “Senhor, salva-me”. Sem saber como nem por que, é possível então perceber Cristo como uma mão estendida que sustém nossa fé e nos salva.
Por isso é
importante saber gritar como Pedro. Saber levantar
nossas mãos vazias de Deus, não só como gesto de súplica, mas também de entrega
confiante. Não
esqueçamos que a fé é “caminhar sobre a água”, mas com a possibilidade de
encontrar sempre essa mão que nos salva quando começamos a afundar.
"Hoje dia 10 de agosto é seguramente um dia muito especial: neste dia
homenageamos todos os pais, esta figura tão importante na formação das famílias.
É também o dia de São Lourenço, que morreu no século II d.C., martirizado pelos
romanos por defender o patrimônio da Igreja.
Agosto é ainda o mês das vocações e dos sacerdotes, e para coroar isto
tudo neste dia de hoje o nosso pároco Pe. Marcos Belizário comemora 23 anos de
sua Ordenação Sacerdotal. Nós Paroquianos de São Conrado, queremos prestar-lhe nossa
homenagem, pela vida dedicada ao sacerdócio de Cristo.
Padre Marcos sua alegria de viver
demonstra que o senhor encontrou dentro de si um tesouro e a Ele mudou
radicalmente sua existência. Esse
sentimento, percebemos no seu dia a dia, nas suas homilias e quando nos confirma com todo entusiasmo que Nosso Senhor Jesus
Cristo é o verdadeiro Filho de Deus.
O que é o sacerdote?
Para ajudar a entender ouçamos palavras de Dom Euzébio que foi Cardeal desta cidade do Rio de Janeiro.
“Sacerdócio significa “dar coisas sagradas” (sacra dare, em latim). Esta é a grande tarefa de quem o Senhor constituiu como seu Ministro ordenado, através do qual Ele age.
Continuando com o que nos ensina Dom Eusébio: O Sacerdócio exige de nós, portanto, que sigamos Jesus Cristo: “Quem me segue, não andará nas trevas, mas terá a luz da vida” (Jo 8,12). E por que Jesus quer que o sigamos?
Exatamente, para conservá-lo presente entre nós, na Igreja. A um certo momento, após a Ressurreição, Ele subiu aos céus, e ninguém mais voltou a vê-lo na terra, tocar seu corpo físico ou ouvir sua voz. Sem essa presença visível e palpável, o mundo ficaria inconsolavelmente pobre.
Então, Ele elege os Sacerdotes para representá-lo, isto é, agir in Persona Christi, fazendo com que Ele se torne novamente presente.”
“Ide, diz Nosso Senhor ao sacerdote, assim como meu Pai me enviou, assim eu vos envio… Todo poder me foi dado no céu e na terra. Ide, pois, instruí todas as nações…
É este poder que o autoriza a perdoar os pecados dizendo: “Eu vos absolvo” e a consagrar a hóstia repetindo as palavras de Jesus: “Isto é o meu corpo”.
“Se não tivéssemos o sacramento da Ordem, não teríamos Nosso Senhor.
Quem foi que o pôs aí neste tabernáculo? Foi o padre. Quem nos recebe na vida cristã? O padre.
Quem a alimenta nosso espírito para nos dar força durante nossa peregrinação? O padre.
Quem nos prepara para comparecer perante Deus, lavando nossa alma pela primeira vez no sangue de Jesus Cristo? O padre, sempre o padre.
E se nossa alma vier a morrer, quem a ressuscitará? Quem lhe restituirá a calma e a paz? Ainda o padre.
Não podeis vos lembrar de um só benefício de Deus sem encontrardes, ao lado dessa lembrança, a imagem do padre.
Os outros benefícios de Deus de nada nos serviriam sem o padre. De que serviria uma casa cheia de ouro, se não tivésseis ninguém para vos abrir a porta? O padre tem as chaves dos tesouros celestes; é ele quem abre a porta; ele é o ecônomo de Deus, o administrador dos seus bens”.
O padre não é padre para si; não dá a si a absolvição, não administra a
si os sacramentos. Ele não é para si, é para vós, é para todos nós, para sua
comunidade
“Santa Catarina de Sena Santa Teresa de Jesus beijavam a terra por onde
um padre havia passado …
O sacerdote é o amor do Coração de Jesus. Quando virdes o padre, pensai
em Nosso Senhor Jesus Cristo”.
Ao nosso querido Pe. Marcos Belizário, os nossos parabéns pelo seu sim, por
seguir a sua vocação ao sacerdócio a que foi chamado por Nosso Senhor, também nossa
homenagem de gratidão, bem como nossa veneração e respeito pelo sacerdócio de
Cristo de que está revestido.
Que São Lourenço, São João Maria Vianney, São Conrado com todos os
Santos, o protejam e o conservem com saúde, zelo e santidade, no exercício do
seu sacerdócio, para o nosso bem e o de toda a Santa Igreja".
com colaboração de
paroquianos, Maurício Caetano e Dom Fernando Áreas Rifan
---