segunda-feira, setembro 07, 2015

HOJE DIA DA INDEPENDÊNCIA!


É por isso que não somos consumidos. Sabemos que o Senhor sabe todas as coisas e está presente em todo lugar, não há nada que não saiba. Não tem como nos escondermos de Sua presença; até mesmo nossos cabelos e dias estão contados.

O Senhor pode agir de muitas formas, mas prefere fazê-lo por meio de Sua Igreja. Ela torna-se participante na Sua Missão redentora ao proclamar e demonstrar Jesus e as Suas obras. Pois no teu Filho fará convergir todas as coisas tanto do céu como da terra, quando estivermos na plenitude do teu reino, no novo céu, na nova terra e na nova Jerusalém.
 O que falaríamos sobre o Brasil que o Senhor já não sabe? Porém, intercedo pelo meu povo, o meu país. Pois no Senhor há amor e misericórdia para redimir.
O que há no Brasil que te incomoda e deveria também incomodar a Tua Igreja? O que o Senhor quer mudar no Brasil, mas o fará por meio da Sua Igreja? Não deveria o seu povo refletir a Sua luz nas trevas? Não seria isso viver segundo os valores e princípios da tua Palavra? Não deveria o Brasil facilmente perceber a diferença da Igreja na luz e o povo nas trevas? Como provocar mudanças se formos iguais ao mundo sem Deus? Como ser usado para mudanças, se nós mesmos não formos transformados? 
Não deveríamos nos tornar verdadeiros discípulos de Jesus? Não seria isso renunciar o que for preciso para entronizar Jesus como Senhor e Salvador de nossas vidas à luz das Escrituras?
 Então, Senhor, e só então, a Sua Igreja fará diferença no Brasil. Somente nessa condição de Serva consagrada a Deus, a sua Igreja poderá refletir a integridade, a justiça, o amor, a paz e o reino de Deus num Brasil prejudicado pelos valores pecaminosos.
 “Nesta Semana da Pátria, vale lembrar a virtude do patriotismo, dever e amor para com a nossa Pátria, incluído no quarto Mandamento da Lei de Deus. Jesus, nosso divino modelo, amava tanto sua pátria, que chorou sobre sua capital, Jerusalém, ao prever os castigos que sobre ela viriam, consequência da sua infidelidade aos dons de Deus. É tempo oportuno para refletirmos sobre a nação, na qual vivemos e da qual esperamos o nosso bem comum.
 Será que também não devemos chorar sobre nossa pátria amada, ao vermos tanta falta de honestidade, ética, honradez, com total desprezo das virtudes humanas e cristãs, dos pequenos e dos grandes?
Segundo Aristóteles, “o homem é por natureza um animal político, destinado a viver em sociedade” (Política, I, 1,9). Política vem do grego pólis, que significa cidade. E, continua Aristóteles, “toda a cidade é evidentemente uma associação, e toda a associação só se forma para algum bem, dado que os homens, sejam eles quais forem, tudo fazem para o fim do que lhes parece ser bom”. E Santo Tomás de Aquino cunhou o termo bem comum, ou bem público, que é o bem de toda a sociedade, dando-o como finalidade do Estado. 
“A comunidade política existe... em vista do bem comum; nele encontra a sua completa justificação e significado e dele deriva o seu direito natural e próprio. 
O bem comum compreende o conjunto das condições de vida social que permitem aos indivíduos, famílias e associações alcançar mais plena e facilmente a própria perfeição” (Gaudium et Spes, 74). Daí se conclui que a cidade – o Estado - exige um governo que a dirija para o bem comum. Não se pode separar a política da direção para o bem comum. Procurar o bem próprio na política é um contrassenso.
Parecia estar falando da política atual o notável Eça de Queirós, que, há muito tempo atrás, escrevera com sua verve inconfundível: “Estamos perdidos há muito tempo... O país perdeu a inteligência e a consciência moral. Os costumes estão dissolvidos, as consciências em debandada. Os caracteres corrompidos. 
A prática da vida tem por única direção a conveniência. Não há princípio que não seja desmentido. Não há instituição que não seja escarnecida. Ninguém se respeita... Ninguém crê na honestidade dos homens públicos... A classe média abate-se progressivamente na imbecilidade e na inércia. 
O povo está na miséria. Os serviços públicos são abandonados a uma rotina dormente. O Estado é considerado na sua ação fiscal como um ladrão e tratado como um inimigo. A certeza deste rebaixamento invadiu todas as consciências. Diz-se por toda a parte, o país está perdido! Algum opositor do atual governo? Não!”. Falava ele assim em 1871!
Como cristãos, nós sabemos que a base da moral e da ética é a lei de Deus, natural e positiva, traduzida na conduta pelo que se chama o santo temor de Deus ou a consciência reta e timorata. Uma vez perdido o santo temor de Deus, perde-se a retidão da consciência, que passa a ser regida pelas paixões. 
Uma vez abandonados os valores morais e os limites éticos, a política fica ao sabor das paixões desordenadas do egoísmo, da ambição e da cobiça”.

Dom Fernando Arêas Rifan - Bispo da Administração Apostólica Pessoal São João Maria Vianney – “SOMOS PATRIOTAS”

Imagens do Tradicional desfile cívico-militar - 2015, na Avenida Presidente Vargas - RJ
Com a participação de  3 mil militares, 500 civis e 500 estudantes



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